Entrevista com Luri, da newsletter Puxadinho do Luri

Nesta entrevista, Luri, da newsletter Puxadinho do Luri, conta seu processo criativo, como surgiu sua newsletter e outros detalhes dos seus escritos.

Mar 1, 2025 - 11:12
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Entrevista com Luri, da newsletter Puxadinho do Luri

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Puxadinho do Luri

Fale um pouco de você, Luri.

Eu sou o Luri, artista do subgênero: escritor. Atuo como produtor de conteúdo há cerca de 15 anos, tendo feito projetos variados para marcas como Natura, Boticário, Havaianas e Bradesco.

Sempre tive aspirações artísticas. Quando pequeno, comecei desenhando, adolescente me enveredei pela música e até cheguei a cursar um ano do bacharelado em canto popular. Depois, segui pelo caminho do design, cursei Design de Produto, fazendo uma curva pela produção de conteúdo. Eu colaborava como escritor para um site que, depois de um tempo, me fez uma oferta para trabalhar em São Paulo, o que mudou minha vida. Eu fui embora pra SP, conheci um monte de gente e vi que era possível viver de um projeto autoral.

Fiz algumas curvas e retornos, mas hoje, mantenho o Puxadinho do Luri, uma newsletter de ensaios semanais sobre o cotidiano, arte e criatividade.

Como surgiu a ideia de lançar uma newsletter?

No início, era apenas um projeto pessoal. Eu não sou muito fã de postar em redes sociais, principalmente porque não vejo muito espaço para o tipo de formato que eu gosto de fazer. O Instagram, principalmente, não é muito amigo de textos longos e as outras redes privilegiam vídeos. Então, tinha essa vontade de efetivamente escrever e não inventar alguma coisa para colocar minha escrita por debaixo dos panos. Além disso, tinha uma ideia de ter uma newsletter pra postar textos que eu não poderia publicar nos meus espaços profissionais. Então, eu publicava ensaios pessoais sobre música, criatividade e a vida em geral com uma pegada mais filosófica. Com o tempo, fui encontrando uma galera disposta a acompanhar minha escrita, o que é muito positivo. Hoje, a newsletter caminha, cada vez mais, para o centro das minhas iniciativas profissionais.

Qual é o seu processo criativo para escrever uma nova edição?

Eu abordo minhas edições como ensaios pessoais, com uma pegada literária e filosófica. Normalmente, busco fazer o cruzamento de alguma situação ou história com um insight. Não é raro também que eu use algum vídeo, livro ou filme como base também. Com esses elementos, vou escrevendo em pequenos repentes, como quem planta sementes. Sento, escrevo um pedaço, vou viver a vida, penso em algo, daí paro tudo e escrevo. Depois, quando vai chegando mais perto da data de publicação, aí sim, passo horas e horas juntando tudo, refinando e dando o corpo de texto propriamente dito. No final, tenho um ensaio que publico.

Sua newsletter tem uma assinatura paga ou gera dinheiro de alguma outra forma?

Sim.

Fale um pouco da newsletter enquanto negócio.

Até aqui, meu foco principal estava em encontrar um público e entender a minha própria proposta. Eu queria encontrar e não determinar uma — se é que isso faz sentido. Acho que consegui chegar nesse ponto, onde eu entendo o que tenho a oferecer e sei quem é a pessoa que se interessa pelo que faço.

Agora, eu estou no começo da estruturação do Puxadinho mais como negócio. Tenho a assinatura paga e já abri duas turmas do meu curso de Autoedição. Também tenho um grupo exclusivo para apoiadores, chamado Quintal, e ofereço aulas mensais sobre os livros que leio. Ano que vem (2025), a ideia é expandir mais meu leque de produtos e começar a focar em crescimento.

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