Lost Records: Bloom and Rage Tape 1 – Review! Análise, será que vale a pena?

Em 2015, a Dont’ Nod se consagrou na indústria de games após entregar uma aventura narrativa adolescente com Life is Strange. O sucesso com Life is Strange trouxe ao estúdio muitas oportunidades e mudanças, levando a explorar novos gêneros, como ação e aventura, por exemplo. Não só isso, mas nasceu a possibilidade de publicar seus […] O post Lost Records: Bloom and Rage Tape 1 – Review! Análise, será que vale a pena? apareceu primeiro em Combo Infinito.

Fev 18, 2025 - 12:14
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Lost Records: Bloom and Rage Tape 1 – Review! Análise, será que vale a pena?

Em 2015, a Dont’ Nod se consagrou na indústria de games após entregar uma aventura narrativa adolescente com Life is Strange. O sucesso com Life is Strange trouxe ao estúdio muitas oportunidades e mudanças, levando a explorar novos gêneros, como ação e aventura, por exemplo. Não só isso, mas nasceu a possibilidade de publicar seus próprios jogos (e de outros estúdios). Mediante a essa constante metamorfose do estúdio francês, fato é que sentíamos falta de ver o estúdio entregando aquilo que o consagrou outrora. Após tantas mudanças, a Don’t Nod resolveu voltar às origens com um novo jogo, Lost Records: Bloom and Rage.

Com lançamento para o dia 18 de fevereiro de 2025 nas plataformas do PS5, Xbox Series e PC. Para esse review, nós recebemos a versão de PC das mãos da Don’t Nod e agradecemos a confiança. 

Depois de tanto tempo, será que a Don’t Nod conseguirá entregar uma experiência narrativa tão boa e marcante como Life is Strange foi? Esse é o grande desafio de Lost Records e aqui neste review você verá se o título é tudo isso mesmo.

Visite o passado para desbloquear memórias no presente

Após anos, um grupo de amigas voltam para sua cidade natal, Velvet Cove, para relembrarem as memórias de um verão marcante de 1995. Junto com esse reencontro, existem memórias do passado há muito tempo não visitadas e um grande mistério por trás: o que aconteceu no verão de 1995.

O grande propósito de Lost Records: Bloom and Rage é entregar ao jogador duas realidades narrativas: o verão de 1995 e o presente em 2022. Assim, o jogador é exposto ao mistério que levou a este encontro após anos, enquanto descobrimos como tudo começou no verão de 1995. E é aqui que Lost Records consegue prender o jogador do início ao fim. E, assim como Life is Strange, Lost Records terá lançamentos episódicos, algo não muito comum atualmente, e a “Fita 1″ será a responsável por nos apresentar a estes personagens, aos mistérios e ao que, de fato, reuniu estes personagens 27 anos depois.

Ao longo do jogo, estaremos sempre explorando o passado e o presente destes personagens, e o verão de 1995 é o cartão de visita para conhecer todas essas figuras. Além de entregar personagens carismáticas, cada uma conta com suas características. 

Um mundo nostálgico

Além disso, a Don’t Nod soube referenciar o que havia de mais de popular na época, como menção a jogos como Super Metroid e filmes como Pulp Fiction. Não só isso, mas a forma de se viver naquela época e o aspecto cultural da década de 90 também são mostrados de forma nostálgica. Diferente de Life is Strange, Lost Records é mais real e menos fictício, e é esse fator que mantém o jogo mais imersivo e vinculado com a história. Ademais, temas tabus neste jogo são uma parcela importante presentes no jogo e a Don’t Nod magistralmente faz tudo parecer natural sem precisar “forçar a barra”.

Além de uma história cativante, a Don’t Nod provou mais uma vez que sabe fazer trilha sonora que “gruda que nem chiclete” em nossa mente. Cada uma das faixas demonstra o espírito rebelde da época, enquanto contrasta com faixas mais dramáticas e misteriosas. 

A “Fita 1: Bloom and Rage” entrega uma história cativante e prepara o terreno para coisas ainda mais emocionantes. Cada parte desta jornada é marcante, seja pelo mistério no reencontro destas personagens, seja pelas verdades que descobrimos no verão de 1995, e por fim, ao que tudo isso levou até o momento. 

Além disso, há aqui uma evolução na forma de se contar essa história e de trazer emoção do início ao fim. Assim, espero que as próximas fitas sejam tão boas quanto essa primeira. E, embora a Don’t Nod esteja voltando ao passado, lançando de forma episódica seu mais novo produto (algo arcaico nos dias de hoje), a primeira parte do conteúdo é densa, com cerca de 12 horas de duração. Claro que, se você explorar bastante (e sem contar com o fator replay) o estúdio pode convencer o jogador a se manter interessado nos próximos episódios que chegarão posteriormente.

De todo modo, ainda acho que para os dias de hoje é arriscado esta estratégia que funcionou muito bem a uma década atrás.

Crie memórias deste verão inesquecível

Partindo para o gameplay, Lost Records não trouxe nenhuma evolução na dinâmica de gameplay comparado aos games anteriores do estúdio, porém o fator exploração foi expandido. No controle de Swann, uma das personagens, você usará uma filmadora, a qual será responsável pelo núcleo da  mecânica deste primeiro episódio. Assim, será possível registrar memórias através dos diversos colecionáveis espalhados pelos cenários. 

Esta mecânica não só apenas aumentou o tempo do jogador na exploração, como também deu margem para a criação de cenários mais amplos e interativos. E, além das mecânicas de filmagens sendo grande parte do gameplay, interagir com os cenários retornou, porém de uma forma diferente em Lost Records.

Por trazer uma dinâmica narrativa que mistura o presente e o passado, certas interações no cenário mudam o rumo da narrativa, assim como as escolhas. Tanto no presente quanto no passado interagir com certos itens fará a personagem relembrar de eventos. Estes trazem detalhes importantes para a narrativa e dão volume há informações que ajudam a entender melhor o mistério deste reencontro. Assim, grande parte do gameplay acontece no passado e, durante a gameplay, diálogos das personagens no presente ganham forma conforme você interage com objetos.

Em resumo, essa interação entre presente e passado cria uma química entre as personagens, onde você irá se questionar como deve estar a personagem “X” agora no presente. Esse nível de vínculo criado entre o jogo e o jogador é incrível.

E os visuais?

A Don’t Nod trouxe um novo visual para sua nova aventura narrativa. Usando a Unreal Engine 5, o estúdio conseguiu entregar um dos gráficos mais bonitos para o gênero. Adotando uma filtragem mais vibrante e “manchada”, que entrega muito bem o tom de cores da década de 90, Lost Records: Bloom and Rage é um espetáculo aos olhos. Os ambientes e seus personagens trazem um novo nível de realismo incrível (seja no passado ou no presente). Essa abordagem mais realista com um tom mais artísticos parece ser a nova direção que a Don’t Nod quer para seus jogos narrativos. Uma forma de concorrer com a Supermassive Games.

Contudo, não seria UE5 se seu belo trabalho e gráfico não trouxesse efeitos colaterais ao desempenho.

Meu review aconteceu na versão de PC em uma RTX 4070 Super e o resultado é lamentável. Os efeitos negativos da UE5 precisam de uma solução. Muitos jogos estão se prejudicando ao optarem por usar o motor gráfico. Lost Records não é um jogo com gráfico ultrarrealista e, mesmo assim, tive quedas importantes de desempenho, chegando nas casa de 30 fps para uma placa do poderio que a RTX 4070 Super possui. 

Essas quedas aconteceram em locais específicos do cenário, mas que ao mesmo tempo mantinham os 60 fps. A solução que usei para manter os 60fps fixos foi usar o “Frame Generation”, mas o ônus dessa escolha é ter efeitos de “Ghost” na tela, o que não me pareceu uma opção satisfatória.

Em resumo, Lost Records ao mesmo tempo que entrega um visual incrível, é marcado por um desempenho lamentável. Embora as quedas não afetem o curso do gameplay, que é lento, não posso ser leniente com esse problema.

Mas Afinal, Lost Record: Bloom and Rage Tape 1 é tudo isso mesmo?

Lost Records: Bloom and Rage é um excelente ponto de partida para este retorno da “nova” Don’t Nod às aventuras narrativas que, anos atrás, a tornou popular e referência no mercado. Finalmente a Don’t Nod voltou a fazer o que saber fazer de melhor: historias marcantes.

Com uma narrativa que fisga a atenção e fazendo um bom uso da cultura do anos 90, esta nova aventura tem um grande potencial de ser um sucessor espiritual digno de Life is Strange (2015), e melhor do que os recentes títulos da franquia. Minha ressalva vai apenas para os problemas de desempenho que podem ser resolvidos com patch de Dia 1.

VEREDITO: Lost Records: Bloom and Rage é um início empolgante do retorno da Don’t Nod no terreno de aventuras narrativas. Sua excelente história atrelada ao bom uso da temática da década de 90 é o suficiente para ser cativante neste primeiro pacote de conteúdos do game. Contudo, o jogo sofre com problemas de performances significativos João Antônio

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2025-02-18T07:00:00-0300

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