Por que a Xiaomi ainda lança celular 4G no Brasil? Dirigente abre o jogo
Distribuidora DL conversou com representantes do varejo antes de tomar a decisão. Ausência de royalties também barateia o produto. Por que a Xiaomi ainda lança celular 4G no Brasil? Dirigente abre o jogo

Resumo
- O mercado brasileiro ainda apresenta demanda por celulares 4G devido à avaliação das redes de varejo e contentamento dos consumidores com o uso combinado de Wi-Fi e 4G.
- A ausência de tecnologias 5G, como antenas e patentes, permite redução de custos nos smartphones 4G, tornando-os mais acessíveis.
- Cada mercado possui especificidades, como o rápido avanço do 5G na China e uma preferência por armazenamentos menores na Europa.
O lançamento da linha Redmi Note 14 no Brasil, por preços a partir de R$ 2.499, trouxe um importante questionamento: por que continuar vendendo celular com tecnologia 4G? “Pode parecer deslocado” da realidade, admite Luciano Barbosa, o gerente de operações da DL, distribuidora parceira da Xiaomi no país. Ele falou ao Tecnoblog com exclusividade.
Ainda assim, ele nos garante que a decisão de fazer o lançamento do Redmi Note 14 4G por aqui passa por uma avaliação do mercado brasileiro. “As redes de varejo nos sinalizaram que há sim demanda para telefone 4G”, conta o executivo. A DL se reuniu com grandes marcas antes de bater o martelo sobre a mais recente linha Redmi.
Barbosa nos conta que parte dos consumidores está contente com a disponibilidade do Wi-Fi, em complemento ao 4G do telefone. Sendo assim, não têm uma rotina que exija as velocidades mais altas prometidas pelo 5G.
Ele ainda diz que a ausência de antena e outras tecnologias do 5G ajuda a reduzir o preço do produto, já que a fabricante não precisa pagar certos royalties.
Empresas como Qualcomm, Nokia, Ericsson, Huawei e InterDigital possuem patentes fundamentais para a tecnologia 5G. Ou seja, elas podem receber um percentual ou uma taxa fixa para cada smartphone 5G vendido no planeta. A gigante chinesa Huawei definiu um teto de US$ 2,50 por unidade.
O dirigente da DL avalia que cada mercado tem suas peculiaridades. Na China, por exemplo, todas as fabricantes correram para o 5G. Mais recentemente, porém, notou-se uma maior disponibilidade de modelos com a conexão anterior. Já na Europa há maior apetite por modelos com armazenamento considerado baixo para o gosto do brasileiro: 128 GB.
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