Split Fiction Review / Análise: Videogame como deve ser
A Hazelight Studios, conhecida por sua expertise em jogos cooperativos, retorna com Split Fiction, seu mais novo título depois do aclamado It Takes Two. O estúdio, liderado pelo carismático Joseph Fares, já provou que entende como poucos a arte de criar experiências para dois jogadores, e a expectativa em torno desse novo game estava altíssima. […] O post Split Fiction Review / Análise: Videogame como deve ser apareceu primeiro em Combo Infinito.

A Hazelight Studios, conhecida por sua expertise em jogos cooperativos, retorna com Split Fiction, seu mais novo título depois do aclamado It Takes Two. O estúdio, liderado pelo carismático Joseph Fares, já provou que entende como poucos a arte de criar experiências para dois jogadores, e a expectativa em torno desse novo game estava altíssima. Depois de passar cerca de 14 horas jogando, Alepitecus e eu (Ariel) podemos dizer que Split Fiction mantém a tradição da Hazelight de surpreender com mecânicas criativas e uma narrativa envolvente, mas será que ele consegue superar It Takes Two?
Este review foi feito em dupla, ou em cooperativo como os games de Josef Fares exigem. O texto vai seguir a minha opinião e a do Alepitecus. Assim, onde houver diferenças de visões e percepções, eu vou explicar para vocês indicando a visão de cada um. Lembrando que recebemos a versão de PS5 de Split Fiction e agradecemos a EA pelo envio antecipado do game.
Uma premissa curiosa e cheia de personalidade
A história de Split Fiction gira em torno de duas escritoras, Zoe e Mio, que sonham em ter seus livros publicados. Elas acabam se envolvendo com uma empresa que possui uma tecnologia revolucionária: uma máquina capaz de transformar suas histórias em mundos reais, onde os autores podem vivenciá-las. No entanto, um acidente inesperado faz com que ambas fiquem presas dentro da mesma simulação, dando início a uma jornada repleta de desafios e reviravoltas.
Essa narrativa funciona como um excelente pano de fundo para o gameplay, pois força as protagonistas a trabalharem juntas, mesmo sendo completamente opostas em personalidade. Enquanto Zoe é extrovertida e otimista, Mio é mais fechada e séria. Esse contraste gera diálogos excelentes e momentos cativantes ao longo da aventura. Além de que serve sempre de pano de fundo para uma história cheia de profundidade.
Visual e Direção de Arte – Um espetáculo versátil

A Hazelight optou por um estilo visual que transita entre o realismo estilizado e o cartunesco, adaptando-se às mudanças de cenário. O jogo apresenta desde ambientes futuristas até mundos medievais, sempre com um nível de detalhe impressionante. A grande sacada da direção de arte está justamente nessa variação de estilos, que reforça a temática do jogo de “entrar em histórias diferentes”.
Mesmo com a tela dividida constantemente, o desempenho técnico se mantém sólido. No PlayStation 5, onde testamos o jogo, ele roda a 60 FPS constantes, sem quedas perceptíveis. Ainda que o game não traga recursos gráficos de ponta, como ray tracing, sua estética bem trabalhada compensa qualquer limitação técnica. Há um claro avanço em comparação com It Takes Two, embora cada jogo trate de temáticas bastante diferentes.
Gameplay – A essência do cooperativo elevado ao máximo

Se It Takes Two já tinha revolucionado a jogabilidade cooperativa, Split Fiction eleva essa fórmula a um novo nível. O jogo exige cooperação absoluta entre os jogadores, seja para resolver quebra-cabeças, superar desafios de plataforma ou executar ações sincronizadas. Cada personagem possui habilidades únicas que precisam ser combinadas para avançar, tornando a comunicação entre os jogadores essencial.
Os desafios variam constantemente, e o jogo nunca se contenta em repetir mecânicas. Em um momento, você pode estar resolvendo enigmas em um cenário steampunk; no outro, pode estar em uma perseguição frenética digna de filmes de ação, mas em um ambiente medieval. Essa diversidade mantém a experiência sempre fresca e empolgante.
Além disso, Split Fiction não é apenas sobre cooperação – há momentos de competição também. Pequenos minigames ao longo da campanha adicionam um tempero extra, permitindo que os jogadores se desafiem de forma divertida.
É importante notar que, ainda que a Hazelight demonstre que seus jogos podem ser jogadores por qualquer tipo de pessoa e It Takes Two realmente torna a experiência agradável e fácil, tudo é um pouco diferente com Split Fiction. Tivemos a sensação de que o novo game é mais difícil e exige bastante coordenação e reação rápida, o que pode ser um problema para jogadores mais casuais.
Trilha Sonora e atuações – Um show à parte

A trilha sonora do jogo acompanha perfeitamente cada momento da narrativa. Seja em cenas de tensão, emoção ou ação desenfreada, a música sempre contribui para a imersão. Além disso, a dublagem original das protagonistas é impecável, transmitindo suas personalidades e tornando a jornada ainda mais envolvente.
Infelizmente, o jogo não conta com dublagem em português, o que pode ser um obstáculo para quem prefere jogar nessa opção. Considerando o sucesso anterior da Hazelight e o público brasileiro que é gigante nos games, essa ausência é um pequeno deslize. Existem diversos momentos onde a dublagem nos ajudaria a entrar ainda mais na história, principalmente quando Split Fiction exige que a gente jogue enquanto Zoe e Mio estão conversando.
Pontos que poderiam melhorar

Embora a experiência geral seja extremamente positiva, alguns aspectos poderiam ser aprimorados. Na minha visão (Ariel) o vilão da história, por exemplo, é um dos pontos mais fracos do jogo. Sua presença é pouco impactante, e suas motivações e texto são previsíveis, o que enfraquece um pouco a trama. Em alguns momentos eu perdi a imersão por causa dele. O Alepitecus discorda e não acha que ele seja tão ruim ou que tenha impactado de forma negativa na experiência. Contudo, agora você sabe o que nós dois pensamos a respeito desse aspecto do jogo.
Outro detalhe que incomoda é o sistema de respawn. Em algumas áreas de plataforma, o jogo pode posicionar os personagens de maneira desfavorável após uma queda, gerando momentos frustrantes. Esses problemas não chegam a comprometer a experiência, mas são pequenos pontos que poderiam ser ajustados, como o respawn. Já a narrativa do vilão fica um pouco mais difícil.
Conclusão – Um jogo obrigatório para fãs de cooperativo

Split Fiction é mais uma prova do talento da Hazelight para criar experiências únicas e memoráveis no universo dos jogos cooperativos. Sua jogabilidade dinâmica, história bem contada e personagens carismáticos fazem dele um título imperdível para quem gosta de jogar acompanhado. Mas principalmente para quem gosta de videogame com experiências diferentes o tempo todo.
Apesar de algumas pequenas falhas, o saldo final é extremamente positivo. O jogo entrega inovação, desafio e diversão em doses certeiras, consolidando a Hazelight como um dos estúdios mais criativos da atualidade.
Nota do Ariel: 9 | Nota do Alepitecus: 10
Nota final: 9,5
Recebemos Split Fiction gratuitamente para review e agradecemos à Hazelight e à Electronic Arts pela confiança.
Por fim, comente abaixo suas expectativas. Além disso, compartilhe com os amigos e não deixe de acompanhar nossas últimas notícias e análises de jogos.
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