Botox: como a toxina botulínica foi de veneno a uso estético
A toxina botulínica, popularmente conhecida como Botox, surgiu a partir de uma bactéria, o Clostridium botulinum, causador do botulismo. A doença pode causar paralisação dos músculos e é mortal se não tratada. Em geral, é contraída por meio da ingestão de alimentos contaminados, principalmente em conserva, como palmito e demais enlatados. Porque você não deve coçar irritações na pele Teste de gravidez: como funciona e qual o grau de eficácia? Quando foi descoberta, no final do século XIX, a toxina utilizada para tratar espasmos musculares nos olhos. Apenas na década de 1970 começaram os estudos sobre o uso terapêutico da substância, após os médicos observarem que além de aliviar os sintomas, ela também suavizava rugas na região. Há 23 anos, em 2002, a agência regulatória americana Food and Drug Administration (FDA), o equivalente à Anvisa no Brasil, aprovou oficialmente a toxina botulínica para tratamentos estéticos. -Entre no Canal do WhatsApp do Canaltech e fique por dentro das últimas notícias sobre tecnologia, lançamentos, dicas e tutoriais incríveis.- A toxina botulínica já fui usada como veneno, mas, hoje, é aplicada para fins estéticos e se popularizou com o nome de Botox (Imagem de: Astakhovyaroslav/Envato) "Popularmente conhecemos a toxina botulínica como Botox, que é a toxina desenvolvida pela marca Allergan. Foi a primeira marca mais conhecida. Mas hoje usamos a toxina de outros laboratórios também como por exemplo Dysport, Xeomin, Nabota, etc", explica a dermatologista Debora Terra Cardial. Quando o Botox é indicado? De acordo com a médica, existem várias indicações diferentes para o uso da substância. Para fins estéticos, pode ser usado para: redução de rugas dinâmicas,que são aquelas que pioram ao mexer a musculatura, como testa, “pés de galinha” e glabela que é a "ruga do bravo"; prevenção do envelhecimento precoce; arqueamento e reposicionamento de sobrancelhas; redução do sorriso gengival; contorno facial, pescoço e afinamento do rosto. Já quando há indicação médica, as indicações mais comuns são: enxaqueca crônica; bruxismo; vaginismo; rosácea; fenômeno de raynaud (condição que causa a diminuição do fluxo sanguíneo nas extremidades do corpo, principalmente nos dedos das mãos e dos pés); hiperidrose (suor excessivo em axilas, mãos e pés); distonias musculares (como blefaroespasmo e torcicolo espasmódico); espasticidade muscular (paralisia cerebral, AVC). Riscos da toxina botulínica Apesar de ser considerada bastante seguro, o Botox possui algumas restrições de uso, sendo contraindicada para gestantes e lactantes, pessoas com doenças neuromusculares, pacientes alérgicos à toxina botulínica ou a qualquer um de seus componentes. Além disso, segundo a médica, pacientes que já tiveram botulismo podem desenvolver resistência ao uso da toxina. "O organismo pode produzir anticorpos contra ela, reduzindo sua eficácia com o tempo. O mesmo pode ocorrer em pessoas que fazem aplicações frequentes sem respeitar o tempo entre as sessões e em doses muito altas", afirma Debora. Entre os riscos associados à aplicação de toxina botulínica estão: assimetria da face, ptose palpebral (queda da pálpebra), alterações visuais, infecções, e até dificuldades respiratórias. Para evitar intercorrências, ela ainda dá dicas do que levar em consideração na hora de escolher um profissional para realizar o procedimento: observe o ambiente da aplicação: deve ser seguro, higienizado, com materiais estéreis, individuais e apropriado para procedimentos médicos; desconfie de preços muito baixos: produtos de qualidade têm custo elevado; converse sobre suas expectativas e tire todas as dúvidas com o médico que irá realizar seu procedimento. Veja também: Adultos diagnosticados com TDAH podem ter expectativa de vida reduzida Traumas na infância causam problemas de saúde mental em adolescentes brasileiros VÍDEO: Como descobir a localização de uma pessoa pelo celular sem instalar nenhum app Leia a matéria no Canaltech.

A toxina botulínica, popularmente conhecida como Botox, surgiu a partir de uma bactéria, o Clostridium botulinum, causador do botulismo. A doença pode causar paralisação dos músculos e é mortal se não tratada. Em geral, é contraída por meio da ingestão de alimentos contaminados, principalmente em conserva, como palmito e demais enlatados.
- Porque você não deve coçar irritações na pele
- Teste de gravidez: como funciona e qual o grau de eficácia?
Quando foi descoberta, no final do século XIX, a toxina utilizada para tratar espasmos musculares nos olhos. Apenas na década de 1970 começaram os estudos sobre o uso terapêutico da substância, após os médicos observarem que além de aliviar os sintomas, ela também suavizava rugas na região.
Há 23 anos, em 2002, a agência regulatória americana Food and Drug Administration (FDA), o equivalente à Anvisa no Brasil, aprovou oficialmente a toxina botulínica para tratamentos estéticos.
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"Popularmente conhecemos a toxina botulínica como Botox, que é a toxina desenvolvida pela marca Allergan. Foi a primeira marca mais conhecida. Mas hoje usamos a toxina de outros laboratórios também como por exemplo Dysport, Xeomin, Nabota, etc", explica a dermatologista Debora Terra Cardial.
Quando o Botox é indicado?
De acordo com a médica, existem várias indicações diferentes para o uso da substância. Para fins estéticos, pode ser usado para:
- redução de rugas dinâmicas,que são aquelas que pioram ao mexer a musculatura, como testa, “pés de galinha” e glabela que é a "ruga do bravo";
- prevenção do envelhecimento precoce;
- arqueamento e reposicionamento de sobrancelhas;
- redução do sorriso gengival;
- contorno facial, pescoço e afinamento do rosto.
Já quando há indicação médica, as indicações mais comuns são:
- enxaqueca crônica;
- bruxismo;
- vaginismo;
- rosácea;
- fenômeno de raynaud (condição que causa a diminuição do fluxo sanguíneo nas extremidades do corpo, principalmente nos dedos das mãos e dos pés);
- hiperidrose (suor excessivo em axilas, mãos e pés);
- distonias musculares (como blefaroespasmo e torcicolo espasmódico);
- espasticidade muscular (paralisia cerebral, AVC).
Riscos da toxina botulínica
Apesar de ser considerada bastante seguro, o Botox possui algumas restrições de uso, sendo contraindicada para gestantes e lactantes, pessoas com doenças neuromusculares, pacientes alérgicos à toxina botulínica ou a qualquer um de seus componentes.
Além disso, segundo a médica, pacientes que já tiveram botulismo podem desenvolver resistência ao uso da toxina.
"O organismo pode produzir anticorpos contra ela, reduzindo sua eficácia com o tempo. O mesmo pode ocorrer em pessoas que fazem aplicações frequentes sem respeitar o tempo entre as sessões e em doses muito altas", afirma Debora.
Entre os riscos associados à aplicação de toxina botulínica estão: assimetria da face, ptose palpebral (queda da pálpebra), alterações visuais, infecções, e até dificuldades respiratórias.
Para evitar intercorrências, ela ainda dá dicas do que levar em consideração na hora de escolher um profissional para realizar o procedimento:
- observe o ambiente da aplicação: deve ser seguro, higienizado, com materiais estéreis, individuais e apropriado para procedimentos médicos;
- desconfie de preços muito baixos: produtos de qualidade têm custo elevado;
- converse sobre suas expectativas e tire todas as dúvidas com o médico que irá realizar seu procedimento.
Veja também:
- Adultos diagnosticados com TDAH podem ter expectativa de vida reduzida
- Traumas na infância causam problemas de saúde mental em adolescentes brasileiros
VÍDEO: Como descobir a localização de uma pessoa pelo celular sem instalar nenhum app
Leia a matéria no Canaltech.