Achado arqueológico de 40.000 anos revoluciona linha do tempo da civilização
O encontro de ferramentas de pedra de 40.000 anos no sudeste da Ásia pode revolucionar a história da tecnologia e da migração humana para diversas partes do mundo. As conclusões tiradas pelos cientistas significam que os povos da região teriam se tornado mestres dos mares antes dos europeus ou africanos. Cientistas constroem réplica de barco da Idade do Bronze de 4.000 anos Arqueologia e paleontologia: qual a diferença? Os responsáveis pela pesquisa, da Universidade Ateneo de Manila, publicaram suas conclusões no periódico científico Journal of Archaeological Science. Ela envolve o estudo da proliferação da humanidade pelas ilhas do sudeste asiático, que foram habitadas há milhares de anos. Como os humanos teriam chegado até lá? O sudeste asiático, região onde as ferramentas de pedra do estudo foram encontradas: sua infinidade de ilhas foi habitada na idade antiga, mas agora sabemos que de maneira muito mais intencional e tecnológica (Imagem: Cacahuate/Globe-trotter/Texugo/CC-BY-4.0) Essa era uma pergunta sem resposta: teriam sido necessários avanços tecnológicos na navegação além do que era considerado provável no Paleolítico (Idade da Pedra Polida). Agora, o achado de ferramentas de pedra nas Filipinas, Indonésia e Timor Leste podem ter respondido a questão. -Entre no Canal do WhatsApp do Canaltech e fique por dentro das últimas notícias sobre tecnologia, lançamentos, dicas e tutoriais incríveis.- Navegação antiga no leste asiático Provar que uma população do passado navegava é complicado, já que as fibras orgânicas das madeiras e fibras usadas em embarcações antigas quase nunca sobrevivem ao tempo. O que ajudou no estudo em questão foi a permanência de ferramentas de pedra: os objetos eram destinados à extração de fibras para fabricação de cordas, redes e amarras para a construção de barcos e pesca em mar aberto. Também foram encontrados anzóis, iscas, pesos de redes e restos de peixes de águas profundas, como atum e tubarões. Segundo os autores, os restos de “grandes peixes predatórios pelágicos” mostra a capacidade de navegação avançada e conhecimento da sazonalidade e rotas de migração das espécies em questão. Os materiais utilizados pelos navegadores do sudeste asiático teriam sido retirados de plantas, cortados, secados e trançados em cordas, como mostra o gráfico (Imagem: Fuentes, Pawlik/Journal of Archaeological Sciences) Para pescá-los, teriam de ter sido usadas cordas fortes e linhas de pesca robustas. Os antigos marinheiros provavelmente usaram materiais orgânicos, como madeira, amarrados por cordas feitas de fibra vegetal. As mesmas cordas teriam sido usadas para as redes. Fósseis e artefatos já foram encontrados em diversas ilhas do sudeste asiático, mas, anteriormente, cientistas consideravam que as migrações pré-históricas da região teriam sido feitas de forma passiva, com povos à deriva no mar em jangadas de bambu. Com o achado, a perspectiva muda: eles teriam sido navegadores habilidosos, equipados com tecnologia e conhecimento para se aventurar pelo mar. Leia também: Barco de 4.000 anos é encontrado no Iraque, antiga Babilônia Navio que naufragou há 2 mil anos na Itália é descoberto com carga intacta Estrutura de madeira feita por humanos há 476 mil anos é encontrada na Zâmbia VÍDEO: Passagem para o Submundo Zapoteca Leia a matéria no Canaltech.

O encontro de ferramentas de pedra de 40.000 anos no sudeste da Ásia pode revolucionar a história da tecnologia e da migração humana para diversas partes do mundo. As conclusões tiradas pelos cientistas significam que os povos da região teriam se tornado mestres dos mares antes dos europeus ou africanos.
- Cientistas constroem réplica de barco da Idade do Bronze de 4.000 anos
- Arqueologia e paleontologia: qual a diferença?
Os responsáveis pela pesquisa, da Universidade Ateneo de Manila, publicaram suas conclusões no periódico científico Journal of Archaeological Science. Ela envolve o estudo da proliferação da humanidade pelas ilhas do sudeste asiático, que foram habitadas há milhares de anos. Como os humanos teriam chegado até lá?
Essa era uma pergunta sem resposta: teriam sido necessários avanços tecnológicos na navegação além do que era considerado provável no Paleolítico (Idade da Pedra Polida). Agora, o achado de ferramentas de pedra nas Filipinas, Indonésia e Timor Leste podem ter respondido a questão.
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Navegação antiga no leste asiático
Provar que uma população do passado navegava é complicado, já que as fibras orgânicas das madeiras e fibras usadas em embarcações antigas quase nunca sobrevivem ao tempo. O que ajudou no estudo em questão foi a permanência de ferramentas de pedra: os objetos eram destinados à extração de fibras para fabricação de cordas, redes e amarras para a construção de barcos e pesca em mar aberto.
Também foram encontrados anzóis, iscas, pesos de redes e restos de peixes de águas profundas, como atum e tubarões. Segundo os autores, os restos de “grandes peixes predatórios pelágicos” mostra a capacidade de navegação avançada e conhecimento da sazonalidade e rotas de migração das espécies em questão.
Para pescá-los, teriam de ter sido usadas cordas fortes e linhas de pesca robustas. Os antigos marinheiros provavelmente usaram materiais orgânicos, como madeira, amarrados por cordas feitas de fibra vegetal. As mesmas cordas teriam sido usadas para as redes.
Fósseis e artefatos já foram encontrados em diversas ilhas do sudeste asiático, mas, anteriormente, cientistas consideravam que as migrações pré-históricas da região teriam sido feitas de forma passiva, com povos à deriva no mar em jangadas de bambu.
Com o achado, a perspectiva muda: eles teriam sido navegadores habilidosos, equipados com tecnologia e conhecimento para se aventurar pelo mar.
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