Após bloqueio no ChatGPT, usuários buscam Grok para recriar “efeito Ghibli”

OpenAI aplicou restrições para a geração de imagens no estilo do Studio Ghibli no ChatGPT, mas usuários encontraram alternativas como o Grok, IA de Elon Musk. Após bloqueio no ChatGPT, usuários buscam Grok para recriar “efeito Ghibli”

Mar 31, 2025 - 18:37
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Após bloqueio no ChatGPT, usuários buscam Grok para recriar “efeito Ghibli”
Resumo
  • A OpenAI passou a restringir a geração de imagens no estilo do Studio Ghibli no ChatGPT.
  • Usuários buscaram alternativas como o Grok, IA de Elon Musk, que permite recriar efeitos visuais sem as mesmas restrições.
  • A onda do “efeito Ghibli”, no entanto, tem gerado preocupações sobre direitos autorais, especialmente após ser utilizada em contextos sensíveis.

Desde a última quarta-feira (26/03), usuários começaram a relatar que o ChatGPT não estava mais conseguindo transformar imagens em ilustrações inspiradas no Studio Ghibli. Como o efeito viralizou nas redes sociais, parte dos usuários buscou alternativas para não perder a onda. Uma delas foi o Grok, IA de Elon Musk.

Por que o Grok virou opção?

O funcionamento do Grok, IA integrada ao X (antigo Twitter), é semelhante ao do ChatGPT — ambos são modelos de linguagem baseados em IA que processam e geram respostas a partir de comandos, ou prompts. Com as restrições no ChatGPT, muitos usuários começaram a buscar alternativas para gerar imagens no estilo Ghibli, e o Grok rapidamente se tornou uma das principais opções.

Assim como o ChatGPT, o chatbot do Grok AI opera também de forma gratuita, e é capaz de recriar efeitos visuais sem as restrições recentes impostas pela OpenAI. Além de ter uma aba dedicada na rede social, é possível acessá-lo também pelo site oficial (grok.com).

Por que o ChatGPT parou de gerar imagens no estilo Ghibli?

Pouco depois de lançar seu novo modelo de geração de imagens por IA, na terça-feira (25/03), a OpenAI confirmou a implementação de restrições para impedir que o ChatGPT imitasse estilos de artistas vivos sem autorização.

Segundo um porta-voz da empresa, foi adotada “uma recusa que é acionada quando um usuário tenta gerar uma imagem no estilo de um artista vivo”.

O bloqueio foi identificado na noite de quarta-feira, quando alguns usuários tentaram criar imagens com “efeito Ghibli” e perceberam que o ChatGPT já não atendia a esses pedidos. A primeira preocupação levantada foi a possível violação de direitos autorais, especificamente em relação a Hayao Miyazaki e outros artistas do estúdio japonês.

No entanto, nos testes realizados pelo Tecnoblog nesta segunda-feira (31/03), foi possível gerar imagens no estilo Ghibli usando o ChatGPT, até mesmo na versão gratuita. É provável que a OpenAI tenha limitado o acesso de alguns usuários ao recurso para conter a alta demanda.

Efeito Ghibli” fora de controle

Como relatado pelo The Verge, não demorou muito para que a onda do “efeito Ghibli” entrasse em um “modo caos total”. Inicialmente, começou de forma saudável: casais transformando retratos, donos de animais reproduzindo seus pets e muitas pessoas se “ghiblificando” suas famílias — embora esse uso já levantasse questões sobre direitos autorais.

Contudo, a tendência rapidamente perdeu o controle, com imagens das Torres Gêmeas no 11 de setembro e do assassinato de JFK sendo reinventados com a reprodução dos traços característico do estúdio japonês.

Em uma postagem no X nesse domingo (30/01), Sam Altman questionou se os usuários “podem relaxar ao gerar imagens?”, pois a alta demanda “é uma loucura”. No passado, a OpenAI enfrentou disputas de direitos autorais e controvérsias sobre semelhanças com celebridades.

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