6 erros decepcionantes do Nintendo Switch 2
Apesar do anúncio do Nintendo Switch 2 empolgar uma grande parte dos jogadores, algumas informações reveladas no Direct e após sua apresentação deixaram muitos desapontados. Seja por confirmar os pontos negativos ou a ausência de alguns que seriam muito positivos, nem tudo impressionou. Hands-on Switch 2 | Testamos em primeira mão a evolução do console híbrido Quando será o lançamento do Nintendo Switch 2 no Brasil? Não entendam errado, o videogame é incrível. Porém, isso é muito diferente de apontar algo como perfeito e que não tem pontos a serem melhorados: seja na sua chegada em junho ou neste primeiro ano de vida útil. Dito isso, o Canaltech listou os 6 aspectos que mais desapontaram os fãs sobre o Nintendo Switch 2 que vieram durante e após o Direct de abril. Ainda que alguns até já tenham sido corrigidos, vamos deixar claro os pontos para que você compreenda melhor os impactos que causaram na comunidade. -Entre no Canal do WhatsApp do Canaltech e fique por dentro das últimas notícias sobre tecnologia, lançamentos, dicas e tutoriais incríveis.- 6. Ausência de Mario 3D no Nintendo Switch 2 Quem não se empolgou com os jogos do Nintendo Switch 2? Pois é, a lineup inicial trouxe muita animação e expectativas sobre os principais jogos que chegarão na plataforma em 2025. Mario Kart World, Donkey Kong Bananza e The Duskbloods saltaram aos olhos e representam o trabalho árduo que fizeram nos últimos anos. Porém, vamos ser honestos, cadê o Mario? Super Mario Odyssey foi lançado em 2017, logo após o primeiro Switch e desde então tudo o que recebemos foram versões remasterizadas e jogos retrô. Certo que Donkey Kong esperou mais (11 anos sem títulos inéditos), mas levando em consideração que Mario é o mascote da companhia e uma aventura 3D dele é aguardada com muitas expectativas, a ausência de sequer um pequeno teaser desaponta. Óbvio que Mario Kart World reforça a imagem do personagem e mantém seu status quo, mas os fãs que amaram Super Mario Galaxy, Super Mario 3D World e Super Mario Odyssey sabem o quanto faz falta uma nova aventura de plataforma tridimensional com o herói. Sabe quando isso deverá ocorrer? 2026, junto ao lançamento do próximo filme do personagem, já que representaria uma estratégia conjunta de marketing atrativa demais para a Nintendo deixar passar. Vai demorar para vermos um novo jogo de plataforma 3D do Mario (Imagem: Divulgação/Nintendo) 5. Upgrade pago para jogos de Switch Durante o Nintendo Direct, a companhia revelou que alguns títulos serão relançados com uma versão “Switch 2”. Ela trará mais conteúdo, interação com app e visual e desempenho aprimorados para alguns games de sucesso como The Legend of Zelda: Breath of the Wild e Tears of the Kingdom, Kirby and the Forgotten Land e Super Mario Party Jamboree. Obviamente que estes “extras” serão pagos e isso causou uma grande comoção entre os fãs nas redes sociais. Ainda que seja melhor do que vemos nos consoles da Sony (cujo upgrade pago garante apenas as melhorias visuais e quase sempre não há conteúdo atrelado às versões atualizadas), a estratégia não é muito bem-vista e provocou revolta. Entre as reclamações, muitos clamam que o upgrade grátis no quesito visual deveria ser oferecido para todos e o conteúdo poderia ser vendido como uma expansão à parte. O anúncio de que apenas a versão Nintendo Switch 2 dos dois principais The Legend of Zelda receberá localização em português inflamou ainda mais o debate em nosso país. Enquanto tudo isso acontecia, no entanto, a Nintendo revelou de forma mais tímida que diversos jogos receberão a versão nova por atualização gratuita. Pokémon Scarlet & Violet, Super Mario Odyssey, The Legend of Zelda: Echoes of Wisdom, ARMS e alguns outros terão isso sem custo extra — o que equilibra um pouco mais a situação. No entanto, muitos ainda não compreenderam como isso funcionará e a estratégia do marketing pode manter este público distante do console por algum tempo. Vale lembrar que todos os anúncios iniciais são extremamente importantes e devem ser realizados da forma mais clara possível, vide o que aprendemos com o Xbox One. Mesmo voltando atrás de tudo que anunciou e revertendo a revolta que provocou no público, até hoje suas ideias problemáticas e o pânico que a Microsoft causou são lembrados. Pode anotar: o mesmo ocorrerá com a Nintendo em relação ao Switch 2. 4. Retorno da trava de região Primeiro de tudo, o que é a trava de região? Ela bloqueia que cartuchos produzidos no Japão rodem em videogames dos Estados Unidos (e região das Américas) e vice-versa. Há uma grande divisão que separa determinadas áreas como Oriente, Américas, Europa entre outras. Com videogames como o Nintendo DS e 3DS, por exemplo, se você comprasse um destes portáteis no Brasil, ele apenas rodaria títulos que eram distribuídos oficialmente por aqui ou importados dos EUA. Com o Nintendo Switch isso desapareceu. Um usuário poderia ter um console comprado diretamente da Europa, importar um jogo

Apesar do anúncio do Nintendo Switch 2 empolgar uma grande parte dos jogadores, algumas informações reveladas no Direct e após sua apresentação deixaram muitos desapontados. Seja por confirmar os pontos negativos ou a ausência de alguns que seriam muito positivos, nem tudo impressionou.
- Hands-on Switch 2 | Testamos em primeira mão a evolução do console híbrido
- Quando será o lançamento do Nintendo Switch 2 no Brasil?
Não entendam errado, o videogame é incrível. Porém, isso é muito diferente de apontar algo como perfeito e que não tem pontos a serem melhorados: seja na sua chegada em junho ou neste primeiro ano de vida útil.
Dito isso, o Canaltech listou os 6 aspectos que mais desapontaram os fãs sobre o Nintendo Switch 2 que vieram durante e após o Direct de abril. Ainda que alguns até já tenham sido corrigidos, vamos deixar claro os pontos para que você compreenda melhor os impactos que causaram na comunidade.
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6. Ausência de Mario 3D no Nintendo Switch 2
Quem não se empolgou com os jogos do Nintendo Switch 2? Pois é, a lineup inicial trouxe muita animação e expectativas sobre os principais jogos que chegarão na plataforma em 2025. Mario Kart World, Donkey Kong Bananza e The Duskbloods saltaram aos olhos e representam o trabalho árduo que fizeram nos últimos anos.
Porém, vamos ser honestos, cadê o Mario? Super Mario Odyssey foi lançado em 2017, logo após o primeiro Switch e desde então tudo o que recebemos foram versões remasterizadas e jogos retrô. Certo que Donkey Kong esperou mais (11 anos sem títulos inéditos), mas levando em consideração que Mario é o mascote da companhia e uma aventura 3D dele é aguardada com muitas expectativas, a ausência de sequer um pequeno teaser desaponta.
Óbvio que Mario Kart World reforça a imagem do personagem e mantém seu status quo, mas os fãs que amaram Super Mario Galaxy, Super Mario 3D World e Super Mario Odyssey sabem o quanto faz falta uma nova aventura de plataforma tridimensional com o herói. Sabe quando isso deverá ocorrer? 2026, junto ao lançamento do próximo filme do personagem, já que representaria uma estratégia conjunta de marketing atrativa demais para a Nintendo deixar passar.
5. Upgrade pago para jogos de Switch
Durante o Nintendo Direct, a companhia revelou que alguns títulos serão relançados com uma versão “Switch 2”. Ela trará mais conteúdo, interação com app e visual e desempenho aprimorados para alguns games de sucesso como The Legend of Zelda: Breath of the Wild e Tears of the Kingdom, Kirby and the Forgotten Land e Super Mario Party Jamboree.
Obviamente que estes “extras” serão pagos e isso causou uma grande comoção entre os fãs nas redes sociais. Ainda que seja melhor do que vemos nos consoles da Sony (cujo upgrade pago garante apenas as melhorias visuais e quase sempre não há conteúdo atrelado às versões atualizadas), a estratégia não é muito bem-vista e provocou revolta.
Entre as reclamações, muitos clamam que o upgrade grátis no quesito visual deveria ser oferecido para todos e o conteúdo poderia ser vendido como uma expansão à parte. O anúncio de que apenas a versão Nintendo Switch 2 dos dois principais The Legend of Zelda receberá localização em português inflamou ainda mais o debate em nosso país.
Enquanto tudo isso acontecia, no entanto, a Nintendo revelou de forma mais tímida que diversos jogos receberão a versão nova por atualização gratuita. Pokémon Scarlet & Violet, Super Mario Odyssey, The Legend of Zelda: Echoes of Wisdom, ARMS e alguns outros terão isso sem custo extra — o que equilibra um pouco mais a situação. No entanto, muitos ainda não compreenderam como isso funcionará e a estratégia do marketing pode manter este público distante do console por algum tempo.
Vale lembrar que todos os anúncios iniciais são extremamente importantes e devem ser realizados da forma mais clara possível, vide o que aprendemos com o Xbox One. Mesmo voltando atrás de tudo que anunciou e revertendo a revolta que provocou no público, até hoje suas ideias problemáticas e o pânico que a Microsoft causou são lembrados. Pode anotar: o mesmo ocorrerá com a Nintendo em relação ao Switch 2.
4. Retorno da trava de região
Primeiro de tudo, o que é a trava de região? Ela bloqueia que cartuchos produzidos no Japão rodem em videogames dos Estados Unidos (e região das Américas) e vice-versa. Há uma grande divisão que separa determinadas áreas como Oriente, Américas, Europa entre outras. Com videogames como o Nintendo DS e 3DS, por exemplo, se você comprasse um destes portáteis no Brasil, ele apenas rodaria títulos que eram distribuídos oficialmente por aqui ou importados dos EUA.
Com o Nintendo Switch isso desapareceu. Um usuário poderia ter um console comprado diretamente da Europa, importar um jogo do Japão (seja pela arte da capa, por algum extra ou algo do tipo) e rodar ele aqui no Brasil que não existiam impedimentos. Isso permitiu que o público iniciasse uma grande busca que dura desde 2017 pelas melhores artes de capa, preços e até curiosos brindes para compor suas coleções.
Com o Switch 2, no entanto, a trava de região pode retornar. Isso significa que, se você comprar um console híbrido nos Estados Unidos (por exemplo), ele rodará apenas os jogos que são produzidos para o mercado das Américas. O mesmo título, produzido na Europa ou Japão, não funcionará no seu aparelho.
A trava irá além e também se restringirá às contas. Quem comprar um Nintendo Switch 2 no Japão, poderá acessar contas localizadas dentro da região. Se sua conta é brasileira, por exemplo, ela não será permitida. O mesmo vale para a linguagem disponível no sistema operacional, o que pode dificultar a vida até de quem está ciente destes riscos.
Isso retornará por causa das diferenças de preço que veremos no Nintendo Switch 2. A ideia é impedir que alguém dos EUA, Brasil e outros países tente importar o console ou seus jogos com preço mais barato do que o visto nas demais regiões ao invés de comprar em seu próprio mercado. Uma estratégia polêmica, mas que será adotada e já tem gerado certo receio entre os consumidores.
3. Nintendo Switch 2 Welcome Tour
Quando o PlayStation 5 foi lançado, a Sony trouxe em conjunto a experiência gratuita Astro’s Playroom. Ela permitia acompanhar o simpático robôzinho (que ganhou seu próprio game em Astro Bot em 2024) por todos os recursos e hardwares presentes no console e apresentar, de forma mais amigável, como ele funciona.
O videogame da Big N terá algo similar com o jogo Nintendo Switch 2 Welcome Tour. Ele é uma experiência que mostrará diversos detalhes sobre os recursos do novo console híbrido, através de mini-games e atividades que vão expandir o conhecimento daquilo que poderemos fazer com ele nos jogos que virão no lançamento e em momento posterior. Qual a principal diferença aqui? Ele será pago.
Ainda que traga muitos recursos bacanas e seu desenvolvimento tenha custos, o Nintendo Switch 2 Welcome Tour nada mais é do que uma “tech demo”. De acordo com o trailer, ele servirá apenas para demonstrar as capacidades do console híbrido na prática, como um manual de instruções interativo. É como se você comprasse uma air fryer ou um smartphone e a fabricante vendesse seu manual de uso separadamente. Simplesmente não faz sentido algum.
2. Cadê o suporte aos apps?
O Nintendo Switch foi lançado em 2017 e, durante oito anos, recebeu um suporte mínimo em relação a plataformas de streaming e apps de outras naturezas. Tivemos uma Crunchyroll aqui, um izneo ali, uma presença tímida e temporária da Twitch, mas não saiu disso. Ao contrário do PlayStation e Xbox, nunca foi visto suporte aos gigantes de conteúdo como Netflix, Disney+, Prime Video e outros que permitem acompanhar os principais filmes e séries.
Isso já existe nos smartphones e Smart TVs, eu sei, mas a portabilidade do Nintendo Switch permitiria alçar “voos maiores”. Chegamos ao anúncio do Nintendo Switch 2 na última quarta-feira (2) e continuamos sem saber se o console expandirá este suporte ou manterá seu sistema livre destas plataformas. Não que desejo que se torne um dispositivo Android, mas é inegável que a ausência destes é sentida e seria uma adição muito bem-vinda.
Imagine ler seus mangás no Manga Plus nele? No intervalo entre uma partida ou outra, abrir a Netflix para assistir um episódio daquela série ou desenho animado que tanto aguardou? Inclusive, com a chegada da Nintendo Switch Camera, a companhia tem nas suas mãos “a faca e o queijo” para permitir streaming nativo dos seus jogos em serviços como a Twitch e outros. Porém, isso não foi esclarecido e é bom não ter muitas expectativas sobre o suporte em um breve futuro.
1. Preço do console e dos jogos
Entrando em um campo bem delicado, temos a revelação do preço do Nintendo Switch 2 e de seus jogos. Isso tem gerado um debate muito “acalorado” entre os fãs e muitos já clamam que se manterão distantes do videogame neste lançamento por conta disto.
O videogame será lançado por US$ 449, que analisado lado-a-lado com seus antigos consoles de mesa com correção inflacionária, revela que ele será o mais caro da companhia nestes últimos 30 anos. Aqui no Brasil, as estimativas apontam que ele deve chegar entre R$ 3.600 e R$ 4.000 (muito próximo ao valor do PS5 e Xbox Series em nosso território).
Já os games são um debate à parte. A versão digital dos principais títulos será vendida por US$ 80 (US$ 10 a mais do que os preços vistos nos maiores lançamentos de PS5 e Xbox Series atualmente), enquanto suas versões físicas chegarão a até US$ 90. Se isso tem gerado uma grande revolta no público e diversas reações nos Estados Unidos e na Europa, imagine aqui no Brasil onde os principais jogos chegam a até R$ 350? Pois é, caros leitores, será um desafio e tanto.
Ainda que estejamos apontando dedos para a Nintendo e julgando esses valores orbitais, é importante reforçar que a culpa pode não ser dela. Vivemos um cenário político e econômico muito sensível e que possuem nuances que sequer caberiam nessa lista.
Só para citar um exemplo, temos o presidente dos Estados Unidos, Donald Trump, aplicando grandes tarifas a todo mercado internacional — o que tem tirado o sono de muita gente e causado grande impacto na economia. Todos sabíamos que isso ocorreria, afinal de contas, ele está ameaçando fazer essa movimentação desde que foi eleito no início de 2025. E quando digo “todos”, incluo a Nintendo nessa.
É impossível que uma companhia do tamanho, importância e que traz tantas estratégias quanto a Big N não estivesse ciente desta situação. Não querendo agir como o “advogado do diabo” por aqui, mas é bem possível que eles tivessem anunciado o preço do Nintendo Switch 2 já considerando o aumento que os eletrônicos terão nos próximos meses.
Ainda que discorde que o valor seja bom (eu também não acho que é), temos de concordar que é melhor eles anunciarem o preço dele “mais caro” e poder abaixar com a economia se estabilizando do que fazer justamente o contrário: anunciar com preço baixo e serem obrigados a aumentar. Imagine eles trocando o valor para mais antes do lançamento? A polêmica e a revolta que iam causar talvez fosse uma das maiores da indústria gaming.
Não acho que tenha alguém fora do comércio ou que trabalhe na cadeia produtiva que acredite que este aumento é positivo. Para os consumidores, não é. Porém, ele chega ao “justificável”. Quem não garante que, nos próximos meses, estes mesmos títulos que chegam a US$ 70 também não subirão de valor por conta das tarifas? Ou que os consoles, no geral, também terão um aumento?
O debate é longo e cheio de nuances, mas ainda que dê para justificar o movimento da Nintendo, o preço do Switch 2 e de seus jogos foram uma das informações que mais desapontaram o público nesta semana. Eles, inclusive, mudaram toda a reação dos fãs sobre o console híbrido e se vimos uma grande empolgação antes e durante o anúncio, após ele o clima estava de “peguem suas tochas” contra a Big N.
O Nintendo Switch 2 terá nova chance?
O anúncio do Nintendo Switch 2 pode ter sido repleto de acertos e problemas, mas estamos discutindo apenas o primeiro momento de contato com o videogame, seus recursos e tecnologia. O mais importante é que todos os pontos citados na lista podem ser revertidos pela companhia futuramente. Antes ter erros que podem ser revistos do que situações permanentes que causariam mais estresse, não é?
Entre os principais erros decepcionantes do Switch 2, temos:
- Preço do console e dos jogos
- Cadê o suporte aos apps?
- Retorno da trava de região
- Nintendo Switch 2 Welcome Tour
- Upgrade pago para jogos do Switch
- Ausência de Mario 3D no Nintendo Switch 2
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