Review Range Rover Evoque | SUV é sonho da classe média que passou
Na década passada, a primeira geração do Range Rover Evoque causou uma verdadeira revolução no segmento dos carros de luxo. Em uma época em que a popularização dos SUVs estava em seu início, o modelo da Land Rover se tornou o sonho da classe média e o queridinho dos jogadores de futebol. 10 carros elétricos mais vendidos do Brasil em fevereiro de 2025 Você sabe como desligar um carro automático da maneira certa? Hoje, a situação é um pouco diferente. Desde 2018, o Evoque está em sua segunda geração, mas o sucesso do passado não é mais o mesmo. Tanto que o grupo Jaguar Land Rover (JLR) passa por uma reestruturação completa. A Jaguar vai ficar um ano sem vender carros novos, até que seu novo sedã elétrico de alto luxo seja lançado. Já a Land Rover vai deixar de estampar esse nome em seus carros, transformando as linhas Range Rover, Defender e Discovery em marcas. -Entre no Canal do WhatsApp do Canaltech e fique por dentro das últimas notícias sobre tecnologia, lançamentos, dicas e tutoriais incríveis.- Por isso, oficialmente, o nome do SUV desta avaliação passou a ser Range Rover Evoque, e não mais Land Rover Range Rover Evoque. Uma muda Como é o Evoque? Vendido no Brasil por R$ 486.050, o Evoque custa (bem) mais que seus adversários diretos. Sim, a linhagem Range Rover sempre esteve um degrau acima de BMW X1, Mercedes-Benz GLA e Volvo XC40, mas na prática são todos SUV de luxo que disputam o mesmo público. E todos esses adversários são mais baratos que o Evoque. Sendo assim, é esperado que o modelo entregue algo a mais para justificar sua compra. Há sim bons equipamentos e uma aura off-road que nenhum outro rival tem. No entanto, seu motor 2.0 turbo flex não conta com nenhuma eletrificação, enquanto o Volvo XC40 é totalmente elétrico há alguns anos. Motor 2.0 não conta com eletrificação (Imagem: Leo Alves/Canaltech)No exterior, o Evoque tem versões eletrificadas, sendo equipadas com o conjunto híbrido-leve ou híbrido plug-in. Porém, o modelo fabricado no Brasil não tem nenhuma eletrificação disponível. Mas ao volante do SUV, boa parte desses problemas são esquecidos. Dirigibilidade é o ponto forte Dirigir o Range Rover Evoque é extremamente satisfatório. O SUV me lembrou o primeiro contato que tive com o Volvo XC40, quando ele ainda era equipado com motor híbrido. Mesmo sendo um utilitário esportivo de 4,37 m, a sensação é de estar a bordo de um hatch esportivo. O acerto da suspensão, que é independente nas quatro rodas, é digno de elogios. Macia ao rodar na cidade, mas firme quando se está em rodovias. Em nenhum momento notei batidas secas e desconfortáveis. Pelo contrário, o desempenho do conjunto foi um de seus pontos altos. O mesmo pode ser dito do acerto da direção. Com assistência elétrica, o conjunto é leve em baixas velocidades e manobras, mas aumenta o peso conforme o ponteiro do velocímetro sobe. E, por ser um Range Rover, o Evoque tem certos méritos no off-road. Dirigibilidade do Range Rover Evoque encanta a todos (Imagem: Leo Alves/Canaltech)A tração é integral, e o SUV conta com bom ângulo de entrada (20,8 graus) e saída (30,6 graus). Além disso, ele é capaz de atravessar trechos alagados em até 53 cm, o que sempre ajuda no verão de São Paulo. O já citado motor 2.0 turbo flex entrega boas respostas. Com 250 cv e 37,2 kgfm de torque, independentemente do combustível utilizado, o propulsor oferece um 0 a 100 km/h em 7,3 segundos, com velocidade máxima de 230 km/h. Na vida real, a performance é bastante agradável, e como o câmbio automático de nove marchas casa bem com o motor, o Evoque é um SUV ideal para quem gosta de pegar horas e mais horas em rodovias. "Mesmo sem mudanças há alguns anos, Range Rover Evoque ainda é um belo SUV" — Leo Alves Conforto e Espaço interno Além de ter um desempenho condizente com sua categoria, o Evoque ainda entrega um bom espaço interno para quatro adultos, mérito de seu entre-eixos de 2,68 m, equivalente ao de alguns modelos médios. Chama também a atenção o seu porta-malas grande, de 591 litros, e que também dá conta das bagagens da família. Como dito anteriormente, o Evoque é um carro feito para ser dirigido por muitas horas. O grande responsável por isso é o conforto que o banco dianteiro entrega, sem contar a facilidade de se ter ajustes elétricos nele – item também presente para o carona. Espaço interno é bastante satisfatório no SUV (Imagem: Leo Alves/Canaltech)Por ser um modelo de luxo, é de se imaginar que o acabamento é de primeira. E de fato é, mas há alguns pontos irritantes. Um exemplo é o excesso de plástico presente no console central, que faz barulho mesmo com o modelo testado tendo pouco mais de 3 mil km. Esse é o ponto que menos combina com a sofisticação de um Range Rover, já que faz lembrar modelos mais em conta. Tecnologia e Conectividade Vivemos na era da conectividade e, por sorte, o Range Rover Evoque está alinhado com o tempo atual. A central multimídia de 11,4 polegadas espelha Android Auto e Apple CarPlay sem fio, mas todos os recu

Na década passada, a primeira geração do Range Rover Evoque causou uma verdadeira revolução no segmento dos carros de luxo. Em uma época em que a popularização dos SUVs estava em seu início, o modelo da Land Rover se tornou o sonho da classe média e o queridinho dos jogadores de futebol.
- 10 carros elétricos mais vendidos do Brasil em fevereiro de 2025
- Você sabe como desligar um carro automático da maneira certa?
Hoje, a situação é um pouco diferente. Desde 2018, o Evoque está em sua segunda geração, mas o sucesso do passado não é mais o mesmo. Tanto que o grupo Jaguar Land Rover (JLR) passa por uma reestruturação completa.
A Jaguar vai ficar um ano sem vender carros novos, até que seu novo sedã elétrico de alto luxo seja lançado. Já a Land Rover vai deixar de estampar esse nome em seus carros, transformando as linhas Range Rover, Defender e Discovery em marcas.
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Entre no Canal do WhatsApp do Canaltech e fique por dentro das últimas notícias sobre tecnologia, lançamentos, dicas e tutoriais incríveis.
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Por isso, oficialmente, o nome do SUV desta avaliação passou a ser Range Rover Evoque, e não mais Land Rover Range Rover Evoque. Uma muda
Como é o Evoque?
Vendido no Brasil por R$ 486.050, o Evoque custa (bem) mais que seus adversários diretos. Sim, a linhagem Range Rover sempre esteve um degrau acima de BMW X1, Mercedes-Benz GLA e Volvo XC40, mas na prática são todos SUV de luxo que disputam o mesmo público.
E todos esses adversários são mais baratos que o Evoque. Sendo assim, é esperado que o modelo entregue algo a mais para justificar sua compra. Há sim bons equipamentos e uma aura off-road que nenhum outro rival tem.
No entanto, seu motor 2.0 turbo flex não conta com nenhuma eletrificação, enquanto o Volvo XC40 é totalmente elétrico há alguns anos.
No exterior, o Evoque tem versões eletrificadas, sendo equipadas com o conjunto híbrido-leve ou híbrido plug-in. Porém, o modelo fabricado no Brasil não tem nenhuma eletrificação disponível. Mas ao volante do SUV, boa parte desses problemas são esquecidos.
Dirigibilidade é o ponto forte
Dirigir o Range Rover Evoque é extremamente satisfatório. O SUV me lembrou o primeiro contato que tive com o Volvo XC40, quando ele ainda era equipado com motor híbrido. Mesmo sendo um utilitário esportivo de 4,37 m, a sensação é de estar a bordo de um hatch esportivo.
O acerto da suspensão, que é independente nas quatro rodas, é digno de elogios. Macia ao rodar na cidade, mas firme quando se está em rodovias. Em nenhum momento notei batidas secas e desconfortáveis. Pelo contrário, o desempenho do conjunto foi um de seus pontos altos.
O mesmo pode ser dito do acerto da direção. Com assistência elétrica, o conjunto é leve em baixas velocidades e manobras, mas aumenta o peso conforme o ponteiro do velocímetro sobe. E, por ser um Range Rover, o Evoque tem certos méritos no off-road.
A tração é integral, e o SUV conta com bom ângulo de entrada (20,8 graus) e saída (30,6 graus). Além disso, ele é capaz de atravessar trechos alagados em até 53 cm, o que sempre ajuda no verão de São Paulo.
O já citado motor 2.0 turbo flex entrega boas respostas. Com 250 cv e 37,2 kgfm de torque, independentemente do combustível utilizado, o propulsor oferece um 0 a 100 km/h em 7,3 segundos, com velocidade máxima de 230 km/h. Na vida real, a performance é bastante agradável, e como o câmbio automático de nove marchas casa bem com o motor, o Evoque é um SUV ideal para quem gosta de pegar horas e mais horas em rodovias.
"Mesmo sem mudanças há alguns anos, Range Rover Evoque ainda é um belo SUV"
Conforto e Espaço interno
Além de ter um desempenho condizente com sua categoria, o Evoque ainda entrega um bom espaço interno para quatro adultos, mérito de seu entre-eixos de 2,68 m, equivalente ao de alguns modelos médios. Chama também a atenção o seu porta-malas grande, de 591 litros, e que também dá conta das bagagens da família.
Como dito anteriormente, o Evoque é um carro feito para ser dirigido por muitas horas. O grande responsável por isso é o conforto que o banco dianteiro entrega, sem contar a facilidade de se ter ajustes elétricos nele – item também presente para o carona.
Por ser um modelo de luxo, é de se imaginar que o acabamento é de primeira. E de fato é, mas há alguns pontos irritantes. Um exemplo é o excesso de plástico presente no console central, que faz barulho mesmo com o modelo testado tendo pouco mais de 3 mil km. Esse é o ponto que menos combina com a sofisticação de um Range Rover, já que faz lembrar modelos mais em conta.
Tecnologia e Conectividade
Vivemos na era da conectividade e, por sorte, o Range Rover Evoque está alinhado com o tempo atual. A central multimídia de 11,4 polegadas espelha Android Auto e Apple CarPlay sem fio, mas todos os recursos estão presentes nela. Para mexer na temperatura do ar-condicionado de duas zonas, é preciso acioná-la. Alterar o modo de condução para o Sport também é feito na tela.
Com isso, o motorista acaba se distraindo quando necessita realizar uma tarefa simples. Por sorte, há atalhos que facilitam a operação, mas um bom e velho botão ainda seria mais útil. A tela também mostra as imagens das câmeras 360 graus, inclusive a função de capô invisível, muito útil em situações off-road.
Para auxiliar o motorista e reduzir as distrações, o Evoque é repleto de assistentes, como o de permanência em faixa e de detecção de colisões frontais e traseiras. Ao menos os sistemas não são intrusivos e não apitam por qualquer motivo, além de aumentarem a segurança do veículo.
"Acabamento com muito plástico acaba sendo um pouco irritante no Evoque"




Range Rover Evoque: vale a pena?
Mesmo passados 13 anos do lançamento da primeira geração e seis anos do nascimento da segunda geração, o Range Rover Evoque ainda chama a atenção por onde passa, graças ao seu visual. Entretanto, pelo preço cobrado, há diversos concorrentes que brilham mais aos olhos.
Hoje, talvez o público do Evoque seja quem sonhava com a primeira geração, mas não tinha como comprá-la. Ele segue sendo um sonho de consumo da classe média, mas nem os jogadores de futebol gostam mais tanto do SUV.
Sendo assim, encare o SUV como uma compra meramente emocional. Mesmo sendo um ótimo modelo, pelo preço atual, a opção mais racional é dar uma olhada na concorrência.
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