Ações da Nvidia caem mais de 7% após EUA restringirem exportação de chips para a China

Na segunda (14), a fabricante de chips disse que estava planejando construir servidores de IA avaliados em até US$ 500 bilhões nos EUA, em sintonia com o impulso do governo Trump para a fabricação local. Nvidia e Trump g1 As ações da Nvidia despencam mais de 7% nesta quarta-feira (16), impactadas pela decisão do governo dos Estados Unidos de limitar as exportações de um chip de inteligência artificial da empresa para a China. O índice Nasdaq, o principal da bolsa de valores americana que reúne empresas de tecnologia, caía 2,18% perto das 14h. As bolsas asiáticas e europeias fecharam em baixa. Mais cedo, a ASML, grande fornecedora holandesa de equipamentos para fabricação de chips, alertou que as tarifas dos EUA estavam aumentando a incerteza em torno de suas perspectivas para 2025 e 2026. O anúncio das novas restrições veio no fim da noite desta terça-feira (15). O Departamento de Comércio dos EUA informou que estava emitindo novos requisitos de licenciamento de exportação aos chips H20 da Nvidia e ao processador MI308 da fabricante Advanced Micro Devices (AMD), bem como seus equivalentes, para a China. "O Departamento de Comércio está comprometido em agir de acordo com a diretriz do presidente para proteger nossa segurança nacional e econômica", disse um porta-voz do Comércio. A Nvidia, que atualmente é a terceira empresa mais valiosa dos EUA, afirmou que enfrentará um prejuízo de US$ 5,5 bilhões por causa das restrições, enquanto a AMD estima uma perda de US$ 800 milhões. "Esta divulgação é um sinal claro de que a Nvidia agora tem enormes restrições e obstáculos para vender para a China", disse Daniel Ives, analista da Wedbush Securities, à Reuters. Os chips de IA da Nvidia têm sido um foco importante dos controles de exportação dos EUA, já que as autoridades americanas têm se mobilizado para impedir que os chips mais avançados sejam vendidos para a China, enquanto os EUA tentam se manter à frente na corrida da IA. Na segunda-feira (14), a Nvidia anunciou que estava planejando construir servidores de IA avaliados em até US$ 500 bilhões nos EUA nos próximos quatro anos, em sintonia com o impulso do presidente americano Donald Trump para a fabricação local. Trump isentou, por enquanto, semicondutores e alguns outros produtos eletrônicos de suas tarifas, mas alertou que taxas específicas para cada setor serão anunciadas nas próximas semanas. Essas tarifas podem custar aos fabricantes de equipamentos semicondutores dos EUA mais de US$ 1 bilhão por ano, informou a Reuters. EUA x China As novas restrições à exportação de chips dos EUA para a China ocorrem em meio à guerra tarifária entre os dois países nos últimos meses. Na terça (15), a China ordenou que suas companhias aéreas não recebam mais entregas de jatos da empresa americana Boeing, em resposta ao tarifaço de Trump. Pequim pediu ainda que as transportadoras chinesas suspendam as compras de equipamentos e peças de aeronaves de empresas americanas, o que deve aumentar os custos de manutenção dos jatos que voam no país. Mais tarde, um comunicado no site oficial da Casa Branca informou que a China agora encararia tarifas de até 245% sobre produtos específicos, como resultado de suas "ações retaliatórias". EUA x China, lance a lance: entenda a escalada de tarifas que mudou a economia global em poucos dias China proíbe entrega de jatos da Boing em reação ao tarifaço de Trump *Com informações da agência de notícias Reuters.

Abr 16, 2025 - 18:32
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Ações da Nvidia caem mais de 7% após EUA restringirem exportação de chips para a China

Na segunda (14), a fabricante de chips disse que estava planejando construir servidores de IA avaliados em até US$ 500 bilhões nos EUA, em sintonia com o impulso do governo Trump para a fabricação local. Nvidia e Trump g1 As ações da Nvidia despencam mais de 7% nesta quarta-feira (16), impactadas pela decisão do governo dos Estados Unidos de limitar as exportações de um chip de inteligência artificial da empresa para a China. O índice Nasdaq, o principal da bolsa de valores americana que reúne empresas de tecnologia, caía 2,18% perto das 14h. As bolsas asiáticas e europeias fecharam em baixa. Mais cedo, a ASML, grande fornecedora holandesa de equipamentos para fabricação de chips, alertou que as tarifas dos EUA estavam aumentando a incerteza em torno de suas perspectivas para 2025 e 2026. O anúncio das novas restrições veio no fim da noite desta terça-feira (15). O Departamento de Comércio dos EUA informou que estava emitindo novos requisitos de licenciamento de exportação aos chips H20 da Nvidia e ao processador MI308 da fabricante Advanced Micro Devices (AMD), bem como seus equivalentes, para a China. "O Departamento de Comércio está comprometido em agir de acordo com a diretriz do presidente para proteger nossa segurança nacional e econômica", disse um porta-voz do Comércio. A Nvidia, que atualmente é a terceira empresa mais valiosa dos EUA, afirmou que enfrentará um prejuízo de US$ 5,5 bilhões por causa das restrições, enquanto a AMD estima uma perda de US$ 800 milhões. "Esta divulgação é um sinal claro de que a Nvidia agora tem enormes restrições e obstáculos para vender para a China", disse Daniel Ives, analista da Wedbush Securities, à Reuters. Os chips de IA da Nvidia têm sido um foco importante dos controles de exportação dos EUA, já que as autoridades americanas têm se mobilizado para impedir que os chips mais avançados sejam vendidos para a China, enquanto os EUA tentam se manter à frente na corrida da IA. Na segunda-feira (14), a Nvidia anunciou que estava planejando construir servidores de IA avaliados em até US$ 500 bilhões nos EUA nos próximos quatro anos, em sintonia com o impulso do presidente americano Donald Trump para a fabricação local. Trump isentou, por enquanto, semicondutores e alguns outros produtos eletrônicos de suas tarifas, mas alertou que taxas específicas para cada setor serão anunciadas nas próximas semanas. Essas tarifas podem custar aos fabricantes de equipamentos semicondutores dos EUA mais de US$ 1 bilhão por ano, informou a Reuters. EUA x China As novas restrições à exportação de chips dos EUA para a China ocorrem em meio à guerra tarifária entre os dois países nos últimos meses. Na terça (15), a China ordenou que suas companhias aéreas não recebam mais entregas de jatos da empresa americana Boeing, em resposta ao tarifaço de Trump. Pequim pediu ainda que as transportadoras chinesas suspendam as compras de equipamentos e peças de aeronaves de empresas americanas, o que deve aumentar os custos de manutenção dos jatos que voam no país. Mais tarde, um comunicado no site oficial da Casa Branca informou que a China agora encararia tarifas de até 245% sobre produtos específicos, como resultado de suas "ações retaliatórias". EUA x China, lance a lance: entenda a escalada de tarifas que mudou a economia global em poucos dias China proíbe entrega de jatos da Boing em reação ao tarifaço de Trump *Com informações da agência de notícias Reuters.