Anvisa quer retenção de receita na venda de Ozempic e similares; veja a lista
A Anvisa aprovou na quarta-feira (16) novas medidas mais rigorosas de controle na prescrição e na também dispensação dos medicamentos agonistas GLP-1 (medicamentos usados para tratar diabetes tipo 2 e obesidade com substâncias como semaglutida, liraglutida, dulaglutida, exenatida, tirzepatida e a lixisenatida. Mounjaro e Ozempic, qual a diferença? Ozempic na saúde pública do RJ: 5 perguntas e respostas Isso quer dizer que a prescrição médica de medicamentos como Ozempic, Mounjaro e Wegovy deve ser feita em duas vias – como acontece com remédios controlados. A venda só pode ocorrer com a retenção da receita na farmácia, assim como já acontece com a categoria dos antibióticos. Ainda de acordo com a medida, a validade das receitas será de até 90 dias da emissão. “Essa medida tem como objetivo proteger a saúde da população brasileira, especialmente porque foi observado um número elevado de eventos adversos relacionados ao uso desses medicamentos fora das indicações aprovadas pela Anvisa”, afirma a nota. Segundo dados do VigiMed, no Brasil há mais problemas pelo uso fora das indicações aprovadas pela Anvisa no país que os dados globais. -Entre no Canal do WhatsApp do Canaltech e fique por dentro das últimas notícias sobre tecnologia, lançamentos, dicas e tutoriais incríveis.- Emagrecimento e uso off-label Rômison Rodrigues Mota, diretor-presidente substituto da Anvisa, destacou que o incentivo ao uso desses medicamentos apenas com finalidade estética e sem acompanhamento médico coloca as pessoas em risco. “Estamos falando de medicamentos novos, cujo perfil de segurança a longo prazo ainda não é totalmente conhecido. Por isso, é fundamental o monitoramento e a vigilância”, disse Mota. Vale notar que a Anvisa não proibiu o chamado uso "off label", quando médicos habilitados prescrevem remédios para finalidades diferentes das descritas na bula. A decisão entra em vigor 60 dias após a publicação da nota no Diário Oficial da União (DOU), que deve acontecer nos próximos dias e altera a Resolução da Diretoria Colegiada (RDC) 471/2021, na qual constarão medicamentos agonistas GLP-1. As farmácias deverão incluir no Sistema Nacional de Gerenciamento de Produtos Controlados (SNGPC) todas as movimentações de compra e de venda. Lista de medicamentos afetados Confira abaixo a lista dos medicamentos agonistas do receptor do peptídeo-1 semelhante ao glucagon (GLP-1) registrados pela Anvisa incluindo nome comercial das canetas injetáveis e comprimidos, princípio ativo e indicação. Soliqua® (solução injetável)insulina glargina + lixisenatidaDiabetes mellitus tipo 2 Victoza® (solução injetável)liraglutidaDiabetes mellitus tipo 2 Trulicity® (solução injetável)dulaglutidaDiabetes mellitus tipo 2 Saxenda® (solução injetável)liraglutidaObesidade/sobrepeso Xultophy® (solução injetável)insulina degludeca + liraglutidaDiabetes mellitus tipo 2 Ozempic® (solução injetável)semaglutidaDiabetes mellitus tipo 2 Rybelsus® (comprimidos)semaglutidaDiabetes mellitus tipo 2 Wegovy® (solução injetável)semaglutidaObesidade/sobrepeso Mounjaro® (solução injetável)tirzepatidaDiabetes mellitus tipo 2 Povitztra® (solução injetável)semaglutidaObesidade/sobrepeso Extensior® (solução injetável)semaglutidaDiabetes mellitus tipo 2 Lirux (solução injetável)liraglutidaDiabetes mellitus tipo 2 Olire (solução injetável)liraglutidaObesidade/sobrepeso Leia também: Queda da patente do Ozempic: o que vai mudar? Ozempic manipulado: versão alternativa do remédio é eficaz? Vídeo: Pílula anti-ressaca https://www.youtube.com/watch?v=tzaETB7oXfE Leia a matéria no Canaltech.

A Anvisa aprovou na quarta-feira (16) novas medidas mais rigorosas de controle na prescrição e na também dispensação dos medicamentos agonistas GLP-1 (medicamentos usados para tratar diabetes tipo 2 e obesidade com substâncias como semaglutida, liraglutida, dulaglutida, exenatida, tirzepatida e a lixisenatida.
Isso quer dizer que a prescrição médica de medicamentos como Ozempic, Mounjaro e Wegovy deve ser feita em duas vias – como acontece com remédios controlados. A venda só pode ocorrer com a retenção da receita na farmácia, assim como já acontece com a categoria dos antibióticos. Ainda de acordo com a medida, a validade das receitas será de até 90 dias da emissão.
“Essa medida tem como objetivo proteger a saúde da população brasileira, especialmente porque foi observado um número elevado de eventos adversos relacionados ao uso desses medicamentos fora das indicações aprovadas pela Anvisa”, afirma a nota. Segundo dados do VigiMed, no Brasil há mais problemas pelo uso fora das indicações aprovadas pela Anvisa no país que os dados globais.
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Emagrecimento e uso off-label
Rômison Rodrigues Mota, diretor-presidente substituto da Anvisa, destacou que o incentivo ao uso desses medicamentos apenas com finalidade estética e sem acompanhamento médico coloca as pessoas em risco. “Estamos falando de medicamentos novos, cujo perfil de segurança a longo prazo ainda não é totalmente conhecido. Por isso, é fundamental o monitoramento e a vigilância”, disse Mota.
Vale notar que a Anvisa não proibiu o chamado uso "off label", quando médicos habilitados prescrevem remédios para finalidades diferentes das descritas na bula.
A decisão entra em vigor 60 dias após a publicação da nota no Diário Oficial da União (DOU), que deve acontecer nos próximos dias e altera a Resolução da Diretoria Colegiada (RDC) 471/2021, na qual constarão medicamentos agonistas GLP-1. As farmácias deverão incluir no Sistema Nacional de Gerenciamento de Produtos Controlados (SNGPC) todas as movimentações de compra e de venda.
Lista de medicamentos afetados
Confira abaixo a lista dos medicamentos agonistas do receptor do peptídeo-1 semelhante ao glucagon (GLP-1) registrados pela Anvisa incluindo nome comercial das canetas injetáveis e comprimidos, princípio ativo e indicação.
Soliqua® (solução injetável)
insulina glargina + lixisenatida
Diabetes mellitus tipo 2
Victoza® (solução injetável)
liraglutida
Diabetes mellitus tipo 2
Trulicity® (solução injetável)
dulaglutida
Diabetes mellitus tipo 2
Saxenda® (solução injetável)
liraglutida
Obesidade/sobrepeso
Xultophy® (solução injetável)
insulina degludeca + liraglutida
Diabetes mellitus tipo 2
Ozempic® (solução injetável)
semaglutida
Diabetes mellitus tipo 2
Rybelsus® (comprimidos)
semaglutida
Diabetes mellitus tipo 2
Wegovy® (solução injetável)
semaglutida
Obesidade/sobrepeso
Mounjaro® (solução injetável)
tirzepatida
Diabetes mellitus tipo 2
Povitztra® (solução injetável)
semaglutida
Obesidade/sobrepeso
Extensior® (solução injetável)
semaglutida
Diabetes mellitus tipo 2
Lirux (solução injetável)
liraglutida
Diabetes mellitus tipo 2
Olire (solução injetável)
liraglutida
Obesidade/sobrepeso
Leia também:
- Queda da patente do Ozempic: o que vai mudar?
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Ozempic manipulado: versão alternativa do remédio é eficaz?
Vídeo: Pílula anti-ressaca
https://www.youtube.com/watch?v=tzaETB7oXfE
Leia a matéria no Canaltech.