Cronos: The New Dawn usará a viagem do tempo apenas para fins narrativos – Entenda!

Após o impacto causado por Silent Hill 2 Remake, a Bloober Team parece pronta para mostrar ao mundo do que é realmente capaz em termos criativos. Com Cronos: The New Dawn, o estúdio polonês abandona a zona de conforto dos remakes para mergulhar em uma nova propriedade intelectual. O que se mantém, no entanto, é o compromisso com o terror e a densidade narrativa.

Em sua essência, Cronos é uma obra que abraça o medo do desconhecido, misturando elementos sobrenaturais com uma ambientação densa. A história se passa em uma versão alternativa da Polônia dos anos 80 e lida com temas como tensão psicológica e, principalmente, a relação entre diferentes momentos no tempo. Ainda assim, essa abordagem temporal não será tão aberta quanto muitos poderiam imaginar.

Em entrevista ao Combo Infinito, Jacek Zieba, co-diretor do jogo, explicou como a viagem no tempo funcionará dentro da estrutura de Cronos. Segundo ele, embora a narrativa tenha forte ligação com passado e futuro, a mecânica não permitirá que o jogador utilize esse recurso livremente. A ideia, segundo o diretor, é evitar confusão narrativa e manter o foco no impacto emocional da história.

“Queremos contar uma história muito específica, que já é bastante complicada por envolver viagem no tempo”, disse Zieba. “Então, não podíamos realmente dar total liberdade sobre ‘quando’ o jogador pode usá-la.” A mecânica será integrada aos momentos certos da trama, funcionando mais como um catalisador narrativo do que como um sistema central de gameplay.

Ao contrário de The Medium, onde víamos duas realidades simultaneamente, Cronos adota uma abordagem mais contida. Ainda assim, essa escolha reforça o controle autoral da Bloober Team sobre o ritmo da experiência. Ao guiar o jogador através de mudanças temporais pontuais, o estúdio garante que a tensão e a surpresa estejam sempre presentes.

Foco total na atmosfera e nas consequências

A ideia é que o jogador viva o tempo como algo imutável e, ao mesmo tempo, inevitável. As interações entre passado e futuro moldam a compreensão do mundo, mas não servem como ferramenta de manipulação direta. Dessa forma, Cronos oferece uma jornada mais focada, com maior peso emocional e menos dispersão de mecânicas.

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