Dono de polêmica “mansão no céu” de US$ 20 milhões, construída no topo de arranha-céu de 122 metros, pode nunca morar nela por um motivo
No coração de Bengaluru, na Índia, um cenário surreal chama a atenção: um mansão de US$ 20 milhões (cerca de… Esse Dono de polêmica “mansão no céu” de US$ 20 milhões, construída no topo de arranha-céu de 122 metros, pode nunca morar nela por um motivo foi publicado primeiro no Misterios do Mundo. Cópias não são autorizadas.


No coração de Bengaluru, na Índia, um cenário surreal chama a atenção: um mansão de US$ 20 milhões (cerca de R$ ) ocupa o topo do arranha-céu Kingfisher Towers, em meio ao luxuoso complexo UB City. A propriedade, porém, permanece vazia há anos, enquanto seu dono, o magnata Vijay Mallya, vive no Reino Unido fugindo de acusações de fraude e lavagem de dinheiro. O contraste é ainda mais marcante quando se observa, a 122 metros abaixo da cobertura, as favelas que se espalham pela cidade.
A mansão, construída em uma estrutura suspensa (chamada de cantilever), é um feito da engenharia. Com 3.716 metros quadrados, o espaço inclui jardins exuberantes, uma piscina infinita, heliponto e amplos decks de vidro. Tudo isso isolado do restante dos apartamentos do edifício, como se fosse um mundo à parte.

A mansão se mostrou controversa (Instagram/@sriharikaranth)
Irfan Razack, presidente da Prestige Estates Projects (empresa responsável pela obra), destacou a complexidade do projeto: “Foi um desafio construir a mansão em uma estrutura suspensa a essa altura, mas garantimos que fosse executada exatamente como planejada. Os trabalhos de acabamento ainda estão em andamento”.
O luxo, porém, parece destinado ao vazio. Mallya, que enriqueceu com a marca de cerveja Kingfisher e investiu em aviação e Fórmula 1, está na lista de procurados da justiça indiana desde 2016. Acusado de desviar mais de US$ 1 bilhão em empréstimos bancários, o empresário fugiu para o Reino Unido, onde reside atualmente.
Desde então, a Índia tenta sua extradição, mas o processo enfrenta obstáculos jurídicos. Em 2023, o ex-ministro de segurança britânico Tom Tugendhat afirmou que o Reino Unido “não pretende ser um refúgio para quem busca escapar da justiça”, mas reforçou que os trâmites legais precisam ser respeitados.

O proprietário pode nunca morar lá (Instagram/@sriharikaranth)
Enquanto isso, a mansão aguarda um destino incerto. Especialistas questionam se Mallya algum dia ocupará o espaço, já que a propriedade pode ser confiscada pelo governo indiano como parte do processo de recuperação de dívidas. A construção, avaliada em um valor equivalente a 800 apartamentos de classe média na região, também gera debates sobre desigualdade social. Bengaluru, conhecida como “Vale do Silício indiano”, abriga tanto centros tecnológicos modernos quanto comunidades carentes sem acesso a saneamento básico.
O caso ganhou tons simbólicos: a cobertura inacabada, visível de vários pontos da cidade, tornou-se um lembrete físico dos extremos econômicos do país. Moradores locais relatam que a estrutura iluminada à noite cria um efeito quase teatral, destacando-se contra o cenário de pobreza. Para muitos, a imagem resume uma realidade na qual o luxo mais exclusivo coexiste – e muitas vezes ignora – as urgentes necessidades sociais ao seu redor.
Agora, a pergunta que fica é: quanto tempo levará até que alguém habite esses 3.716 metros quadrados de ostentação? Enquanto autoridades discutem extradição e processos judiciais, a mansão permanece como um enigma arquitetônico, um palácio moderno que, por ora, só abriga histórias de ambição, fuga e contrastes que desafiam a imaginação.
Esse Dono de polêmica “mansão no céu” de US$ 20 milhões, construída no topo de arranha-céu de 122 metros, pode nunca morar nela por um motivo foi publicado primeiro no Misterios do Mundo. Cópias não são autorizadas.