Ex-executivo da PlayStation critica excesso de jogos longos demais

O ex-chefe da divisão PlayStation, Shawn Layden, revelou que não acha positiva a presença de tantos jogos longos na indústria gamer. Para o executivo, o tempo é um fator mais importante até do que o próprio preço quando se discute a popularidade dos jogos nos dias atuais. Ainda vale a pena assinar a PS Plus no Brasil? 8 videogames que prometeram tudo e não entregaram nada Ao Player Driven, Layden afirma que é desnecessário estender a duração de um game para se tornar atrativo ao público. Ele revela que, conforme envelhecemos, nosso tempo é preenchido com compromissos profissionais ou tarefas familiares — algo com que os jogos não deveriam “competir”.  “Eu não quero que você gaste 100 horas nos meus jogos. Eu quero que você abaixe o controle depois de 20 horas e tenha as mãos suadas”, reforça Shawn Layden. -Entre no Canal do WhatsApp do Canaltech e fique por dentro das últimas notícias sobre tecnologia, lançamentos, dicas e tutoriais incríveis.- Ele também elogia Astro Bot, lançado para o PlayStation 5 em 2024, por saber utilizar todos os recursos do console e da tecnologia disponível para trazer uma experiência agradável aos jogadores. “A Team Asobi teve acesso a tecnologias infinitas que poderiam usar. Traçar grandes distâncias adiante e usar toda a memória que uma pessoa precisaria. Porém, eles fizeram cada nível ser agradável e preciso”, afirma o ex-executivo da PlayStation. O profissional encerra falando um pouco mais sobre a sensação que ele tem ao ver uma tendência contrária se fortalecendo.  “É um sentimento que nós estamos perdendo, em alguns jogos, pelos últimos sete anos. A ideia de uma conclusão”, finaliza Shawn Layden. Jogos da PlayStation longos demais Vale notar que a crítica do ex-chefe da PlayStation também se aplica aos jogos da corporação que trabalhou. Uma das maiores críticas relacionadas a The Last of Us Part 2 e God of War Ragnarök, por exemplo, é no quanto eles pareciam mais longos do que a experiência anterior dentro da franquia. A história de GoW Ragnarök é mais longa do que de God of War de 2018 (Imagem: Reprodução/Sony) O mesmo vale para outros games como Ghost of Tsushima, A Ascensão do Ronin e até Marvel’s Spider-Man 2 — estes que trazem tanto conteúdo que pode trazer uma sensação de cansaço ao tentar completar todas as tarefas disponíveis dentro da aventura (incluindo side-quests e missões pós-game).  No entanto, isso abre um grande debate entre o público e as expectativas do mercado. A ideia de pagar US$ 70 (ou US$ 80 e US$ 90) em alguns jogos para ter uma experiência de 5 a 10 horas não soa nada atrativa para uma grande parcela dos jogadores — então é algo que deve ser melhor equilibrado dentro da indústria gaming.  Leia também no Canaltech: Sony aumenta preço do PlayStation 5 em diversos países PlayStation 6 portátil pode ter desempenho inferior ao do PS5 Edição completa de The Last of Us chega ao PS5 custando uma fortuna Vídeo: O PS5 Pro chegou e no YouTube discutimos quem é o público-alvo da nova versão do videogame   Leia a matéria no Canaltech.

Abr 17, 2025 - 16:04
 0
Ex-executivo da PlayStation critica excesso de jogos longos demais

O ex-chefe da divisão PlayStation, Shawn Layden, revelou que não acha positiva a presença de tantos jogos longos na indústria gamer. Para o executivo, o tempo é um fator mais importante até do que o próprio preço quando se discute a popularidade dos jogos nos dias atuais.

Ao Player Driven, Layden afirma que é desnecessário estender a duração de um game para se tornar atrativo ao público. Ele revela que, conforme envelhecemos, nosso tempo é preenchido com compromissos profissionais ou tarefas familiares — algo com que os jogos não deveriam “competir”. 

“Eu não quero que você gaste 100 horas nos meus jogos. Eu quero que você abaixe o controle depois de 20 horas e tenha as mãos suadas”, reforça Shawn Layden.

-
Entre no Canal do WhatsApp do Canaltech e fique por dentro das últimas notícias sobre tecnologia, lançamentos, dicas e tutoriais incríveis.
-

Ele também elogia Astro Bot, lançado para o PlayStation 5 em 2024, por saber utilizar todos os recursos do console e da tecnologia disponível para trazer uma experiência agradável aos jogadores.

“A Team Asobi teve acesso a tecnologias infinitas que poderiam usar. Traçar grandes distâncias adiante e usar toda a memória que uma pessoa precisaria. Porém, eles fizeram cada nível ser agradável e preciso”, afirma o ex-executivo da PlayStation.

O profissional encerra falando um pouco mais sobre a sensação que ele tem ao ver uma tendência contrária se fortalecendo. 

“É um sentimento que nós estamos perdendo, em alguns jogos, pelos últimos sete anos. A ideia de uma conclusão”, finaliza Shawn Layden.

Jogos da PlayStation longos demais

Vale notar que a crítica do ex-chefe da PlayStation também se aplica aos jogos da corporação que trabalhou. Uma das maiores críticas relacionadas a The Last of Us Part 2 e God of War Ragnarök, por exemplo, é no quanto eles pareciam mais longos do que a experiência anterior dentro da franquia.

Imagem de God of War Ragnarök
A história de GoW Ragnarök é mais longa do que de God of War de 2018 (Imagem: Reprodução/Sony)

O mesmo vale para outros games como Ghost of Tsushima, A Ascensão do Ronin e até Marvel’s Spider-Man 2 — estes que trazem tanto conteúdo que pode trazer uma sensação de cansaço ao tentar completar todas as tarefas disponíveis dentro da aventura (incluindo side-quests e missões pós-game). 

No entanto, isso abre um grande debate entre o público e as expectativas do mercado. A ideia de pagar US$ 70 (ou US$ 80 e US$ 90) em alguns jogos para ter uma experiência de 5 a 10 horas não soa nada atrativa para uma grande parcela dos jogadores — então é algo que deve ser melhor equilibrado dentro da indústria gaming. 

Leia também no Canaltech:

Vídeo: O PS5 Pro chegou e no YouTube discutimos quem é o público-alvo da nova versão do videogame

 

Leia a matéria no Canaltech.