Fim do HD que nada: Western Digital promete modelo de 100 TB
Western Digital espera lançar discos rígidos de 80 e 100 terabytes de capacidade por volta de 2030 usando uma tecnologia de nome HDMR Fim do HD que nada: Western Digital promete modelo de 100 TB


Mesmo com a chegada dos SSDs e de outros dispositivos de armazenamento baseados em memória Flash, os discos rígidos continuam sendo importantes. Prova disso é que a Western Digital anunciou um plano audacioso: lançar HDs com capacidades de 80 TB e 100 TB (sim, terabytes) por volta de 2030.
Para este ano de 2025, a companhia pretende lançar modelos com até 36 TB com base em ePMR, técnica de gravação perpendicular de dados.
A partir de 2026, a Western Digital espera lançar HDs com até 44 TB utilizando uma tecnologia mais avançada chamada HAMR (Heat Assisted Magnetic Recording), que usa um laser extremamente fino para aquecer área microscópicas do disco e, assim, gravar os dados.
Para chegar aos 80 TB e 100 TB até 2030, a Western Digital recorrerá a uma tecnologia ainda mais avançada: o HDMR (Heat Dot Magnetic Recording), padrão que também utiliza calor para gravar os dados, mas suporta uma densidade de bits maior em relação ao HAMR (ou seja, permite gravar mais dados na mesma área física).
Isso é possível porque o HDMR aquece pontos magnéticos do disco ainda mais reduzidos na comparação com as áreas suportadas pela técnica HAMR (que já são diminutas).
Em linhas gerais, a expectativa é a de que a tecnologia HDMR permita à companhia atingir uma densidade de aproximadamente 8 terabits por polegada quadrada. Para você ter ideia do que isso representa, os discos rígidos atuais da Western Digital que oferecem 24 TB de capacidade têm densidade de 1,2 terabit por polegada.
A densidade aumentada, quando combinada com o empilhamento dos discos da unidade, é o que deve permitir capacidades de armazenamento de 80 terabytes ou mais.
Quanto os HDs de 80 TB e 100 TB custarão?
Nem a própria Western Digital deve saber, afinal, esses modelos só serão lançados daqui a cinco anos. Mas eles não serão baratos, certamente. Primeiro porque eles armazenarão muitos dados. Segundo porque as tecnologias empregadas neles serão sofisticadas e, consequentemente, custosas.
É preciso aplicar técnicas e materiais que permitam, por exemplo, que os procedimentos de leitura e gravação de dados não sejam prejudicados. Isso porque densidades na casa dos 5 terabits por polegada já são desafiadoras para a efetividade dessas operações.
De todo modo, discos rígidos com capacidades de armazenamento tão monumentais não visam atender ao segmento doméstico. Como você já deve ter imaginado, essas unidades são direcionadas a datacenters e aplicações profissionais que lidam com grandes volumes de dados.
Com informações de Tom’s Hardware
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