Operadoras virtuais são piores que as tradicionais, revela estudo
Levantando foi realizado pela Opensignal e também coletou dados na Alemanha, Estados Unidos, Itália, Japão, México e Reino Unido. Operadoras virtuais são piores que as tradicionais, revela estudo


Resumo
- Estudo da Opensignal mostra operadoras virtuais com velocidade média de 32,1 Mb/s, frente a 38,7 Mb/s das tradicionais.
- No Brasil, operadoras virtuais pontuam 757 no indicador de confiabilidade da rede, contra 831 das operadoras tradicionais.
- As operadoras virtuais representam 3,7% do mercado global de telefonia.
As operadoras virtuais (também chamadas de MVNOs, na sigla em inglês) têm crescido no mundo. Aqui no Brasil, é possível contratar o serviço da atriz Larissa Manoela ou do Flamengo, apenas para citar dois casos notáveis. No entanto, os consumidores dessa modalidade de telecomunicação podem enfrentar redes mais lentas e menos confiáveis.
É o que mostra um estudo feito pela empresa Opensignal, especializada em mensuração de dados de telefonia, e divulgado nesta semana. Os clientes de operadoras virtuais obtêm velocidade média de 32,1 Mb/s, contra 38,7 Mb/s das operadoras tradicionais – Claro, Vivo, TIM e Brisanet, entre outras.
Hoje, as empresas desse tipo respondem por 3,7% do mercado global de telefonia, de acordo com a consultoria TeleGeography. Há países onde são mais populares, como México (13%) e Reino Unido (14%).
Redes menos confiáveis
No caso do Brasil, os adeptos de MVNOs também sofrem com uma experiência de telecomunicações menos confiável. Esse indicador avalia a capacidade de os consumidores se conectarem à rede e realizarem tarefas básicas, como navegar na web e enviar mensagens pelo WhatsApp.
A escala vai de 0 a 1000. As operadoras virtuais conseguiram pontuação de 757, ao passo que as teles tradicionais chegaram a 831. Foi a maior diferença entre os sete países pesquisados.
Por que as pessoas optam pelas MVNOs?

O levantamento não traz dados do Brasil, mas temos uma pista ao observar o que acontece nos Estados Unidos. Por lá, os clientes de operadoras virtuais citam o custo como fator mais importante, em detrimento de velocidade e qualidade de rede.
Não custa lembrar: as operadoras virtuais costumam contratar capacidade de rede das grandes teles. A icônica LariCel, por exemplo, utiliza a infraestrutura da TIM – a rede é da operadora de origem italiana, enquanto a gestão de serviços e o atendimento ao cliente são feitos pela Dry Company, empresa parceira da artista.
Os dados apresentados agora têm potencial de fazer os clientes de operadoras virtuais repensarem seus contratos. Já que, em diversos casos, os preços são parecidos com os das operadoras tradicionais, sem que o consumidor precise se acostumar a uma rede pior – ainda que marginalmente pior.
Operadoras virtuais são piores que as tradicionais, revela estudo