As 3 aranhas mais perigosas do mundo — como identificá-las

Há quem as ache até bonitinhas, há quem tenha um medo irracional delas: as aranhas são, sem dúvida, os aracnídeos mais famosos do mundo. Sua coexistência com os seres humanos não seria um problema se todas elas não fossem venenosas, mas, infelizmente, há algumas espécies até mesmo mortais, cuja picada não pode ficar sem tratamento. De aranhas-saltadoras a assassinas: os aracnídeos mais bizarros do mundo Aranhas têm mais medo de você do que você delas Vamos, aqui no Canaltech, listar as três aranhas mais perigosas do mundo e incluir algumas dicas para sua identificação, garantindo que você consiga evitá-las ou buscar ajuda rapidamente caso seu encontro com uma delas envolva, na pior das hipóteses, uma picada. Aranha-marrom A aranha-marrom, de nome científico Loxosceles laeta, fica no topo da lista de aranhas mais venenosas do mundo — ela é muito comum na América do Sul, principalmente no Chile, Argentina, Equador, Peru e Uruguai: no Brasil, costuma aparecer no sul e leste do país. -Entre no Canal do WhatsApp do Canaltech e fique por dentro das últimas notícias sobre tecnologia, lançamentos, dicas e tutoriais incríveis.- A aranha-marrom é a mais venenosa e perigosa encontrada no Brasil — pequena e com olhos separados, ela, no entanto, não é naturalmente agressiva (Imagem: Francisco Corado Rivera/Pixabay) Ela é considerada uma aranha reclusa, ou seja, não é agressiva, só atacando quando tem seu corpo pressionado contra a pele humana, como quando alguém veste roupas que elas ocupam sem querer. Sua coloração pode estar entre o amarelo-queimado e o marrom e seu tamanho é pequeno, entre 8 e 40 mm de comprimento, incluindo as pernas. Uma mancha em forma de violino orna a parte de baixo de seu tórax (levando a outro nome popular, o de aranha-violinista), mas não é o suficiente para cravar sua identificação: é mais útil verificar seus olhos, que, nas aranhas reclusas, são seis, arranjados em pares. Um deles fica no centro da face e dois outros nas laterais. Seu veneno necrosa a pele, mata os glóbulos vermelhos (hemolítico), coagula o sangue e contrai os vasos sanguíneos. Icterícia, insuficiência renal e até morte podem acometer uma vítima de sua picada, caso fique sem tratamento. Viúva-negra As viúvas-negras, gênero Latrodectus, possuem fama de serem perigosas, o que não é à toa — milhares de pessoas são hospitalizadas nas Américas todos os anos por conta de picadas de suas espécies. De coloração que varia entre preto, marrom e vermelho, a maioria delas possui manchas no formato de relógios de areia. As viúvas-negras são famosas pelas manchas em formato de relógio de areia: seu nome vem do fato de que muitas espécies comem os machos após o acasalamento (Imagem: Ken-ichi Ueda/CC-BY-4.0) Entre as mais perigosas está a Latrodectus mactans, nativa dos Estados Unidos, com até 2,5 cm de comprimento, no caso das fêmeas, mais perigosas do que os machos. Elas costumam matar e comer os parceiros após o acasalamento, o que lhes confere o apelido de viúvas. No Brasil, a espécie Latrodectus curacaviensis é a mais presente, sendo menor, entre 11 e 17 mm. Os sintomas da picada dessas aranhas são sudorese, náusea, vômitos, cãibras, dor e espasmo muscular e paralisia leve do diafragma, levando à dificuldade respiratória. Em alguns casos, o veneno também pode causar priapismo, uma ereção involuntária longa e dolorida nos homens. Aranha-armadeira As aranhas-armadeiras, representadas principalmente pela espécie Phoneutria nigriventer, são um gênero muito presente no Brasil, com uma postura de ataque que levou à sua nomeação, com patas dianteiras levantadas quando ameaçadas. Seu tamanho varia entre 1,7 e 4,8 cm no corpo, e 13 a 15 cm incluindo as patas. As aranhas-armadeiras possuem patas grossas e peludas e assumem uma posição ereta com as frontais quando ameaçadas (Imagem: Rodrigo Tetsuo Argenton/CC-BY-4.0) Sua cor é avermelhada e seus olhos são divididos: dois são frontais e dois, menores, ficam nas laterais da cabeça. Suas patas costumam ser bastante peludas, o que ajuda na identificação: elas podem ser encontradas também na Argentina, Paraguai e Uruguai. As espécies costumam se abrigar nas casas e roupas de humanos em busca de comida ou parceiros. Assim como nas viúvas-negras, o veneno das fêmeas é mais perigoso, causando aumento de pressão arterial, sudorese, náusea e vômitos, febre e dificuldades para respirar. Sem tratamento, a picada pode causar paralisia e paradas cardíacas, levando à morte da vítima. Apesar dos riscos, a maioria dos casos é considerado leve e sem risco de morte, mas é recomendado buscar tratamento imediato. Leia também: Foto assustadora de uma aranha armadeira ganha concurso internacional; veja! Aranha mais venenosa do mundo é capturada em Santa Catarina Aranha gigante "invade" casas e amedronta moradores de bairro de Belo Horizonte VÍDEO: #MaravilhasDaTecnologia MARVEL: O robô "Homem-Aranha" #Shorts   Leia a matéria no Canaltech.

Mar 23, 2025 - 13:39
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As 3 aranhas mais perigosas do mundo — como identificá-las

Há quem as ache até bonitinhas, há quem tenha um medo irracional delas: as aranhas são, sem dúvida, os aracnídeos mais famosos do mundo. Sua coexistência com os seres humanos não seria um problema se todas elas não fossem venenosas, mas, infelizmente, há algumas espécies até mesmo mortais, cuja picada não pode ficar sem tratamento.

Vamos, aqui no Canaltech, listar as três aranhas mais perigosas do mundo e incluir algumas dicas para sua identificação, garantindo que você consiga evitá-las ou buscar ajuda rapidamente caso seu encontro com uma delas envolva, na pior das hipóteses, uma picada.

Aranha-marrom

A aranha-marrom, de nome científico Loxosceles laeta, fica no topo da lista de aranhas mais venenosas do mundo — ela é muito comum na América do Sul, principalmente no Chile, Argentina, Equador, Peru e Uruguai: no Brasil, costuma aparecer no sul e leste do país.

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A aranha-marrom é a mais venenosa e perigosa encontrada no Brasil — pequena e com olhos separados, ela, no entanto, não é naturalmente agressiva (Imagem: Francisco Corado Rivera/Pixabay)
A aranha-marrom é a mais venenosa e perigosa encontrada no Brasil — pequena e com olhos separados, ela, no entanto, não é naturalmente agressiva (Imagem: Francisco Corado Rivera/Pixabay)

Ela é considerada uma aranha reclusa, ou seja, não é agressiva, só atacando quando tem seu corpo pressionado contra a pele humana, como quando alguém veste roupas que elas ocupam sem querer. Sua coloração pode estar entre o amarelo-queimado e o marrom e seu tamanho é pequeno, entre 8 e 40 mm de comprimento, incluindo as pernas.

Uma mancha em forma de violino orna a parte de baixo de seu tórax (levando a outro nome popular, o de aranha-violinista), mas não é o suficiente para cravar sua identificação: é mais útil verificar seus olhos, que, nas aranhas reclusas, são seis, arranjados em pares. Um deles fica no centro da face e dois outros nas laterais.

Seu veneno necrosa a pele, mata os glóbulos vermelhos (hemolítico), coagula o sangue e contrai os vasos sanguíneos. Icterícia, insuficiência renal e até morte podem acometer uma vítima de sua picada, caso fique sem tratamento.

Viúva-negra

As viúvas-negras, gênero Latrodectus, possuem fama de serem perigosas, o que não é à toa — milhares de pessoas são hospitalizadas nas Américas todos os anos por conta de picadas de suas espécies. De coloração que varia entre preto, marrom e vermelho, a maioria delas possui manchas no formato de relógios de areia.

As viúvas-negras são famosas pelas manchas em formato de relógio de areia: seu nome vem do fato de que muitas espécies comem os machos após o acasalamento (Imagem: Ken-ichi Ueda/CC-BY-4.0)
As viúvas-negras são famosas pelas manchas em formato de relógio de areia: seu nome vem do fato de que muitas espécies comem os machos após o acasalamento (Imagem: Ken-ichi Ueda/CC-BY-4.0)

Entre as mais perigosas está a Latrodectus mactans, nativa dos Estados Unidos, com até 2,5 cm de comprimento, no caso das fêmeas, mais perigosas do que os machos. Elas costumam matar e comer os parceiros após o acasalamento, o que lhes confere o apelido de viúvas. No Brasil, a espécie Latrodectus curacaviensis é a mais presente, sendo menor, entre 11 e 17 mm.

Os sintomas da picada dessas aranhas são sudorese, náusea, vômitos, cãibras, dor e espasmo muscular e paralisia leve do diafragma, levando à dificuldade respiratória. Em alguns casos, o veneno também pode causar priapismo, uma ereção involuntária longa e dolorida nos homens.

Aranha-armadeira

As aranhas-armadeiras, representadas principalmente pela espécie Phoneutria nigriventer, são um gênero muito presente no Brasil, com uma postura de ataque que levou à sua nomeação, com patas dianteiras levantadas quando ameaçadas. Seu tamanho varia entre 1,7 e 4,8 cm no corpo, e 13 a 15 cm incluindo as patas.

As aranhas-armadeiras possuem patas grossas e peludas e assumem uma posição ereta com as frontais quando ameaçadas (Imagem: Rodrigo Tetsuo Argenton/CC-BY-4.0)
As aranhas-armadeiras possuem patas grossas e peludas e assumem uma posição ereta com as frontais quando ameaçadas (Imagem: Rodrigo Tetsuo Argenton/CC-BY-4.0)

Sua cor é avermelhada e seus olhos são divididos: dois são frontais e dois, menores, ficam nas laterais da cabeça. Suas patas costumam ser bastante peludas, o que ajuda na identificação: elas podem ser encontradas também na Argentina, Paraguai e Uruguai. As espécies costumam se abrigar nas casas e roupas de humanos em busca de comida ou parceiros.

Assim como nas viúvas-negras, o veneno das fêmeas é mais perigoso, causando aumento de pressão arterial, sudorese, náusea e vômitos, febre e dificuldades para respirar. Sem tratamento, a picada pode causar paralisia e paradas cardíacas, levando à morte da vítima. Apesar dos riscos, a maioria dos casos é considerado leve e sem risco de morte, mas é recomendado buscar tratamento imediato.

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