Tony Hawk’s Pro Skater 2 completa 25 anos

Em 2000, após impactar o mundo dos games com o primeiro jogo de skate muito bem recebido, a Neversoft fez de novo: chegou aos consoles Tony Hawk’s Pro Skater 2 (THPS2). A tão esperada continuação foi capaz de surpreender os fãs da primeira edição, bem como trazer gente nova para a franquia, aproveitando do frenesi de skate que surgiu no início do milênio (muito em parte por causa do jogo também).O game começou a ser desenvolvido apenas em abril de 2000, o que representou uma janela menor de seis meses para o desenvolvimento. O jogo foi lançado para o PlayStation em setembro, chegando ao Game Boy Color, Dreamcast e Windows até novembro do mesmo ano. Versões para Mac e Nintendo 64 chegaram no ano seguinte. Ainda ganhou uma versão para o Xbox, a única na sexta geração de consoles, nominada de Tony Hawk’s Pro Skater 2x.Esse foi o primeiro jogo desenvolvido já dentro da Activision, já que a empresa adquiriu a Neversoft pouco antes do lançamento do primeiro jogo (mas já havia um acordo entre as empresas para o desenvolvimento do game). O mundo viu o jogo pela primeira vez na E3 de 2000, contando com uma demo pouco tempo depois em um CD com compilação de demos.Igual, mas diferenteTHPS2 foi feito na mesma engine de seu antecessor, mas foi capaz de ampliar gráficos, gameplay e tamanho das fases.Os skatistas ganharam mais detalhes nas roupas e até mesmo no rosto. Os cenários apresentaram uma melhora significativa nas texturas, dando mais vida aos elementos usados para fazer manobras. Até mesmo os skates contavam com mais opções para o deck, e sendo mais fiel à imagem selecionada durante a jogatina.As fases ficaram maiores, mesmo que seguissem muito da estrutura de cenários do jogo anterior. O Hangar, por exemplo, é um formato muito próximo da Warehouse. Mas além de umas semelhanças aqui e acolá, que não atrapalharam de maneira alguma o jogo, os cenários trouxeram muitas áreas secretas, pela primeira vez na franquia. Isso adicionou um elemento de exploração, que relacionado à dificuldade de conseguir informações na época, fazia com que os jogadores passassem algumas horas jogando em busca das fitas, gaps ou elementos escondidos pelo mapa.Já na hora de jogar, a principal novidade foi a adição do manual. Uma simples manobra que permitiu ser capaz de linkar combos com maior facilidade. Isso fez com que as manobras se estendessem e deixou o jogo com uma pegada mais arcade. Essa novidade estava planejada para entrar ainda na primeira edição, mas devido ao curto tempo de desenvolvimento, acabou estreando apenas em Tony Hawk’s Pro Skater 2.Por fim, a trilha sonora, tal qual o antecessor, foi muito aclamada por crítica e público. Deixando de lado trilhas originais, o game trazia grandes nomes como Bad Religion, Rage Against the Machine, Papa Roach, Millencolin, entre outros.Elenco estreladoParte do sucesso da franquia Tony Hawk consiste nos skatistas que compõem o jogo. Do queridinho dos brasileiros, Bob Burnquist, até o cara que dá nome ao jogo, o game sempre tentou agradar a todos e dar opções de escolha para quem quer que fosse jogar.Além dos dois citados, retornavam também Kareem Campbell, Rune Glifberg, Bucky Lasek, Chad Muska, Andrew Reynolds, Geoff Rowley, Elissa Steamer e Jamie Thomas. Estrearam Steve Caballero, Eric Koston e a lenda Rodney Mullen — o que se justificava com a adição do manual, uma vez que Mullen criou a imensa maioria das manobras a partir do manual.O game também trazia novamente jogadores secretos para serem liberados. O amado Official Dick retornava, mas a principal novidade ficou com o Homem-Aranha. Sim, o aracnídeo deixou suas teias de lado para dar uma volta em cima das quatro rodinhas. Vale lembrar que a Activision, na época, possuía direitos de publicação do personagem da Marvel, tendo lançado dois jogos para o PlayStation no período. Outras personagens que apareceram, mas pouco vistas no Ocidente, pois estavam apenas em cópias do jogo vendidas na Coreia do Sul e algumas regiões da Ásia, foram do grupo de K-pop Fin.K.L.Crie sua novidadeA maior novidade no jogo não estava diretamente ligada à gameplay ou aos cenários, mas sim em duas novas ideias: park editor e create skater.O park editor permitia que o jogador criasse seu próprio cenário, usando elementos que apareciam em todas as outras fases. Apesar de maneira um pouco rústica, o modo deixava a imaginação fluir e criar as pistas mais bizarras e aleatórias possíveis.No create skater, ainda também de maneira bem tímida, era possível customizar seu personagem e jogar. Apesar de não ser o foco do jogo, foi importante como um pontapé inicial que foi crescendo a cada título, ganhando importância especialmente a partir de Tony Hawk: Underground.ImpactoTony Hawk’s Pro Skater 2 foi bem recebido por crítica e público, sendo sempre apontado como melhor que seu antecessor. Manteve o que funcionava, inovou onde podia e acabou virando um clássico dos games.A versão de PlayStation ficou com uma média de 98 no site de agregados de reviews Metacritic, o que m

Mai 3, 2025 - 18:30
 0
Tony Hawk’s Pro Skater 2 completa 25 anos

Em 2000, após impactar o mundo dos games com o primeiro jogo de skate muito bem recebido, a Neversoft fez de novo: chegou aos consoles Tony Hawk’s Pro Skater 2 (THPS2). A tão esperada continuação foi capaz de surpreender os fãs da primeira edição, bem como trazer gente nova para a franquia, aproveitando do frenesi de skate que surgiu no início do milênio (muito em parte por causa do jogo também).

O game começou a ser desenvolvido apenas em abril de 2000, o que representou uma janela menor de seis meses para o desenvolvimento. O jogo foi lançado para o PlayStation em setembro, chegando ao Game Boy Color, Dreamcast e Windows até novembro do mesmo ano. Versões para Mac e Nintendo 64 chegaram no ano seguinte. Ainda ganhou uma versão para o Xbox, a única na sexta geração de consoles, nominada de Tony Hawk’s Pro Skater 2x.


Esse foi o primeiro jogo desenvolvido já dentro da Activision, já que a empresa adquiriu a Neversoft pouco antes do lançamento do primeiro jogo (mas já havia um acordo entre as empresas para o desenvolvimento do game). O mundo viu o jogo pela primeira vez na E3 de 2000, contando com uma demo pouco tempo depois em um CD com compilação de demos.

Igual, mas diferente

THPS2 foi feito na mesma engine de seu antecessor, mas foi capaz de ampliar gráficos, gameplay e tamanho das fases.

Os skatistas ganharam mais detalhes nas roupas e até mesmo no rosto. Os cenários apresentaram uma melhora significativa nas texturas, dando mais vida aos elementos usados para fazer manobras. Até mesmo os skates contavam com mais opções para o deck, e sendo mais fiel à imagem selecionada durante a jogatina.


As fases ficaram maiores, mesmo que seguissem muito da estrutura de cenários do jogo anterior. O Hangar, por exemplo, é um formato muito próximo da Warehouse. Mas além de umas semelhanças aqui e acolá, que não atrapalharam de maneira alguma o jogo, os cenários trouxeram muitas áreas secretas, pela primeira vez na franquia. Isso adicionou um elemento de exploração, que relacionado à dificuldade de conseguir informações na época, fazia com que os jogadores passassem algumas horas jogando em busca das fitas, gaps ou elementos escondidos pelo mapa.

Já na hora de jogar, a principal novidade foi a adição do manual. Uma simples manobra que permitiu ser capaz de linkar combos com maior facilidade. Isso fez com que as manobras se estendessem e deixou o jogo com uma pegada mais arcade. Essa novidade estava planejada para entrar ainda na primeira edição, mas devido ao curto tempo de desenvolvimento, acabou estreando apenas em Tony Hawk’s Pro Skater 2.


Por fim, a trilha sonora, tal qual o antecessor, foi muito aclamada por crítica e público. Deixando de lado trilhas originais, o game trazia grandes nomes como Bad Religion, Rage Against the Machine, Papa Roach, Millencolin, entre outros.

Elenco estrelado

Parte do sucesso da franquia Tony Hawk consiste nos skatistas que compõem o jogo. Do queridinho dos brasileiros, Bob Burnquist, até o cara que dá nome ao jogo, o game sempre tentou agradar a todos e dar opções de escolha para quem quer que fosse jogar.


Além dos dois citados, retornavam também Kareem Campbell, Rune Glifberg, Bucky Lasek, Chad Muska, Andrew Reynolds, Geoff Rowley, Elissa Steamer e Jamie Thomas. Estrearam Steve Caballero, Eric Koston e a lenda Rodney Mullen — o que se justificava com a adição do manual, uma vez que Mullen criou a imensa maioria das manobras a partir do manual.


O game também trazia novamente jogadores secretos para serem liberados. O amado Official Dick retornava, mas a principal novidade ficou com o Homem-Aranha. Sim, o aracnídeo deixou suas teias de lado para dar uma volta em cima das quatro rodinhas. Vale lembrar que a Activision, na época, possuía direitos de publicação do personagem da Marvel, tendo lançado dois jogos para o PlayStation no período. Outras personagens que apareceram, mas pouco vistas no Ocidente, pois estavam apenas em cópias do jogo vendidas na Coreia do Sul e algumas regiões da Ásia, foram do grupo de K-pop Fin.K.L.

Crie sua novidade

A maior novidade no jogo não estava diretamente ligada à gameplay ou aos cenários, mas sim em duas novas ideias: park editor e create skater.


O park editor permitia que o jogador criasse seu próprio cenário, usando elementos que apareciam em todas as outras fases. Apesar de maneira um pouco rústica, o modo deixava a imaginação fluir e criar as pistas mais bizarras e aleatórias possíveis.

No create skater, ainda também de maneira bem tímida, era possível customizar seu personagem e jogar. Apesar de não ser o foco do jogo, foi importante como um pontapé inicial que foi crescendo a cada título, ganhando importância especialmente a partir de Tony Hawk: Underground.

Impacto

Tony Hawk’s Pro Skater 2 foi bem recebido por crítica e público, sendo sempre apontado como melhor que seu antecessor. Manteve o que funcionava, inovou onde podia e acabou virando um clássico dos games.


A versão de PlayStation ficou com uma média de 98 no site de agregados de reviews Metacritic, o que mostra como chegou muito perto da perfeição. Ele é o jogo com maior nota da plataforma da Sony. A versão de Dreamcast vem logo atrás, com 97. A de PC também ficou acima dos 90, somando 91, enquanto a de Nintendo 64 ficou com 84.

THPS2 foi um marco importante não só para os videogames, mas para o cenário do skate como um todo, popularizando ainda mais o esporte. Serviu como uma ótima base para o futuro da franquia, que seguiu por anos na fórmula de só ajustar o que precisava e aperfeiçoar o que funcionava bem.

Até hoje é difícil conhecer alguém que tenha tido um PlayStation e não tenha jogado essa obra-prima, tamanho o alcance que o jogo teve.

Revisão: Vitor Tibério