Apple explica como está a melhorar o Apple Intelligence

A Apple está a passar por uma crise interna na adopção de tecnologias AI, mas diz que está a trabalhar nisso. A Apple está a apostar numa nova abordagem para melhorar as suas ferramentas de inteligência artificial — e garante que o faz sem comprometer a privacidade dos utilizadores. Após críticas à fraca qualidade de funcionalidades como os resumos de notificações e emails, a empresa explicou agora como pretende treinar melhor os seus modelos. Em vez de analisar directamente conteúdos reais, a Apple cria mensagens e emails "sintéticos" - exemplos fictícios que imitam a estrutura e os temas dos verdadeiros, sem usar dados reais de utilizadores. A partir daí, são geradas representações que são enviadas para um pequeno número de dispositivos com partilha de análises activada. Esses dispositivos comparam os dados sintéticos com o conteúdo local e apenas devolvem informações que ajudam a Apple a perceber quais as respostas AI que são mais acertadas, mantendo a privacidade dos dados pessoais. Segundo a Apple, tudo isto assenta no conceito de "differential privacy", que garante o anonimato dos utilizadores. Este método já está a ser usado para melhorar a funcionalidade Genmoji e será também aplicado brevemente a outras ferramentas como Image Playground, Image Wand, Memories Creation e Writing Tools. Os resumos de email também serão alvo de melhorias, numa tentativa de tornar a AI mais inteligente. Ainda assim, pode dizer-se que a Apple está actualmente num nível equivalente ao que a Google estava quando foi apanhada de surpresa pelo sucesso do ChatGPT. No caso da Google, a empresa demorou algum tempo mas conseguiu reorganizar-se e trazer-nos um Gemini que tem estado na linha da frente dos modelos AI e a "complicar" a vida à OpenAI. Resta saber se a Apple conseguirá fazer o mesmo, sabendo-se que, nesta fase, os modelos AI têm acelerado a velocidade cada vez mais rápida.

Abr 15, 2025 - 19:12
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Apple explica como está a melhorar o Apple Intelligence
A Apple está a passar por uma crise interna na adopção de tecnologias AI, mas diz que está a trabalhar nisso.

A Apple está a apostar numa nova abordagem para melhorar as suas ferramentas de inteligência artificial — e garante que o faz sem comprometer a privacidade dos utilizadores. Após críticas à fraca qualidade de funcionalidades como os resumos de notificações e emails, a empresa explicou agora como pretende treinar melhor os seus modelos.

Em vez de analisar directamente conteúdos reais, a Apple cria mensagens e emails "sintéticos" - exemplos fictícios que imitam a estrutura e os temas dos verdadeiros, sem usar dados reais de utilizadores. A partir daí, são geradas representações que são enviadas para um pequeno número de dispositivos com partilha de análises activada.
Esses dispositivos comparam os dados sintéticos com o conteúdo local e apenas devolvem informações que ajudam a Apple a perceber quais as respostas AI que são mais acertadas, mantendo a privacidade dos dados pessoais. Segundo a Apple, tudo isto assenta no conceito de "differential privacy", que garante o anonimato dos utilizadores.

Este método já está a ser usado para melhorar a funcionalidade Genmoji e será também aplicado brevemente a outras ferramentas como Image Playground, Image Wand, Memories Creation e Writing Tools. Os resumos de email também serão alvo de melhorias, numa tentativa de tornar a AI mais inteligente. Ainda assim, pode dizer-se que a Apple está actualmente num nível equivalente ao que a Google estava quando foi apanhada de surpresa pelo sucesso do ChatGPT. No caso da Google, a empresa demorou algum tempo mas conseguiu reorganizar-se e trazer-nos um Gemini que tem estado na linha da frente dos modelos AI e a "complicar" a vida à OpenAI. Resta saber se a Apple conseguirá fazer o mesmo, sabendo-se que, nesta fase, os modelos AI têm acelerado a velocidade cada vez mais rápida.