Brasil testa sinal de satélite em celulares sem envolver Starlink de Elon Musk
A empresa de internet via satélite Viasat realizou uma demonstração da tecnologia D2D (Direct to Device) para a Anatel, em Brasília. O teste utilizou celulares de diversas marcas que se comunicaram diretamente com os satélites da companhia para envio de mensagens de texto. A conexão foi feita por meio da banda L do espectro, a mesma utilizada pela Starlink nos EUA para oferecer conectividade a smartphones sem necessidade de antenas dedicadas. 50 celulares já são compatíveis com Starlink de Musk sem antena; veja a lista Como Starlink de Elon Musk vai funcionar no iPhone sem precisar de antena? Embora a demonstração tenha ocorrido na terça-feira (22), a Viasat já vem testando a tecnologia há alguns meses. O primeiro teste da D2D no Brasil e na América do Sul foi divulgado em fevereiro, quando carros conectados que se comunicaram com os satélites da empresa durante viagens entre Curitiba e Blumenau (SC). Os veículos utilizavam redes móveis 4G convencionais e, nos trechos sem cobertura, a conexão foi mantida por meio da tecnologia D2D. Trecho de estrada entre Curitiba e Blumenau(SC) sem cobertura 5G/4G usado nos testes da Viasat (Imagem/Divulgação/Viasat) Só mensagens por enquanto Segundo a Anatel, o presidente da agência, Carlos Baigorri, participou dos testes e recebeu em seu celular uma mensagem enviada por outro aparelho conectado via satélite. -Entre no Canal do WhatsApp do Canaltech e fique por dentro das últimas notícias sobre tecnologia, lançamentos, dicas e tutoriais incríveis.- “A Anatel tem dado todo o apoio, no Brasil e em nível internacional, para o desenvolvimento dessa tecnologia, justamente por entender que ela traz um grande potencial para nossa população”, afirmou Baigorri. Vale destacar que, até o momento, a tecnologia D2D — também conhecida como Direct-to-Cell — ainda opera com baixa taxa de transferência de dados. Por isso, só é possível enviar mensagens SMS e MMS. A Viasat utiliza satélites geoestacionários a 36 mil quilômetros de altitude, diferentemente da Starlink, que opera com milhares de satélites de órbita baixa e não-geoestacionária. Baigorri ressaltou ainda que as redes D2D são complementares às redes terrestres, como as que utilizam torres para transmitir sinal 4G e 5G. Atualmente, a tecnologia D2D é mais voltada a situações de emergência, em áreas remotas sem cobertura convencional. “A capacidade instalada nas redes terrestres dificilmente será substituída por sistemas satelitais. São casos de uso e condições de acesso bastante diferentes”, concluiu. Leia mais no Canaltech Anatel adia em 120 dias decisão sobre mais satélites Starlink no céu do Brasil Starlink quer dobrar número de satélites sobre o Brasil; Anatel avalia Starlink: há mais satélites da SpaceX "caindo" na atmosfera da Terra Leia a matéria no Canaltech.

A empresa de internet via satélite Viasat realizou uma demonstração da tecnologia D2D (Direct to Device) para a Anatel, em Brasília. O teste utilizou celulares de diversas marcas que se comunicaram diretamente com os satélites da companhia para envio de mensagens de texto. A conexão foi feita por meio da banda L do espectro, a mesma utilizada pela Starlink nos EUA para oferecer conectividade a smartphones sem necessidade de antenas dedicadas.
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Embora a demonstração tenha ocorrido na terça-feira (22), a Viasat já vem testando a tecnologia há alguns meses. O primeiro teste da D2D no Brasil e na América do Sul foi divulgado em fevereiro, quando carros conectados que se comunicaram com os satélites da empresa durante viagens entre Curitiba e Blumenau (SC). Os veículos utilizavam redes móveis 4G convencionais e, nos trechos sem cobertura, a conexão foi mantida por meio da tecnologia D2D.
Só mensagens por enquanto
Segundo a Anatel, o presidente da agência, Carlos Baigorri, participou dos testes e recebeu em seu celular uma mensagem enviada por outro aparelho conectado via satélite.
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“A Anatel tem dado todo o apoio, no Brasil e em nível internacional, para o desenvolvimento dessa tecnologia, justamente por entender que ela traz um grande potencial para nossa população”, afirmou Baigorri.
Vale destacar que, até o momento, a tecnologia D2D — também conhecida como Direct-to-Cell — ainda opera com baixa taxa de transferência de dados. Por isso, só é possível enviar mensagens SMS e MMS.
A Viasat utiliza satélites geoestacionários a 36 mil quilômetros de altitude, diferentemente da Starlink, que opera com milhares de satélites de órbita baixa e não-geoestacionária.
Baigorri ressaltou ainda que as redes D2D são complementares às redes terrestres, como as que utilizam torres para transmitir sinal 4G e 5G. Atualmente, a tecnologia D2D é mais voltada a situações de emergência, em áreas remotas sem cobertura convencional.
“A capacidade instalada nas redes terrestres dificilmente será substituída por sistemas satelitais. São casos de uso e condições de acesso bastante diferentes”, concluiu.
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