Lua de Saturno pode esconder sinais de vida devido ao movimento de seu oceano

A lua de Saturno, chamada de Encélado, pode ter vida nas profundezas de seu mar, mas sua movimentação é tão incompreensível para os cientistas que pode fazer com que formas de vida jamais sejam descobertas.  Clique e siga o Canaltech no WhatsApp Micróbios descobertos na Amazônia podem influenciar mudanças climáticas Cientistas descobrem que corais conseguem 'caminhar' em direção à luz Um novo estudo sobre esse satélite foi publicado na revista científica Communications Earth and Environment na quinta-feira (6). A lua foi escolhida pelos pesquisadores porque ela lança água do oceano no espaço por meio de rachaduras em sua superfície gelada. Assim, são formadas camadas que diminuem o movimento de material, impedindo que ele circule do fundo do oceano até a superfície.  -Entre no Canal do WhatsApp do Canaltech e fique por dentro das últimas notícias sobre tecnologia, lançamentos, dicas e tutoriais incríveis.- Oceano de Encélado Em comunicado à imprensa, o principal autor do estudo, Flynn Ames, disse que o oceano de Encélado deve se comportar como óleo e água em uma jarra, com camadas que resistem à mistura vertical. Lua de Saturno, a Encélado, pode esconder possíveis sinais de vida (Imagem de: NASA, ESA, JPL, SSI, Cassini Imaging Team) "Essas barreiras naturais podem prender partículas e traços químicos de vida nas profundezas abaixo por centenas a centenas de milhares de anos. Anteriormente, pensava-se que essas coisas poderiam chegar eficientemente ao topo do oceano em alguns meses", afirmou.   Dentre os resquícios que podem indicar a presença de vida estão traços químicos, micróbios e material orgânico, que podem se decompor ou se transformar à medida que viajam pelo oceano. Chamadas de assinaturas biológicas, podem se tornar irreconhecíveis quando chegam à superfície, onde uma espaçonave poderia coletá-las. Assim, não sobram evidências, mesmo que exista vida nas profundezas.  "À medida que a busca por vida continua, futuras missões espaciais precisarão ser extremamente cuidadosas ao coletar amostras das águas superficiais de Encélado", finalizou o autor. Leia também: Fóssil dinossauro mordido por crocodilo há 76 milhões de anos é encontrado Mega dilúvio encheu o Mediterrâneo há 5 milhões de anos, segundo evidências VÍDEO: Golpe da SELFIE: saiba COMO se proteger!   Leia a matéria no Canaltech.

Fev 10, 2025 - 06:00
 0
Lua de Saturno pode esconder sinais de vida devido ao movimento de seu oceano

A lua de Saturno, chamada de Encélado, pode ter vida nas profundezas de seu mar, mas sua movimentação é tão incompreensível para os cientistas que pode fazer com que formas de vida jamais sejam descobertas. 

Um novo estudo sobre esse satélite foi publicado na revista científica Communications Earth and Environment na quinta-feira (6).

A lua foi escolhida pelos pesquisadores porque ela lança água do oceano no espaço por meio de rachaduras em sua superfície gelada. Assim, são formadas camadas que diminuem o movimento de material, impedindo que ele circule do fundo do oceano até a superfície. 

-
Entre no Canal do WhatsApp do Canaltech e fique por dentro das últimas notícias sobre tecnologia, lançamentos, dicas e tutoriais incríveis.
-

Oceano de Encélado

Em comunicado à imprensa, o principal autor do estudo, Flynn Ames, disse que o oceano de Encélado deve se comportar como óleo e água em uma jarra, com camadas que resistem à mistura vertical.

Foto da lua de Saturno, a Encélado
Lua de Saturno, a Encélado, pode esconder possíveis sinais de vida (Imagem de: NASA, ESA, JPL, SSI, Cassini Imaging Team)

"Essas barreiras naturais podem prender partículas e traços químicos de vida nas profundezas abaixo por centenas a centenas de milhares de anos. Anteriormente, pensava-se que essas coisas poderiam chegar eficientemente ao topo do oceano em alguns meses", afirmou.  

Dentre os resquícios que podem indicar a presença de vida estão traços químicos, micróbios e material orgânico, que podem se decompor ou se transformar à medida que viajam pelo oceano.

Chamadas de assinaturas biológicas, podem se tornar irreconhecíveis quando chegam à superfície, onde uma espaçonave poderia coletá-las. Assim, não sobram evidências, mesmo que exista vida nas profundezas. 

"À medida que a busca por vida continua, futuras missões espaciais precisarão ser extremamente cuidadosas ao coletar amostras das águas superficiais de Encélado", finalizou o autor.

Leia também:


VÍDEO: Golpe da SELFIE: saiba COMO se proteger!

 

Leia a matéria no Canaltech.