Revenge of the Savage Planet Review | Análise – Tão bom quanto o antecessor

Há um contexto bem interessante por trás de Revenge of the Savage Planet. O título é uma sequência de Journey to the Savage Planet, lançado em 2020 pela Typhoon Studios. Após seu fechamento em 2019, um novo estúdio foi criado pelos membros da Typhoon, a Raccoon Logic, responsável por esta sequência. Como alguém que jogou […] O post Revenge of the Savage Planet Review | Análise – Tão bom quanto o antecessor apareceu primeiro em Combo Infinito.

Mai 5, 2025 - 15:07
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Revenge of the Savage Planet Review | Análise – Tão bom quanto o antecessor

Há um contexto bem interessante por trás de Revenge of the Savage Planet. O título é uma sequência de Journey to the Savage Planet, lançado em 2020 pela Typhoon Studios. Após seu fechamento em 2019, um novo estúdio foi criado pelos membros da Typhoon, a Raccoon Logic, responsável por esta sequência.

Como alguém que jogou o primeiro game, confesso que fiquei desconfiado com a nova abordagem em terceira pessoa, principalmente por conta da movimentação estranha e caricata do personagem.

Mas, depois de horas nesta nova jornada intergaláctica, não podia estar mais feliz por estar errado. A Raccoon Logic superou minhas expectativas.

Com estreia marcada para o dia 8 de maio de 2025 nas plataformas PS5, Xbox Series e PC, deixo aqui meu agradecimento à Raccoon Logic pelo envio da cópia do jogo para PS5, que serviu como base para esta análise.

Uma das grandes mudanças nesta sequência é a perspectiva em terceira pessoa e a inclusão de co-op local e online. Ambos os elementos trouxeram um frescor à proposta desleixada da narrativa e ao foco na exploração — características marcantes do primeiro jogo, que seguem presentes aqui.

A bizarrice de sempre… mas e daí?

Em Revenge of the Savage Planet, você é um cientista e membro de uma empresa intergaláctica em uma missão de colonização de um planeta desconhecido. Porém, ao chegar ao local, descobre que foi demitido e agora está sem apoio algum em um planeta hostil e repleto de segredos. Sua missão? Sobreviver, tentar colonizar o planeta por conta própria e se vingar da empresa que o demitiu.

Assim como seu antecessor, RotSP não se leva a sério ao contar sua história. A narrativa serve apenas como uma desculpa para te incentivar a explorar o planeta e desvendar seus mistérios. Ainda assim, as figuras que compõem essa paródia de ficção científica tornam tudo memorável. Cheio de propagandas bizarras e personagens ridículos, é justamente esse exagero cômico — às vezes grotesco — que torna essa IP tão única. O protagonista, mesmo sem dizer uma única palavra, conquista pela expressividade e pela forma como interage com o mundo ao seu redor.

Maior… mas eu já fiz isso antes

Revenge of the Savage Planet amplia seu escopo em relação ao título anterior. No primeiro game, a aventura se passava em um único planeta com diversos biomas. Já nesta sequência, a história é diferente — e me surpreendeu. Esperava mais uma vez explorar um único planeta com novos ambientes, mas RotSP oferece cinco planetas distintos, cada um com flora, fauna e segredos únicos.

A Raccoon Logic mais uma vez mostrou criatividade ao dar vida a esses mundos. Um dos planetas, por exemplo, é inspirado na savana, com criaturas que lembram zebras. Também visitamos ambientes gélidos, desérticos e florestais, todos com visual marcante.

Essa apresentação ganhou ainda mais força com a perspectiva em terceira pessoa. Embora a visão em primeira pessoa do primeiro jogo tenha me agradado, a nova perspectiva valoriza muito mais os cenários e a construção de mundo. Os planos de fundo são um espetáculo à parte, somados a escolhas artísticas que elevam cada planeta.

A exploração

Assim como antes, o foco aqui é a exploração, com bastante uso de backtracking. RotSP segue a fórmula do primeiro game, com áreas inicialmente inacessíveis que podem ser visitadas posteriormente, após melhorias. A diferença é que agora a interação entre mecânicas e level design está ainda mais ousada e refinada. Explorar os cantos de cada planeta revela essa sinergia e me impressionou diversas vezes, especialmente ao desbloquear locais antes inalcançáveis graças a upgrades adquiridos.

Outro ponto que se destaca é a sede de exploração que o jogo desperta. Perdi a noção do tempo vasculhando cada canto do mapa, coletando recursos e descobrindo segredos. No entanto, senti falta de mais ousadia ao recompensar o jogador — muitas áreas secretas oferecem apenas itens menores, como partes de trajes, o que pode frustrar após tanto esforço. Essa mesma falta de ousadia aparece nos combates contra chefes, que poderiam ser mais longos e desafiadores. Na prática, sobreviver ao mundo é mais difícil do que derrotar grandes criaturas.

Para completar, o co-op, seja local ou online, adiciona ainda mais diversão à jornada. Jogar com um(a) amigo(a) torna a experiência ainda mais impactante, especialmente com o alto fator replay que o jogo proporciona.

Em resumo, adorei as adições e a expansão de um conceito já conhecido. Porém, como veterano da franquia, senti certa previsibilidade. Faltou profundidade no aspecto da exploração, que é justamente o coração da experiência.

Uma odisseia no espaço… com quedas de FPS

Apesar do visual caricato, Revenge of the Savage Planet não roda a 60fps no PS5. Um fato curioso, que pode ser justificado pelas melhorias gráficas, efeitos visuais e a ampliação dos mundos. Ainda assim, notei quedas pontuais de FPS em cenas exigentes — e, em alguns casos, inimigos apareciam a 1fps ao fundo do cenário.

Mesmo com essas limitações técnicas, não considero que isso estrague a experiência, mas é algo notável que marcou minha jogatina.

Mas afinal, Revenge of the Savage Planet é tudo isso mesmo?

Sim. Revenge of the Savage Planet expande as ideias de seu antecessor e traz uma evolução equilibrada em termos técnicos e artísticos. A exploração é ainda mais divertida, embora — para quem já jogou o primeiro — o sentimento seja de “mais do mesmo”, em uma dose maior. Se você ainda não jogou a franquia, prepare-se para horas de diversão.

Veredito: Revenge of the Savage Planet é uma sequência que expande os conceitos de seu antecessor com uma exploração profunda e um visual cativante. Embora eu tenha amado explorar cada canto, o que me era entregue a cada nova descoberta não foi tão recompensador. Como quem jogou o primeiro jogo faltou ousadia na fórmula que eu experimentei à 5 anos atras. João Antônio

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von 10
2025-05-05T10:00:14-0300

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Nós recebemos Revenge of the Savage Planet para review e agradecemos à Raccoon Logic pela confiança.

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