Risco de lixo espacial cair em aviões aumenta, diz estudo
Os riscos de um pedaço de lixo espacial mergulhar de forma descontrolada pela atmosfera e atingir uma aeronave estão crescendo. É o que concluiu um novo estudo de pesquisadores da Universidade da Colúmbia Britânica, no Canadá — e, segundo eles, o maior perigo se deve em parte à enorme quantidade de satélites lançados à órbita da Terra. Clique e siga o Canaltech no WhatsApp Lixo espacial: o que é esse perigo na órbita da Terra? Família processa NASA após ter casa atingida por lixo espacial A SpaceX, por exemplo, já soma mais de cinco mil satélites Starlink em operação, e eles eventualmente vão reentrar na atmosfera — e isso já vem acontecendo em ritmo bastante acelerado. Conforme mais satélites e foguetes são lançados ao espaço e mais aviões decolam, as chances de estes objetos colidirem aumentam. “As regiões de densidade mais alta ao redor dos grandes aeroportos têm 0,8% de chance a cada ano de serem afetadas por uma reentrada não controlada”, escreveram os autores. “A taxa aumenta para 26% em áreas maiores, mas ainda ocupadas do espaço aéreo, como aquelas no nordeste dos Estados Unidos, da Europa ou ao redor de grandes cidades na região do Pacífico”, observaram. -Entre no Canal do WhatsApp do Canaltech e fique por dentro das últimas notícias sobre tecnologia, lançamentos, dicas e tutoriais incríveis.- A reentrada do lixo espacial pode colocar aeronaves em risco (Reprodução/ESA/David Ducross) O aumento dos riscos leva também a um aumento da probabilidade de que partes do espaço aéreo sejam fechadas, o que poderia causar desde maior congestionamento de aeronaves até cancelamentos de voos. “Essa situação coloca as autoridades nacionais em um dilema, de fechar o espaço aéreo ou não, com implicações de segurança e economia em ambas as formas”, acrescentaram. A boa notícia é que há uma solução: para os autores, o segredo está em investir na reentrada controlada dos foguetes. A tecnologia para isso já existe, mas é usada em menos de 35% dos lançamentos. “Mais de 2.300 corpos de foguetes já estão em órbita e vão acabar reentrando de forma descontrolada”, escrevem os pesquisadores. “As autoridades do espaço aéreo vão enfrentar o desafio das reentradas descontroladas nas próximas décadas.” O artigo com os resultados do estudo foi publicado na revista Scientific Reports. Leia também: O que é reentrada de lixo espacial? E quais são os riscos? Lixo espacial deveria entrar em combustão, mas por que alguns caem na Terra? Vídeo: O que é Starlink? Leia a matéria no Canaltech.

Os riscos de um pedaço de lixo espacial mergulhar de forma descontrolada pela atmosfera e atingir uma aeronave estão crescendo. É o que concluiu um novo estudo de pesquisadores da Universidade da Colúmbia Britânica, no Canadá — e, segundo eles, o maior perigo se deve em parte à enorme quantidade de satélites lançados à órbita da Terra.
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A SpaceX, por exemplo, já soma mais de cinco mil satélites Starlink em operação, e eles eventualmente vão reentrar na atmosfera — e isso já vem acontecendo em ritmo bastante acelerado. Conforme mais satélites e foguetes são lançados ao espaço e mais aviões decolam, as chances de estes objetos colidirem aumentam.
“As regiões de densidade mais alta ao redor dos grandes aeroportos têm 0,8% de chance a cada ano de serem afetadas por uma reentrada não controlada”, escreveram os autores. “A taxa aumenta para 26% em áreas maiores, mas ainda ocupadas do espaço aéreo, como aquelas no nordeste dos Estados Unidos, da Europa ou ao redor de grandes cidades na região do Pacífico”, observaram.
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O aumento dos riscos leva também a um aumento da probabilidade de que partes do espaço aéreo sejam fechadas, o que poderia causar desde maior congestionamento de aeronaves até cancelamentos de voos. “Essa situação coloca as autoridades nacionais em um dilema, de fechar o espaço aéreo ou não, com implicações de segurança e economia em ambas as formas”, acrescentaram.
A boa notícia é que há uma solução: para os autores, o segredo está em investir na reentrada controlada dos foguetes. A tecnologia para isso já existe, mas é usada em menos de 35% dos lançamentos. “Mais de 2.300 corpos de foguetes já estão em órbita e vão acabar reentrando de forma descontrolada”, escrevem os pesquisadores. “As autoridades do espaço aéreo vão enfrentar o desafio das reentradas descontroladas nas próximas décadas.”
O artigo com os resultados do estudo foi publicado na revista Scientific Reports.
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