The First Berserker: Khazan Review | Análise – A Coreia conseguiu novamente
The First Berserker: Khazan é o novo representante coreano do gênero Souls-like e, honestamente, uma grata surpresa, embora eu estivesse bastante “hypado” para o jogo por conta do tema. Depois de passar horas intensas com a versão de PC, será que o game entrega em desafio, mas também apresenta uma história consistente, um gameplay viciante […] O post The First Berserker: Khazan Review | Análise – A Coreia conseguiu novamente apareceu primeiro em Combo Infinito.

The First Berserker: Khazan é o novo representante coreano do gênero Souls-like e, honestamente, uma grata surpresa, embora eu estivesse bastante “hypado” para o jogo por conta do tema. Depois de passar horas intensas com a versão de PC, será que o game entrega em desafio, mas também apresenta uma história consistente, um gameplay viciante e um sistema de progressão que todo Souls precisa?
Agradecemos a Nexon e a desenvolvedora Neople por nos enviarem o game antecipadamente para review e chegou a hora de sabermos se ele é tudo isso mesmo ou não.
Uma história de traição e redenção

Khazan faz parte do universo de Dungeon Fighter Online, um dos jogos mais rentáveis da história. Na história original, Khazan e Ozma vencem Hismar, um grande Dragão de enorme poder, após uma dura batalha. No entanto, após um momento de decisão, Khazan envia uma mensagem para o imperador. Mas essa mensagem nunca chegou até seu líder, e Khazan é condenado como um traidor por conta de seus atos, mesmo sendo considerado um herói. Ele teve os tendões dos seus punhos cortados para nunca mais batalhar e morre.
Em The First Berserker: Khazan acompanhamos uma narrativa alternativa onde Khazan fica vivo retorna do limbo com a ajuda de um espectro poderoso. Esse espírito assume o corpo do protagonista e juntos iniciam uma jornada de vingança brutal. A narrativa, ao contrário de muitos Souls-like, é mais direta e recheada de cutscenes e momentos dramáticos que facilitam a imersão.
Apesar disso, Khazan como protagonista ainda deixa a desejar em termos de carisma. Seu voice acting, feita Ben Star, ator que interpreta Clive em Final Fantasy XVI, tem seus momentos, mas falta força para tornar o personagem memorável. Ainda assim, a presença do espectro, com sua voz grave e imponente, compensa e dá ritmo à narrativa.
Visual e desempenho

Joguei The First Berserker: Khazan com uma Geforce RTX 5080 e o desempenho foi estável (rodando no ultra) na maior parte do tempo. Mesmo assim, ainda há stuttering ocasional, especialmente em DirectX 12. A esperança é que esses problemas sejam corrigidos no patch de Day One. Em termos gráficos, o jogo aposta num estilo mais artístico do que realista, o que funciona muito bem dentro da proposta. Os cenários são belos e variados, mas em alguns momentos há problemas de textura que se formam lentamente, o que quebra um pouco a imersão.
Ainda assim, a performance geral é satisfatória. Roda a 60 FPS com DLSS em qualidade e, mesmo sem usar frame generation (presente nas configurações), entrega uma jogabilidade fluida e responsiva. Comparado a outros jogos do gênero, Khazan se sai bem, especialmente na direção de arte, que o destaca.
Um combate que exige tudo de você

O grande destaque de Khazan está no seu gameplay. Ele é focado em combate preciso, com ênfase em esquiva perfeita, reflexo e principalmente no parry. E é aqui que o jogo brilha. O parry é responsivo, satisfatório e essencial para sobreviver aos desafios mais duros. Errar custa caro, mas acertar traz uma sensação incrível.
O sistema de armas é dividido entre espada curta com machado, lança e espada longa. Cada uma tem uma abordagem distinta e é possível adaptá-las com habilidades e efeitos. Eu optei pela espada longa, e conforme fui desbloqueando habilidades, ela ficou rápida e devastadora, o que me permitiu executar combos e counters com grande eficácia.
O jogo também permite customizar sua armadura e equipamentos com diversos sets que oferecem vantagens específicas. Sets focados em parry, resistência a elementos ou esquiva são essenciais dependendo da situação. O incentivo à experimentação é grande e a recompensa é clara.
Evoluir é gratificante

A evolução de personagem é baseada nas “Lágrimas“, que funcionam como as almas em Dark Souls. Você coleta essas lágrimas dos inimigos ou em locais marcados por mortes passadas. Essas memórias muitas vezes trazem trechos de história e Khazan reage e comenta, aprofundando ainda mais a narrativa.
O jogo possui árvores de habilidades para cada tipo de arma, para counters, reflexo, esquiva e poderes do espectro. As possibilidades são gigantescas. Em alguns momentos, a evolução é travada pela história, o que exige acúmulo de pontos antes de poder aplicá-los, mas isso nunca atrapalha o ritmo geral.
Nexus e explorando o mundo

O “Nexus” de Khazan (chamado de Fenda) é um local que lembra o hub central de jogos como Demon’s Souls ou Bloodborne. Lá, você interage com NPCs, evolui o personagem e acessa o mundo dos vivos e o mundo espiritual. Além disso, você vai se deparar com os “jarros”, um sistema de colecionáveis e upgrades inspirado nos Kodamas de Nioh.
Encontrar jarros permite desbloquear equipamentos exclusivos, muitos deles incrivelmente fortes, e eles também liberam novos itens para compra. Eles são distribuídos pelas missões principais e paralelas e valem muito a pena.
Inimigos

Os inimigos do jogo são excelente, apesar de repetirem um pouco. Além dos inimigos comuns, que possuem diversos tipos de comportamento, precisamos lidar com os Elites. Estes seres mais fortes são como sub-chefes e vencê-los você terá a garantia que eles não retornarão ao mapa.
Existem também os inimigos em “berserk”, que possuem armor e recebem seus golpes como um ligeiro tapa e não como uma espadada bem dada. Você precisa aprender os padrões destes inimigos para acabar com a barra de postura dele e aí sim desferir mais dano. Assim, você sempre precisará ficar de olho em todos os cantos para não ser pego de surpresa.
Level Design

Khazan começa com um level design meio parecido com Nioh, um tanto quanto simples. Eu realmente acho que Nioh precisa de uma mexida no level design e Khazan pega esse conselho e usa para si próprio, uma vez que os cenários vão avançando e vão melhorando muito. Os locais que temos para explorar possuem paredes invisíveis e vários artifícios que a From Software costuma usar para deixar tudo mais interessante. Quase que como um Metroidvania em 3D e sem mapa.
Ainda temos os atalhos, portões fechados que só abrem do outro lado, escadas que não eram possíveis de serem alcançadas e quando damos a volta passam a ser parte do atalho. Mas tudo funciona bem. Inclusive os save point, ou as fogueiras, ficam sempre em posições estratégicas que ajudam o jogador e não são tão frustrantes como em outros jogos.
Estruturas de missões e chefes

A estrutura de missões em Khazan também é semelhante a Nioh, onde você não tem um mundo interconectado. Você entrará em missões separadas por cenários. Cada região possui um número de missões principais e opcionais.
As missões secundárias trazem histórias adicionais, recompensas valiosas e, claro, mais combates desafiadores. Encontrar jarros, explorar ruínas e enfrentar mini-bosses faz parte do pacote. Além disso, o jogo é mais leve na punição: se você morrer, as lágrimas não ficam no chefe, mas antes da batalha, facilitando a recuperação e incentivando tentativas repetidas. Uma ótima forma de dizer para o jogador: “vamos lá, tenta mais uma vez, toma aqui um incentivo”. Quanto mais perto de eliminar o chefe você tiver chegado, maior será a quantidade de lácrima, mesmo que você não tenha saído vencedor.
Os chefes são desafiadores e variados. Exigem aprendizado dos padrões de ataque e uso inteligente de habilidades e counters. É aqui que o parry se mostra essencial, e dominar essa mecânica é quase obrigatório para progredir. Além de que absolutamente todos os chefes são extremamente criativos e exigem que você saiba o que está fazendo para não virar vítima deles. É uma pena que, assim como todo Souls Like, exista o repeteco de alguns chefes de vez em quando.
Conclusão

The First Berserker: Khazan é um jogo que entende a essência dos Souls-like, mas traz identidade própria. Seu sistema de combate é profundo, o ritmo de evolução é bem equilibrado, e a narrativa consegue ser envolvente sem abrir mão da liberdade de interpretação. Com alguns ajustes de performance e refinamentos em detalhes gráficos, seria um marco, mas facilmente entra na lista dos grandes do gênero.
The First Berserker: Khazan : The First Berserker: Khazan se destaca com uma identidade marcante dentro do gênero. Seu sistema de combate é profundo, a progressão é bem dosada e a narrativa prende do início ao fim. Com melhorias pontuais de performance e polimento, tem tudo para se tornar uma experiência imperdível para os fãs de ação e RPG. – M@xpay
Nós recebemos The First Berserker: Khazan gratuitamente para review e agradecemos à Nexon pela confiança.
O post The First Berserker: Khazan Review | Análise – A Coreia conseguiu novamente apareceu primeiro em Combo Infinito.