Últimas palavras de homem atacado por tubarão são reveladas

Um dia de sol e calor de 27°C atraiu banhistas para a praia de Hadera, no norte de Israel, na última segunda-feira (21 de abril). O cenário paradisíaco, porém, rapidamente se transformou em um pesadelo. Nas águas próximas à usina elétrica Orot Rabin, um mergulhador se tornou alvo de um raro e fatal encontro com um tubarão, deixando testemunhas em choque e revelando detalhes impressionantes sobre seus últimos momentos.

Por volta do horário do incidente, banhistas perceberam movimentos bruscos no mar. Inicialmente, pensaram se tratar de uma briga ou acidente comum, mas a água começou a ganhar tons avermelhados. Em segundos, gritos desesperados ecoaram: “Socorro!” e “Eles estão me mordendo!”, conforme relatado por quem estava na areia. Uma testemunha, ainda em estado de choque, descreveu ao serviço de emergência a cena: “Tem alguém aqui que um tubarão mordeu. Ele está gritando: ‘Socorro!’ Está no mar, em Hadera. Ele está se afogando!”.

Equipes de resgate foram acionadas imediatamente. A Polícia de Hadera confirmou o envio de agentes após receber múltiplas ligações sobre o ataque. Em comunicado, o comandante Aryeh Doron explicou que as buscas começaram assim que o incidente foi reportado, com mergulhadores, barcos e drones vasculhando a área. “Estamos usando todos os recursos disponíveis para localizar a vítima”, afirmou Doron, destacando a complexidade da operação devido às correntes marítimas.

Enquanto as equipes trabalhavam, um registro em vídeo feito por um espectador viralizou nas redes sociais. Nas imagens, é possível ouvir uma voz tremula comentando ao vivo: “Uau, uau… Ele está com o tubarão, está lutando contra ele!”. A gravação, embora não mostre o momento exato do ataque, capturou a tensão coletiva de quem assistia, impotente, à tragédia.

WARNING: GRAPHIC
SHARKS attack Israeli off Hadera on Mediterranean coast
Victim's body was found only after extensive search pic.twitter.com/4k38tpkUc3

— Uncensored News (@Uncensorednewsw) April 21, 2025

Na terça-feira (22 de abril), um dia após o desaparecimento do homem, o corpo foi encontrado por mergulhadores a cerca de 400 metros da costa. A polícia israelense confirmou a identificação através de exames, mas manteve sigilo sobre a identidade da vítima, respeitando a privacidade da família.

O incidente reacendeu alertas sobre a presença de tubarões no litoral mediterrâneo de Israel. A Autoridade de Natureza e Parques do país emitiu um comunicado reforçando orientações: “Lembramos ao público que os tubarões são animais protegidos e que a interação humana, especialmente em áreas próximas a usinas, onde eles costumam se alimentar, deve ser evitada”. Biólogos locais explicam que as águas mais quentes próximas a instalações industriais, como a Orot Rabin, atraem cardumes de peixes, que por sua vez chamam a atenção de predadores marinhos.

Embora ataques de tubarão sejam extremamente raros na região – o último caso fatal registrado em Israel ocorreu em 1956 –, o episódio gerou debates sobre a coexistência entre humanos e vida marinha. Enquanto autoridades reforçam a fiscalização para evitar novos incidentes, turistas e moradores receberam orientações para manter distância de áreas sinalizadas e não entrar no mar sem autorização.

A praia de Hadera, conhecida por sua paisagem urbana e águas calmas, voltou a receber banhistas após 48 horas de interdição. Para muitos, porém, as memórias do ocorrido ainda ecoam, transformando um dia de verão comum em um alerta silencioso sobre os riscos imprevisíveis do oceano.

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