Comovente gesto final do Papa Francisco para enfermeira antes da morte, enquanto últimas palavras são reveladas

Na manhã de segunda-feira de Páscoa, o mundo recebeu a notícia da partida do Papa Francisco, líder da Igreja Católica, aos 88 anos. Sua jornada, marcada por dedicação aos mais necessitados, teve um capítulo final emocionante: um gesto silencioso de agradecimento a um enfermeiro que o acompanhou até os últimos instantes.

Nos meses anteriores, a saúde do pontífice já preocupava. Em fevereiro, ele foi internado no Hospital Gemelli, em Roma, após uma infecção respiratória que evoluiu para pneumonia bilateral e leve insuficiência renal. Apesar dos tratamentos, seu estado se complicou com crises de broncoespasmo, que afetaram ainda mais sua capacidade pulmonar. Ainda assim, Francisco manteve a agenda religiosa, incluindo a celebração da Páscoa, um marco simbólico de sua resistência.

No domingo, 20 de abril, ele surpreendeu ao aparecer publicamente na Praça São Pedro, no Vaticano, para seu último discurso. Horas antes, havia questionado Massimiliano Strappetti, enfermeiro e assistente pessoal, com uma dúvida simples: “Você acha que eu consigo?”. Apesar da fragilidade, dirigiu-se à multidão com voz serena, desejando “Feliz Páscoa” e reforçando sua devoção à Virgem Maria. Em seguida, fez um pedido incomum: que seus restos mortais repousassem na Basílica de Santa Maria Maior, local que considerava um refúgio espiritual.

Naquela noite, o Papa jantou tranquilamente, sem sinais de agravamento. Porém, às 5h30 da manhã seguinte, sua equipe notou mudanças preocupantes. Cerca de uma hora depois, já em coma, ele fez um gesto de despedida com a mão para Strappetti, como se dissesse adeus sem palavras. O Vaticano descreveu o momento como rápido e sem sofrimento.

O Papa Francisco morreu aos 88 anos na segunda-feira de Páscoa

O enfermeiro, que o acompanhou por meses, tornou-se testemunha de um dos últimos atos de Francisco. Dias antes, o pontífice já havia agradecido a ele com um “obrigado por me levar até a praça”, referindo-se ao esforço para que participasse das celebrações finais. Esse vínculo humano, entre um líder global e um cuidador anônimo, revela a simplicidade que marcou seu papado.

A causa da morte, confirmada pelo Vaticano, foi um acidente vascular cerebral (AVC) seguido de coma e parada cardíaca irreversível. A notícia foi divulgada pelo cardeal Kevin Farrell, que destacou a vida de Francisco como “dedicada aos valores do Evangelho, especialmente aos mais pobres”.

Embora seu legado seja global, detalhes íntimos como o último aceno a Strappetti humanizam a figura histórica. Francisco, cujo nome de batismo era Jorge Mario Bergoglio, sempre enfatizou a importância da compaixão prática — e sua despedida refletiu exatamente isso. Sua escolha de repousar em Santa Maria Maior, local ligado a momentos decisivos de sua vida, encerra uma trajetória que mesclou fé, humildade e conexão com as pessoas.

A despedida do Papa não foi apenas um evento religioso, mas um momento que uniu fiéis e não fiéis em reflexão sobre a brevidade da vida e o impacto de gestos simples. Seu último suspiro, em um dia dedicado à ressurreição, ecoou a mensagem de esperança que ele tanto pregou.

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