Astrônomos detectam oxigênio na galáxia mais distante já observada

Astrônomos encontraram oxigênio na galáxia mais distante e, consequentemente, mais antiga que conhecemos. Chamada JADES-GS-z14-0, a galáxia existia apenas 300 milhões de anos após o Big Bang e tem cerca de 10 vezes mais elementos pesados que o esperado, ou seja, já estava bastante evoluída enquanto o universo ainda estava em sua "infância". Quantas galáxias além da Via Láctea existem no universo? O que é uma galáxia e quais são os tipos que já conhecemos? “É como encontrar um adolescente onde você esperava apenas bebês”, comentou Sander Schouws, membro da equipe que fez a descoberta. Segundo ele, os resultados mostram que a galáxia se formou rapidamente e que está amadurecendo em alta velocidade, o que indica que a formação galáctica é mais rápida do que se pensava.  Representação da galáxia primordial JADES-GS-z14-0 (Reprodução/ESO/M. Kornmesser) A galáxia JADES-GS-z14-0 foi descoberta em 2024 pelo telescópio James Webb. Ela está a 13,4 bilhões de anos-luz de nós, ou seja, sua luz demorou 13,4 bilhões de anos para nos alcançar.  -Entre no Canal do WhatsApp do Canaltech e fique por dentro das últimas notícias sobre tecnologia, lançamentos, dicas e tutoriais incríveis.- A presença do oxigênio ali ajudou os cientistas a entenderem melhor a evolução galáctica, mas também contribuiu para medirem com mais precisão a distância até ela. “A detecção [feita pelo telescópio] ALMA oferece uma medida da distância da galáxia extraordinariamente precisa, com incerteza de apenas 0,005%”, comentou Eleonora Parlanti, membro da equipe.  O oxigênio ali indica que as galáxias se expandiram e evoluíram após o Big Bang muito mais rapidamente do que se pensava. Estudos futuros vão ajudar os pesquisadores a determinar o que esta evolução acelerada significa para a escala de tempo cronológica, bem como se é necessário analisar novamente o que se sabe sobre o universo primordial. Os artigos com os resultados do estudo foram aceitos para publicação nas revistas The Astrophysical Journal e Astronomy & Astrophysics.   Leia também: Como são as galáxias além da Via Láctea? Conheça os principais tipos Espirais, elípticas e lenticulares... por que as galáxias são tão diferentes? O que galáxias que orbitam outras podem revelar sobre a Via Láctea? Vídeo: Como ver um eclipse   Leia a matéria no Canaltech.

Mar 21, 2025 - 13:23
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Astrônomos detectam oxigênio na galáxia mais distante já observada

Astrônomos encontraram oxigênio na galáxia mais distante e, consequentemente, mais antiga que conhecemos. Chamada JADES-GS-z14-0, a galáxia existia apenas 300 milhões de anos após o Big Bang e tem cerca de 10 vezes mais elementos pesados que o esperado, ou seja, já estava bastante evoluída enquanto o universo ainda estava em sua "infância".

“É como encontrar um adolescente onde você esperava apenas bebês”, comentou Sander Schouws, membro da equipe que fez a descoberta. Segundo ele, os resultados mostram que a galáxia se formou rapidamente e que está amadurecendo em alta velocidade, o que indica que a formação galáctica é mais rápida do que se pensava. 

Representação da galáxia primordial JADES-GS-z14-0 (Reprodução/ESO/M. Kornmesser)

A galáxia JADES-GS-z14-0 foi descoberta em 2024 pelo telescópio James Webb. Ela está a 13,4 bilhões de anos-luz de nós, ou seja, sua luz demorou 13,4 bilhões de anos para nos alcançar. 

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A presença do oxigênio ali ajudou os cientistas a entenderem melhor a evolução galáctica, mas também contribuiu para medirem com mais precisão a distância até ela. “A detecção [feita pelo telescópio] ALMA oferece uma medida da distância da galáxia extraordinariamente precisa, com incerteza de apenas 0,005%”, comentou Eleonora Parlanti, membro da equipe. 

O oxigênio ali indica que as galáxias se expandiram e evoluíram após o Big Bang muito mais rapidamente do que se pensava. Estudos futuros vão ajudar os pesquisadores a determinar o que esta evolução acelerada significa para a escala de tempo cronológica, bem como se é necessário analisar novamente o que se sabe sobre o universo primordial.

Os artigos com os resultados do estudo foram aceitos para publicação nas revistas The Astrophysical Journal e Astronomy & Astrophysics.  

Leia também:

Vídeo: Como ver um eclipse

 

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