Bleach: Rebirth of Souls Review | Análise: Um jogo a ser lapidado

Bleach: Rebirth of Souls é o mais novo jogo de luta da franquia criada por Tite Kubo, trazendo consigo toda a responsabilidade de representar uma das maiores obras do universo dos animes. Desenvolvido pela Tamsoft e publicado pela Bandai Namco, o game chegou em diversas plataformas (recebemos a versão de PS5) tentando resgatar o espírito […] O post Bleach: Rebirth of Souls Review | Análise: Um jogo a ser lapidado apareceu primeiro em Combo Infinito.

Abr 10, 2025 - 17:39
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Bleach: Rebirth of Souls Review | Análise: Um jogo a ser lapidado

Bleach: Rebirth of Souls é o mais novo jogo de luta da franquia criada por Tite Kubo, trazendo consigo toda a responsabilidade de representar uma das maiores obras do universo dos animes. Desenvolvido pela Tamsoft e publicado pela Bandai Namco, o game chegou em diversas plataformas (recebemos a versão de PS5) tentando resgatar o espírito dos confrontos intensos e das transformações icônicas que tanto marcaram os fãs de Bleach. Mas será que ele realmente faz jus ao peso que carrega?

Sinopse

Rebirth of Souls não tenta reinventar a roda. O jogo aposta numa estrutura clássica de combate em arenas, mas com foco total na sensação de controlar personagens poderosos em batalhas cinematográficas. A grande sacada está na progressão durante os combates: cada personagem começa em sua forma básica e vai evoluindo conforme a luta avança, até alcançar transformações como Shikai ou Bankai, o que traz aquele sentimento poderoso que só um verdadeiro fã de Bleach reconhece e que novos fãs poderão amar.

A proposta é clara: entregar uma experiência acessível e ao mesmo tempo profunda, porém cheia de impacto visual e com fidelidade ao anime. E nesse sentido, o jogo consegue capturar bem a essência do que é Bleach — luta, superação e estilo.

Gráfico e desempenho

Visualmente, Bleach Rebirth of Souls não empolga tanto quanto deveria. Os cenários possuem baixa resolução, com muito serrilhado visível, e os modelos de personagens, apesar de legais em alguns aspectos, deixam a desejar quando observados de perto. Em um título com tanto apelo visual e personagens tão icônicos, é difícil não esperar algo mais impressionante.

Curiosamente, o jogo se transforma completamente nas animações de golpes especiais e nas transições de forma. Esses momentos brilham, com efeitos bem construídos e impacto visual real. Durante as batalhas, os movimentos são fluidos, com 60 quadros por segundo constantes e sem quedas. A performance é sólida, mas o visual no geral não acompanha o mesmo nível de capricho.

Som e trilha sonora

Na parte sonora, o jogo faz um trabalho honesto. Ele não utiliza músicas do anime, o que pode decepcionar os mais nostálgicos, mas ao mesmo tempo cria uma trilha sonora original que ajuda criadores de conteúdo a evitar problemas com direitos autorais. As faixas são boas, ainda que não memoráveis.

O destaque fica para os efeitos sonoros e para as vozes dos personagens, que são as mesmas da animação original. Isso eleva o nível de imersão e ajuda a reforçar a sensação de estar dentro do universo Bleach. O game não tem dublagem em português, mas conta com legendas e menus totalmente traduzidos, o que facilita muito a vida dos jogadores brasileiros.

Modos de jogo offline

Aqui o jogo patina. Rebirth of Souls oferece três modos básicos offline: Treinamento, Versus e Missões. O modo Missões é bem simples e não empolga, faltando profundidade ou desafios interessantes. A ausência de um modo arcade é sentida, já que esse poderia facilmente se tornar o favorito da comunidade.

Já o modo história tenta recontar os arcos principais de Bleach até o fechamento da saga de Aizen com algumas batalhas inéditas. Em termos de apresentação, o modo alterna entre momentos visualmente travados e outros com boas animações, principalmente em cenas importantes. É um modo lento, que vai agradar os fãs mais hardcore ou quem está conhecendo a história agora, mas dificilmente empolga o jogador médio. Ainda assim, as histórias extras que são desbloqueadas conforme se avança são um ponto positivo, revelando detalhes sobre personagens como Sado e Inoe.

Modos de jogo online

O online é funcional e surpreende positivamente. As partidas livres têm opções de filtro por região e conexão, o que ajuda bastante a garantir uma boa experiência de jogo. Durante os testes, as partidas foram estáveis, com quedas apenas contra adversários muito distantes.

O modo de salas também funciona bem, permitindo criar partidas privadas ou abertas. Mas a grande decepção é a ausência de um modo ranqueado. Para um jogo de luta, especialmente um lançado em 2025, não ter esse recurso no lançamento é difícil de aceitar. O ranqueado não só aumenta o tempo de vida útil do jogo, como motiva a comunidade a competir e evoluir. Segundo a Bandai, ele será implementado depois, mas a pergunta que fica é: o público ainda estará por aqui quando isso acontecer?

Combate

É no combate que Bleach Rebirth of Souls brilha de verdade. Ao contrário do que muita gente imagina ao ver o visual do jogo, aqui temos um sistema de luta sólido e com boas camadas de profundidade. Não é apenas mais um jogo de anime com arena. É, de fato, um jogo de luta.

Cada jogador começa com nove barras de vida, e quando uma delas chega ao fim, ou o adversário entra no status de perigo, o jogador pode aplicar um golpe finalizador. Esses ataques especiais ativam uma animação cinematográfica que pode remover várias barras de uma só vez. O sistema parece confuso no início, mas faz bastante sentido com o tempo, exigindo estratégia e controle.

O jogo conta com barras específicas para golpes especiais, teleporte, esquivas e transformações — e todas funcionam bem durante os combates. O sistema exige atenção constante, recompensa timing preciso e faz com que cada luta seja um verdadeiro duelo de leitura e execução. A Tamsoft acertou muito em traduzir o espírito de Bleach para as mecânicas de gameplay.

Conclusão

Bleach: Rebirth of Souls entrega um sistema de luta que empolga e representa com fidelidade o universo criado por Tite Kubo. O combate é o grande destaque aqui, oferecendo profundidade, ritmo e impacto. Porém, o jogo sofre com limitações nos modos de jogo, ausência de conteúdo competitivo relevante e uma apresentação visual abaixo do esperado.

O sentimento que fica é o de uma oportunidade perdida. Com mais tempo de desenvolvimento, talvez uma beta antes do lançamento, a Tamsoft poderia ter refinado muito do que hoje parece inacabado. Ainda há esperança de melhorias futuras, mas é difícil saber se o jogo terá fôlego para sobreviver até lá.

Bleach: Rebirth of Souls : Bleach: Rebirth of Souls brilha no sistema de combate, que é fiel ao universo de Tite Kubo e entrega lutas empolgantes. No entanto, peca pela falta de modos de jogo, ausência de conteúdo competitivo e visual aquém do esperado. A sensação é de uma chance desperdiçada, com potencial para mais se houvesse tempo extra de desenvolvimento. M@xpay

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von 10
2025-04-10T12:32:30-0300

Nós recebemos Bleach: Rebirth of Souls gratuitamente para review e agradecemos à Bandai Namco pela confiança.

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