CEO da Netflix se diz surpreso com escolha do nome Max e critica Apple TV+
Ted Sarandos criticou plataformas rivais e sugeriu que a Apple usa seu streaming mais para marketing do que como um negócio sustentável. CEO da Netflix se diz surpreso com escolha do nome Max e critica Apple TV+


Resumo
- Ted Sarandos afirmou que a HBO deveria ter mantido seu nome no streaming, em vez de renomeá-lo para Max.
- Sarandos sugeriu que a Apple TV+ funciona mais como uma ferramenta de marketing do que como um negócio sustentável.
- O co-CEO da Netflix também questionou o Prime Video, dizendo que a estratégia a longo prazo da Amazon no setor de streaming não está clara.
O co-CEO da Netflix, Ted Sarandos, criticou serviços rivais. Ele afirmou que a decisão da Warner Bros. Discovery de remover o nome HBO da plataforma de streaming e renomeá-la como Max “foi uma surpresa”. O executivo também sugeriu que a Apple TV+ pode ser apenas uma jogada de marketing da big tech.
Sarandos está à frente da Netflix há 25 anos. Em entrevista à Variety, ele destacou que a HBO sempre foi uma referência no setor de entretenimento, mas deveria ter mantido o nome no streaming.
“Foi uma surpresa! Nós sempre acompanhávamos o que a HBO estava fazendo, e em um determinado momento eles tinham HBO, HBO Go, HBO Now e HBO Max. E eu disse: ‘Quando eles ficarem sérios, todos esses nomes vão sumir, e vai ser só HBO’. Eu nunca teria imaginado que a HBO sumiria. Eles colocaram todo aquele esforço em uma coisa que podem dizer ao consumidor — deveria ser HBO.”
Ted Sarandos, co-CEO da Netflix
Apple TV+ é só marketing?

Ao ser questionado sobre a estratégia da Apple TV+, Sarandos afirmou que não compreende totalmente o posicionamento da plataforma no mercado, e sugeriu que o streaming funciona mais como um serviço de marketing da big tech do que um negócio sustentável.
“Não entendo isso além de uma jogada de marketing, mas eles são pessoas realmente inteligentes. Talvez eles vejam algo que nós não vemos.”
Ted Sarandos, co-CEO da Netflix
O executivo destacou também que o Prime Video da Amazon tem investido fortemente em esportes, mas que a experiência do streaming é a mesma da Netflix — com a diferença de que o streaming de Jeff Bezos ainda não deixou claro qual sua estratégia a longo prazo. “Eles fazem conteúdo original há exatamente tanto tempo quanto nós”, disse Sarandos.
No entanto, quando fornecedores como a Disney começaram a lançar seus próprios serviços de streaming, a Netflix manteve uma posição “mais confortável”, segundo o CEO, que lembrou o sucesso comercial da parceria com a Marvel — “o maior acordo da história da televisão”, nas suas palavras.
“Eu me senti muito mais confortável de que faríamos melhor nisso do que eles. Nossa vantagem é o investimento que fizemos em personalização. Não somos uma plataforma de um único gênero. Se você ama documentários, a Netflix é a casa dos documentários. Se você ama dramas, é a casa dos dramas. Enquanto tivermos a capacidade de fazer isso, vamos ficar bem.”
Ted Sarandos, co-CEO da Netflix
Netflix busca mais anunciantes
No mês passado, um levantamento do Brazil Journal revelou que a Netflix possui 12 milhões de usuários no plano com anúncios no Brasil. Como estratégia para atrair ainda mais anunciantes, a empresa oferece pacotes de mídia que variam de R$ 5 milhões a R$ 30 milhões.
Em 2024, Ted Sarandos disse em uma conferência que a receita das assinaturas do plano com anúncios é pouco expressiva. Por isso, a Netflix tem procurado mais interessados em seus espaços de propaganda, além de buscar transmissões ao vivo de eventos musicais e esportivos para atrair mais espectadores.
Com informações da Variety
CEO da Netflix se diz surpreso com escolha do nome Max e critica Apple TV+