Novo documentário usa imagens 3D do Titanic para revelar últimas horas no navio

Em novo documentário sobre o naufragado RMS Titanic, a National Geographic e a Atlantic Productions se uniram à empresa de mapeamento marítimo Magellan para escanear, em minuciosos detalhes, os destroços da embarcação, nas profundezas do Atlântico Norte. Dois veículos operados remotamente (ROVs) chamados Romeo e Juliet passaram três semanas, em 2022, tirando mais de 715 mil fotos e medições a laser dos escombros afundados. Foto de possível iceberg que afundou Titanic surge 112 anos depois Titanic | Imagens inéditas da redescoberta são reveladas A partir do modelo 3D gerado pela pesquisa, especialistas foram capazes de fazer novas descobertas sobre os momentos derradeiros do navio de linha, que colidiu com um iceberg em 1912 e levou 1.500 pessoas à morte ao afundar. Os últimos momentos do Titanic O gêmeo digital do naufrágio, assim como uma cena de crime sendo analisada pela ciência forense, mostra detalhes importantes sobre o momento em que o Titanic afundou. Com ele, foi possível observar como está a sala das caldeiras — especialistas notaram que algumas delas ficaram em formato côncavo, sinal de que estavam em pleno funcionamento quando mergulharam na água. -Entre no Canal do WhatsApp do Canaltech e fique por dentro das últimas notícias sobre tecnologia, lançamentos, dicas e tutoriais incríveis.-   Uma das válvulas no convés de popa foi vista em posição aberta, indicando que ainda havia vapor fluindo para o sistema de geração de eletricidade. Isso corrobora relatos da época, onde passageiros afirmaram que engenheiros seguiram alimentando as caldeiras com carvão. O ato permitiu que as luzes do navio funcionassem até o último instante, ajudando o embarque de sobreviventes em botes salva-vidas. Os dados também permitiram usar algoritmos e modelagem computacional para comparar os destroços à planta baixa do navio, junto a informações sobre sua velocidade, direção e posição para simular o dano causado pelo iceberg. O trabalho mostrou que a embarcação raspou apenas uma vez no iceberg, mas numa colisão que deixou uma longa e estreita linha de buracos no casco. O navio era capaz de seguir flutuando mesmo com quatro compartimentos inundados, mas a simulação mostrou que seis deles receberam danos, com buracos do tamanho de uma folha A4. Isso não pode ser visto no modelo 3D, já que o dano está abaixo dos sedimentos marinhos. A proa e a popa estão a mais de 600 metros de distância: a parte traseira manteve os detalhes estudados, enquanto a dianteira se espatifou em destroços retorcidos. O modelo 3D também ajudou especialistas a visualizarem a maneira como as duas partes do navio se dividiram e afundaram. O documentário sobre a nova modelagem, chamado Titanic: The Digital Ressurection (Titanic: A Ressureição Digital, em tradução livre) e suas descobertas estreia nesta sexta-feira (11). Leia também: Destroços de 110 anos do Titanic são gravados pela 1ª vez em 8K; assista Por que as garrafas de champanhe do Titanic não implodiram? Bilionário quer levar outro submarino aos destroços do Titanic VÍDEO: À prova d'água de verdade? Existe uma forma segura de entrar no mar com o celular?   Leia a matéria no Canaltech.

Abr 10, 2025 - 17:37
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Novo documentário usa imagens 3D do Titanic para revelar últimas horas no navio

Em novo documentário sobre o naufragado RMS Titanic, a National Geographic e a Atlantic Productions se uniram à empresa de mapeamento marítimo Magellan para escanear, em minuciosos detalhes, os destroços da embarcação, nas profundezas do Atlântico Norte. Dois veículos operados remotamente (ROVs) chamados Romeo e Juliet passaram três semanas, em 2022, tirando mais de 715 mil fotos e medições a laser dos escombros afundados.

A partir do modelo 3D gerado pela pesquisa, especialistas foram capazes de fazer novas descobertas sobre os momentos derradeiros do navio de linha, que colidiu com um iceberg em 1912 e levou 1.500 pessoas à morte ao afundar.

Os últimos momentos do Titanic

O gêmeo digital do naufrágio, assim como uma cena de crime sendo analisada pela ciência forense, mostra detalhes importantes sobre o momento em que o Titanic afundou. Com ele, foi possível observar como está a sala das caldeiras — especialistas notaram que algumas delas ficaram em formato côncavo, sinal de que estavam em pleno funcionamento quando mergulharam na água.

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Uma das válvulas no convés de popa foi vista em posição aberta, indicando que ainda havia vapor fluindo para o sistema de geração de eletricidade. Isso corrobora relatos da época, onde passageiros afirmaram que engenheiros seguiram alimentando as caldeiras com carvão. O ato permitiu que as luzes do navio funcionassem até o último instante, ajudando o embarque de sobreviventes em botes salva-vidas.

Os dados também permitiram usar algoritmos e modelagem computacional para comparar os destroços à planta baixa do navio, junto a informações sobre sua velocidade, direção e posição para simular o dano causado pelo iceberg. O trabalho mostrou que a embarcação raspou apenas uma vez no iceberg, mas numa colisão que deixou uma longa e estreita linha de buracos no casco.

O navio era capaz de seguir flutuando mesmo com quatro compartimentos inundados, mas a simulação mostrou que seis deles receberam danos, com buracos do tamanho de uma folha A4. Isso não pode ser visto no modelo 3D, já que o dano está abaixo dos sedimentos marinhos.

A proa e a popa estão a mais de 600 metros de distância: a parte traseira manteve os detalhes estudados, enquanto a dianteira se espatifou em destroços retorcidos. O modelo 3D também ajudou especialistas a visualizarem a maneira como as duas partes do navio se dividiram e afundaram.

O documentário sobre a nova modelagem, chamado Titanic: The Digital Ressurection (Titanic: A Ressureição Digital, em tradução livre) e suas descobertas estreia nesta sexta-feira (11).

Leia também:

VÍDEO: À prova d'água de verdade? Existe uma forma segura de entrar no mar com o celular?

 

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