O que é criptomoeda? Saiba para que serve e como funciona a tecnologia

Alguns exemplos de moedas digitais descentralizadas são a pioneira Bitcoin e a Ethereum com suporte para contratos inteligentes O que é criptomoeda? Saiba para que serve e como funciona a tecnologia

Mai 7, 2025 - 17:05
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O que é criptomoeda? Saiba para que serve e como funciona a tecnologia
O que é uma criptomoeda (Imagem: Worldspectrum/Pexels)
O que é uma criptomoeda (Imagem: Worldspectrum/Pexels)

Criptomoedas são moedas digitais descentralizadas que usam criptografia para garantir a segurança das transações. Elas não são controladas por bancos centrais ou instituições financeiras tradicionais.

Em geral, as criptomoedas servem como meio de troca digital, permitindo pagamentos e transferências globais de forma mais rápida. Muitas também são vistas como ativos digitais para investimento.

A tecnologia por trás das criptomoedas é o blockchain, um livro-razão público e distribuído. Cada transação é registrada em blocos imutáveis, com a segurança sendo garantida pela criptografia e consenso da rede.

A seguir, descubra tudo sobre criptomoedas, seu surgimento e funcionamento. Também saiba as diferentes categorias existentes e os riscos da tecnologia.

O que é criptomoeda?

Criptomoeda é uma moeda digital que usa criptografia para garantir segurança e verificar transações. Baseada na tecnologia blockchain, funciona como um sistema descentralizado para pagamentos e armazenamento de valor.

Para que serve uma criptomoeda?

Uma criptomoeda pode ser usada para comprar bens e serviços digitais em uma blockchain. Ela também funciona como um ativo digital para investimentos, operando independentemente de bancos centrais.

É possível realizar investimentos e negociar criptomoedas em plataformas específicas ou com serviços de corretoras (exchanges).

Como funciona uma criptomoeda?

As criptomoedas operam na tecnologia blockchain, um registro digital distribuído e seguro, que viabiliza as finanças descentralizadas. Isso permite transações diretas entre usuários, eliminando a necessidade de intermediários tradicionais como bancos e governos.

A criação de novas unidades ocorre por meio da mineração, um processo em que computadores validam operações e protegem a rede resolvendo problemas matemáticos complexos. Essa atividade recompensa os “mineradores” com novas moedas, essencial para o ecossistema.

Também é possível usar corretoras (exchanges) para comprar criptomoedas. Os ativos são mantidos em carteiras digitais, cujo acesso e controle dependem das chaves privadas, garantindo segurança e a propriedade na rede blockchain.

Como surgiram as criptomoedas?

O conceito das criptomoedas surgiu em 2008, quando uma pessoa ou grupo com pseudônimo Satoshi Nakamoto publicou um artigo propondo um sistema de pagamento eletrônico. A ideia era criar um dinheiro digital protegido por criptografia, independente de instituições bancárias, com transações registradas em uma rede descentralizada.

Em 2009, o Bitcoin surgiu como a primeira criptomoeda criada implementando a tecnologia blockchain. Essa rede de registros distribuídos validava transações sem a necessidade de intermediários, concretizando o conceito de um sistema monetário fora do controle tradicional.

O sucesso do Bitcoin demonstrou a viabilidade do dinheiro digital descentralizado. Desde então, a tecnologia blockchain impulsionou o surgimento de inúmeras outras criptomoedas e construindo um amplo mercado.

Quando a primeira criptomoeda foi criada?

O Bitcoin, a primeira criptomoeda criada, foi lançada com o blockchain de mesmo nome em 9 de janeiro de 2009. O livro-razão foi criado por uma pessoa ou grupo chamado Satoshi Nakamoto, cuja real identidade nunca foi revelada.

Quais são os tipos de criptomoedas?

Existem quatro categorias principais de criptomoedas. Embora sigam o mesmo funcionamento, cada uma dela apresenta diferenças:

  • Criptomoedas de pagamento: projetadas principalmente como meio de troca digital. Operam em sua própria blockchain e muitas vezes possuem um suprimento limitado para potencial deflação (Ex.: Bitcoin, Ethereum);
  • Tokens de utilidade: ativos digitais que dão acesso a um produto, funcionalidade ou serviço dentro de um ecossistema ou plataforma específica. São construídos sobre blockchains existentes (Ex. Ether, tokens de plataformas DeFi, fan token);
  • Stablecoins: criptomoedas cujo valor é atrelado a um ativo mais estável, como moedas fiduciárias (dólar, euro) e commodities, para minimizar a volatilidade (Ex. USDT e USDC);
  • Moedas digitais de bancos centrais (CBDCs): versões digitais da moeda oficial de um país, emitidas e controladas pelo banco central. Embora usem tecnologia semelhante às criptomoedas, são centralizadas (Ex. Drex ou Real Digital).

Dá para saber quantas criptomoedas existem?

Sim, o CoinMarketCap monitorou mais de 18.815 criptomoedas ativas em abril de 2025. No entanto, dados indicam que podem existir mais de 36,4 milhões de criptomoedas, sendo que algumas não estão ativas ou se tornaram menos significativas para o mercado.

Quais os riscos do mercado de criptomoedas?

O mercado de criptomoedas, apesar do seu potencial, apresenta riscos para os investidores. Alguns deles são:

  • Alta volatilidade de preço: os preços das criptomoedas podem subir ou descer drasticamente em períodos muito curtos, gerando ganhos ou perdas rápidas. Ideal para especuladores, arriscado para investidores conservadores;
  • Risco de liquidez: nem todas as criptomoedas são facilmente conversíveis em dinheiro fiduciário ou em outros ativos sem perdas significativas, especialmente as de menor capitalização;
  • Complexidade tecnológica: entender a tecnologia por trás das criptomoedas e gerenciar chaves privadas exige conhecimento. Erros podem levar à perda irreversível dos fundos;
  • Riscos regulatórios incertos: a falta de regras globais claras cria insegurança jurídica, visto que novas leis podem surgir e impactar o valor e uso das criptomoedas;
  • Vulnerabilidade a golpes e fraudes: o ambiente pouco regulamentado facilita esquemas de pirâmides financeiras, phishing, roubos de carteiras de ativos e pumps-and-dumps (inflação artificial de preços). Recuperar perdas é difícil;
  • Segurança das plataformas de negociação: exchanges podem sofrer ataques cibernéticos, ter falhas técnicas ou má gestão. A escolha de uma corretora segura é crucial para proteger os ativos;
  • Falta de proteção ao investidor: diferentes de mercados tradicionais, não há órgãos garantidores que cobrem perdas por falência de corretoras ou fraudes. O risco é assumido integralmente pelo investidor.

Qual é a diferença entre criptomoeda e blockchain?

Criptomoeda é uma forma de dinheiro digital usada para transações online seguras. Ela funciona de forma descentralizada, sem a necessidade de um banco central, e suas operações são registradas de maneira transparente e imutável em uma blockchain.

A blockchain é uma tecnologia de registro distribuído, como um livro-razão digital público. Ela armazena as transações de criptomoedas e outros dados em blocos encadeados de forma segura e cronológica, garantindo a transparência e a impossibilidade de fraude.

Qual é a diferença entre criptomoeda e o Real Digital?

A criptomoeda é uma moeda digital descentralizada que opera sem controle de um banco central ou governo. Seu valor flutua conforme a oferta e procura no mercado global e as transações são registradas em blockchain.

O Real Digital, ou Drex, é uma moeda digital do banco central (CBDC) emitida e controlada exclusivamente pelo Banco Central do Brasil. Diferente das criptomoedas, é uma forma digital da moeda oficial do país, centralizada e sujeita às mesmas regulamentações do Real físico.

Qual é a diferença entre token e criptomoeda?

Um token é um ativo digital criado sobre uma blockchain existente. Ele representa um valor, utilidade, direito ou ativo específico dentro de um ecossistema ou plataforma, não funcionando primariamente como moeda independente.

Uma criptomoeda é uma moeda digital que possui seu próprio blockchain independente. Ela é projetada principalmente para funcionar como um meio de troca descentralizado, servindo como dinheiro digital para transações diretas entre usuários.

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