Paraíso azul em ilha brasileira recebe título de área de conservação de morcegos
No último dia 6, Ilha Grande, no litoral sul do Rio de Janeiro, foi reconhecida pela Rede Latino-americana e do Caribe para Conservação dos Morcegos (Relcom) e agora integra a lista de Áreas de Importância para a Conservação dos Morcegos (Aicom). A certificação é resultado de anos de pesquisa conduzidos por cientistas da Universidade do Estado do Rio de Janeiro (Uerj), que monitoram as espécies locais com métodos específicos de captura e gravação de sons. Morcegos unem imagem e som para identificar um pedido de ajuda falso Nova espécie de morcego minúsculo pesa 8 g e mede 5 cm Atualmente, são 37 espécies de morcegos registradas em Ilha Grande. Isso representa 19,9% das espécies conhecidas no Brasil e quase metade das presentes no estado do Rio. Entre os métodos usados no estudo estão as redes de neblina, que capturam os animais para identificação, e o monitoramento acústico, que grava os sons emitidos pelos morcegos em voo. Esse segundo método permitiu o primeiro registro da espécie Promops centralis no estado. Ilha Grande abriga espécies ameaçadas e com pouca informação disponível. Entre elas estão a Furipterus horrens, classificada como vulnerável, e a Tonatia bidens, listada como “deficiente de dados” pela União Internacional para a Conservação da Natureza. Os pesquisadores também identificaram espécies endêmicas da Mata Atlântica, como Myotis nigricans e Lonchophylla peracchii. -Entre no Canal do WhatsApp do Canaltech e fique por dentro das últimas notícias sobre tecnologia, lançamentos, dicas e tutoriais incríveis.- Morcego catalogado por pesquisadores (Imagem: Luciana Costa/Uerj/Agência Brasil) Os morcegos têm hábitos alimentares diversos e contribuem com o equilíbrio ambiental ao atuar na dispersão de sementes, na polinização de flores e no auxílio no controle de pragas. Com o crescimento urbano e o desmatamento, morcegos passaram a ocupar também construções humanas. Para lidar com essa convivência, o projeto Morcegos na Praça, desenvolvido pela Uerj em parceria com a Universidade Federal Rural do Rio de Janeiro, promove ações de educação ambiental na ilha. Moradores recebem orientações sobre como evitar riscos de contato direto e sobre a importância da conservação desses animais, que são protegidos por lei e desempenham funções ecológicas relevantes. Leia também: Ciência testa como morcegos vampiros transformam sangue em energia Morcegos usam técnicas de death metal para interagir VÍDEO | ROBÔ DE UM ANIMAL EXTINTO Leia a matéria no Canaltech.

No último dia 6, Ilha Grande, no litoral sul do Rio de Janeiro, foi reconhecida pela Rede Latino-americana e do Caribe para Conservação dos Morcegos (Relcom) e agora integra a lista de Áreas de Importância para a Conservação dos Morcegos (Aicom). A certificação é resultado de anos de pesquisa conduzidos por cientistas da Universidade do Estado do Rio de Janeiro (Uerj), que monitoram as espécies locais com métodos específicos de captura e gravação de sons.
- Morcegos unem imagem e som para identificar um pedido de ajuda falso
- Nova espécie de morcego minúsculo pesa 8 g e mede 5 cm
Atualmente, são 37 espécies de morcegos registradas em Ilha Grande. Isso representa 19,9% das espécies conhecidas no Brasil e quase metade das presentes no estado do Rio. Entre os métodos usados no estudo estão as redes de neblina, que capturam os animais para identificação, e o monitoramento acústico, que grava os sons emitidos pelos morcegos em voo. Esse segundo método permitiu o primeiro registro da espécie Promops centralis no estado.
Ilha Grande abriga espécies ameaçadas e com pouca informação disponível. Entre elas estão a Furipterus horrens, classificada como vulnerável, e a Tonatia bidens, listada como “deficiente de dados” pela União Internacional para a Conservação da Natureza. Os pesquisadores também identificaram espécies endêmicas da Mata Atlântica, como Myotis nigricans e Lonchophylla peracchii.
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Os morcegos têm hábitos alimentares diversos e contribuem com o equilíbrio ambiental ao atuar na dispersão de sementes, na polinização de flores e no auxílio no controle de pragas.
Com o crescimento urbano e o desmatamento, morcegos passaram a ocupar também construções humanas. Para lidar com essa convivência, o projeto Morcegos na Praça, desenvolvido pela Uerj em parceria com a Universidade Federal Rural do Rio de Janeiro, promove ações de educação ambiental na ilha. Moradores recebem orientações sobre como evitar riscos de contato direto e sobre a importância da conservação desses animais, que são protegidos por lei e desempenham funções ecológicas relevantes.
Leia também:
- Ciência testa como morcegos vampiros transformam sangue em energia
- Morcegos usam técnicas de death metal para interagir
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