Relatório mostra que a Terra "pede socorro", mas ainda podemos salvar

As mudanças climáticas atingiram novos recordes em 2024, levantando alertas sobre os impactos irreversíveis que podem durar milhares de anos. No entanto, o novo relatório da Organização Meteorológica Mundial (OMM) divulgado na quarta-feira (19) aponta que ainda é possível conter o avanço do aquecimento global e minimizar os danos futuros. Mudanças climáticas podem causar 30 milhões de mortes por ano até 2100 ONU reforça urgência para salvar a Terra das mudanças climáticas De acordo com o relatório da OMM, 2024 foi o primeiro ano a ultrapassar a marca de 1,5°C acima dos níveis pré-industriais, tornando-se o ano mais quente desde que se iniciaram os registros há 175 anos. O aumento da temperatura foi impulsionado pelo acúmulo de gases de efeito estufa na atmosfera e pela transição do fenômeno La Niña para o El Niño. -Entre no Canal do WhatsApp do Canaltech e fique por dentro das últimas notícias sobre tecnologia, lançamentos, dicas e tutoriais incríveis.- Os impactos do aquecimento O relatório alerta que a concentração de dióxido de carbono atingiu os níveis mais altos dos últimos 800.000 anos. Outros pontos de impacto envolvem o derretimento da criosfera, com geleiras recuando rapidamente. O nível do mar continua subindo em ritmo preocupante e o gelo marinho da Antártida atingiu sua segunda menor extensão da história. Relatório mostra que a Terra "pede socorro", mas ainda podemos salvar (Imagem: Mikhail Nilov/Pexels) A combinação desses fatores levou a um agravamento das crises alimentares e a perdas econômicas significativas. No entanto, o secretário-geral da ONU, António Guterres, destacou que ainda é possível limitar o aumento da temperatura global a longo prazo, caso sejam adotadas medidas urgentes. Ainda podemos salvar a Terra Apesar dos desafios, o relatório enfatiza que a humanidade tem ferramentas para mitigar os impactos climáticos e evitar um cenário catastrófico. Algumas das soluções incluem: Investir em energia solar, eólica e hidrelétrica para reduzir a dependência de combustíveis fósseis; Ampliar a cobertura de monitoramento meteorológico para ajudar comunidades a se prepararem para eventos climáticos extremos;Redução das emissões de gases de efeito estufa; Preservação das florestas e biomas. A secretária-geral da OMM, Celeste Saulo, ressaltou que investimentos em serviços climáticos e meteorológicos são fundamentais para construir comunidades mais resilientes e preparadas para o futuro. "Estamos progredindo, mas precisamos agir mais rápido", afirmou. O relatório da OMM deixa um alerta claro: a Terra "pede socorro", mas ainda temos tempo para reverter esse cenário. Ações coordenadas e decisões políticas assertivas podem garantir um futuro mais seguro e sustentável para as próximas gerações. Leia também: Preocupante: mundo registra temperatura média 2 °C acima da era pré-industrial 6 impactos irreversíveis que a Terra enfrenta atualmente VÍDEO | COMO ESTARÁ SUA CIDADE DAQUI A 60 ANOS?   Leia a matéria no Canaltech.

Mar 20, 2025 - 21:19
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Relatório mostra que a Terra "pede socorro", mas ainda podemos salvar

As mudanças climáticas atingiram novos recordes em 2024, levantando alertas sobre os impactos irreversíveis que podem durar milhares de anos. No entanto, o novo relatório da Organização Meteorológica Mundial (OMM) divulgado na quarta-feira (19) aponta que ainda é possível conter o avanço do aquecimento global e minimizar os danos futuros.

De acordo com o relatório da OMM, 2024 foi o primeiro ano a ultrapassar a marca de 1,5°C acima dos níveis pré-industriais, tornando-se o ano mais quente desde que se iniciaram os registros há 175 anos.

O aumento da temperatura foi impulsionado pelo acúmulo de gases de efeito estufa na atmosfera e pela transição do fenômeno La Niña para o El Niño.

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Os impactos do aquecimento

O relatório alerta que a concentração de dióxido de carbono atingiu os níveis mais altos dos últimos 800.000 anos. Outros pontos de impacto envolvem o derretimento da criosfera, com geleiras recuando rapidamente. O nível do mar continua subindo em ritmo preocupante e o gelo marinho da Antártida atingiu sua segunda menor extensão da história.

Relatório mostra que a Terra "pede socorro", mas ainda podemos salvar (Imagem: Mikhail Nilov/Pexels)

A combinação desses fatores levou a um agravamento das crises alimentares e a perdas econômicas significativas. No entanto, o secretário-geral da ONU, António Guterres, destacou que ainda é possível limitar o aumento da temperatura global a longo prazo, caso sejam adotadas medidas urgentes.

Ainda podemos salvar a Terra

Apesar dos desafios, o relatório enfatiza que a humanidade tem ferramentas para mitigar os impactos climáticos e evitar um cenário catastrófico. Algumas das soluções incluem:

  • Investir em energia solar, eólica e hidrelétrica para reduzir a dependência de combustíveis fósseis;
  • Ampliar a cobertura de monitoramento meteorológico para ajudar comunidades a se prepararem para eventos climáticos extremos;
    Redução das emissões de gases de efeito estufa;
  • Preservação das florestas e biomas.

A secretária-geral da OMM, Celeste Saulo, ressaltou que investimentos em serviços climáticos e meteorológicos são fundamentais para construir comunidades mais resilientes e preparadas para o futuro. "Estamos progredindo, mas precisamos agir mais rápido", afirmou.

O relatório da OMM deixa um alerta claro: a Terra "pede socorro", mas ainda temos tempo para reverter esse cenário. Ações coordenadas e decisões políticas assertivas podem garantir um futuro mais seguro e sustentável para as próximas gerações.

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VÍDEO | COMO ESTARÁ SUA CIDADE DAQUI A 60 ANOS?

 

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