Satélites recém-lançados da NASA vão estudar os eletrojatos aurorais da Terra

Um trio de satélites lançados pela NASA para estudar os eletrojatos aurorais da Terra, no projeto EZIE (Electroject Zeeman Imaging Explorer), mandou sua primeira leva de dados aos cientistas. As observações iniciais, chamadas de “primeira luz”, foram descritas como promissoras em comunicado da agência americana, que espera revelar detalhes cruciais do fenômeno, que gera auroras boreais e austrais. Novas missões aprovadas pela NASA estudarão o Sol e os ventos solares na Terra Sonda da NASA "ouve" primeiros sussurros do nascimento de ventos solares Os satélites EZIE são cúbicos e pequenos, do tamanho aproximado de uma maleta, e foram lançados em 14 de março da Base da Força Espacial Vandenberg, na Califórnia, numa missão da SpaceX. Orbitando a Terra a algumas centenas de quilômetros da superfície, os aparelhos orbitais estão em uma formação chamada colar de pérolas. Eletrojatos aurorais e a missão Segundo contou Sam Yee, principal responsável pela missão, do Laboratório de Física Aplicada Johns Hopkins, em comunicado, as observações demonstram que tanto os satélites quanto os instrumentos de magnetograma de eletrojatos em microondas (MEM) a bordo estão funcionando como esperado. -Entre no Canal do WhatsApp do Canaltech e fique por dentro das últimas notícias sobre tecnologia, lançamentos, dicas e tutoriais incríveis.- Representação visual da movimentação dos satélites EZIE pela órbita terrestre, estudando o oxigênio dos eletrojatos aurorais (Imagem: NASA) Tais aparelhos medem um fenômeno chamado desdobramento Zeeman, um efeito do magnetismo sobre a radiação eletromagnética. A detecção da força e direção das correntes dos eletrojatos é feita pelo estudo das moléculas de oxigênio emitidas cerca de 16 km abaixo deles. Saber mais sobre o processo irá revelar à NASA detalhes sobre a estrutura e evolução do sistema de eletrojatos, algo ao qual cientistas nunca tiveram acesso. Os eletrojatos aurorais são correntes intensas criadas pela enorme energia transferida pelos ventos solares quando atingem a alta atmosfera terrestre. Eles empurram cerca de 1 milhão de ampères de carga elétrica ao redor dos polos magnéticos do planeta a cada segundo. O fenômeno acontece a aproximadamente 100 km de altitude, mas é responsável por algumas das maiores perturbações magnéticas da Terra, também afetando astronautas e interferindo no sinal de satélites. Segundo a NASA, o estudo dos eletrojatos tem sido prioridade há algum tempo, e o lançamento marca a primeira vez que eles serão mapeados de perto. A missão é financiada pela Divisão de Heliofísica da NASA e administrada pelo Centro Espacial Goddard, e deve, em seguida, checar as calibragens dos satélites. Caso tudo esteja bem, investigações científicas formais deverão começar no mês seguinte. Leia mais: O que a NASA quer descobrir lançando foguetes em auroras boreais? Veja imagens incríveis de fenômeno misterioso após tempestade solar "surpresa" Arco avermelhado aparece no céu após tempestade solar intensa VÍDEO: Telha Solar #Shorts #MaravilhasDaTecnologia   Leia a matéria no Canaltech.

Abr 28, 2025 - 16:59
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Satélites recém-lançados da NASA vão estudar os eletrojatos aurorais da Terra

Um trio de satélites lançados pela NASA para estudar os eletrojatos aurorais da Terra, no projeto EZIE (Electroject Zeeman Imaging Explorer), mandou sua primeira leva de dados aos cientistas. As observações iniciais, chamadas de “primeira luz”, foram descritas como promissoras em comunicado da agência americana, que espera revelar detalhes cruciais do fenômeno, que gera auroras boreais e austrais.

Os satélites EZIE são cúbicos e pequenos, do tamanho aproximado de uma maleta, e foram lançados em 14 de março da Base da Força Espacial Vandenberg, na Califórnia, numa missão da SpaceX. Orbitando a Terra a algumas centenas de quilômetros da superfície, os aparelhos orbitais estão em uma formação chamada colar de pérolas.

Eletrojatos aurorais e a missão

Segundo contou Sam Yee, principal responsável pela missão, do Laboratório de Física Aplicada Johns Hopkins, em comunicado, as observações demonstram que tanto os satélites quanto os instrumentos de magnetograma de eletrojatos em microondas (MEM) a bordo estão funcionando como esperado.

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Representação visual da movimentação dos satélites EZIE pela órbita terrestre, estudando o oxigênio dos eletrojatos aurorais (Imagem: NASA)
Representação visual da movimentação dos satélites EZIE pela órbita terrestre, estudando o oxigênio dos eletrojatos aurorais (Imagem: NASA)

Tais aparelhos medem um fenômeno chamado desdobramento Zeeman, um efeito do magnetismo sobre a radiação eletromagnética. A detecção da força e direção das correntes dos eletrojatos é feita pelo estudo das moléculas de oxigênio emitidas cerca de 16 km abaixo deles. Saber mais sobre o processo irá revelar à NASA detalhes sobre a estrutura e evolução do sistema de eletrojatos, algo ao qual cientistas nunca tiveram acesso.

Os eletrojatos aurorais são correntes intensas criadas pela enorme energia transferida pelos ventos solares quando atingem a alta atmosfera terrestre. Eles empurram cerca de 1 milhão de ampères de carga elétrica ao redor dos polos magnéticos do planeta a cada segundo.

O fenômeno acontece a aproximadamente 100 km de altitude, mas é responsável por algumas das maiores perturbações magnéticas da Terra, também afetando astronautas e interferindo no sinal de satélites.

Segundo a NASA, o estudo dos eletrojatos tem sido prioridade há algum tempo, e o lançamento marca a primeira vez que eles serão mapeados de perto. A missão é financiada pela Divisão de Heliofísica da NASA e administrada pelo Centro Espacial Goddard, e deve, em seguida, checar as calibragens dos satélites. Caso tudo esteja bem, investigações científicas formais deverão começar no mês seguinte.

Leia mais:

VÍDEO: Telha Solar #Shorts #MaravilhasDaTecnologia

 

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