O fim dos celulares: dono da Microsoft revela qual aparelho irá substituí-los

Há mais de quatro décadas, Bill Gates não apenas revolucionou a informática com o Windows, mas também se tornou um visionário capaz de antever tendências tecnológicas anos antes de se concretizarem. Seus palpites sobre educação digital, automação e inteligência artificial já moldaram o mundo atual. Agora, ele aponta para uma mudança radical: o desaparecimento dos smartphones, substituídos por uma invenção que integra tecnologia e corpo humano de um jeito nunca visto.

Aposta do cofundador da Microsoft está em uma inovação que parece saída de filmes de ficção científica: tatuagens eletrônicas. Desenvolvidas inicialmente pela Chaotic Moon, empresa comprada pela Accenture em 2015, essas tatuagens não são meros desenhos na pele. Elas funcionam como dispositivos completos, combinando sensores ultrassensíveis e uma tinta especial carregada de nanotecnologia. A proposta é simples, porém ambiciosa: transformar a pele em uma tela interativa, capaz de executar funções que hoje dependem de celulares, relógios inteligentes ou tablets.

Da Saúde à Comunicação: Um Dispositivo Sob a Pele

O conceito vai além de substituir ligações ou mensagens de texto. A tinta inteligente desses tatuagens contém partículas microscópicas que monitoram sinais vitais 24 horas por dia. Temperatura corporal, batimentos cardíacos, níveis de hidratação e até indicativos de infecção podem ser rastreados em tempo real. Se algo sair do normal, o próprio sistema envia alertas para o usuário ou diretamente para um médico, sem necessidade de aplicativos ou dispositivos adicionais.

Mas as funcionalidades não param por aí. Imagine guardar senhas, dados bancários ou documentos de identidade na própria pele, sem risco de esquecê-los ou perdê-los. Os tatuagens eletrônicos também podem servir como chaves digitais para acessar ambientes restritos ou autenticar transações financeiras, substituindo cartões e biometria. E, claro, a comunicação seria reinventada: em vez de digitar em uma tela, comandos poderiam ser ativados por gestos ou toques na região tatuada.

Sem Baterias ou Cabos: Como Isso é Possível?

A magia está na nanotecnologia embutida na tinta. Essas partículas são energeticamente eficientes, colhendo energia do movimento do corpo ou até da luz ambiente para funcionar. Os sensores, mais finos que um fio de cabelo, são aplicados como um adesivo temporário ou de forma semipermanente, dependendo da necessidade do usuário. E, ao contrário de implantes ou chips subcutâneos, não exigem procedimentos invasivos — basta uma aplicação similar à de uma tatuagem convencional.

Outro diferencial é a praticidade. Sem telas para carregar ou dispositivos para perder, a interação com a tecnologia se tornaria mais intuitiva. Conferir a previsão do tempo, ler notícias ou controlar dispositivos da casa inteligente poderiam ser feitos com um simples toque no braço ou no pulso, onde os dados seriam projetados em forma de holograma ou exibidos em uma superfície próxima.

O Fim da Era dos Smartphones?

Embora a ideia ainda esteja em fase de testes, o apoio de Gates dá peso à sua viabilidade. Empresas como Accenture e outras startups já trabalham para resolver desafios, como a durabilidade da tinta e a segurança dos dados — afinal, ter informações sensíveis na pele exigiria criptografia à prova de hackers.

Se o plano der certo, em alguns anos, carregar um celular no bolso pode parecer tão obsoleto quanto usar um walkman nos anos 2000. A mudança não seria apenas tecnológica, mas cultural: o corpo humano se tornaria a próxima fronteira da inovação, eliminando barreiras entre o físico e o digital. E, como já aconteceu com outras previsões de Gates, é melhor ficar de olho — o futuro pode estar mais próximo do que imaginamos.

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