Starlink tem um novo rival: como funciona o Taara, a internet por satélite da Google?

Em um mundo cada vez mais conectado, milhões de pessoas ainda vivem sem acesso à internet, especialmente em áreas isoladas… Esse Starlink tem um novo rival: como funciona o Taara, a internet por satélite da Google? foi publicado primeiro no Misterios do Mundo. Cópias não são autorizadas.

Abr 19, 2025 - 16:26
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Starlink tem um novo rival: como funciona o Taara, a internet por satélite da Google?
Taara

Em um mundo cada vez mais conectado, milhões de pessoas ainda vivem sem acesso à internet, especialmente em áreas isoladas onde a infraestrutura de telecomunicações é precária ou inexistente. Enquanto cidades grandes desfrutam de conexões ultrarrápidas, regiões rurais ou de difícil acesso enfrentam desafios como a falta de cabos de fibra óptica ou torres de transmissão. Para resolver esse problema, duas tecnologias emergentes estão competindo para levar a rede global a todos os cantos do planeta: os satélites da Starlink e os feixes de luz da Taara Lightbridge, desenvolvida pela Alphabet, empresa controladora do Google.

A Starlink, criada pela SpaceX de Elon Musk, foi uma das primeiras soluções inovadoras a ganhar destaque. O projeto utiliza uma rede de satélites em órbita baixa para transmitir sinais de internet a locais remotos. Com milhares de satélites já lançados, o sistema oferece cobertura global, mas enfrenta críticas pelo custo elevado de instalação e assinatura, além da necessidade constante de lançar novos satélites para manter a rede estável. Apesar disso, o serviço se tornou uma opção viável para quem vive longe dos centros urbanos.

Taara

Porém, uma nova tecnologia está surgindo como alternativa promissora. A Taara Lightbridge, desenvolvida pela X — divisão de inovação da Alphabet —, usa feixes de luz laser invisíveis para transmitir dados. A ideia surgiu de um projeto anterior que buscava conectar regiões por meio de balões estratosféricos, mas evoluiu para uma solução mais prática.

A Taara dispensa cabos e satélites: basta instalar duas unidades do tamanho de semáforos em pontos estratégicos, como topos de prédios ou torres, para criar um link de comunicação. Sensores e espelhos de alta precisão ajustam automaticamente os feixes de luz, que têm a espessura de um lápiz, garantindo a transmissão mesmo em condições desafiadoras, como ventos fortes ou pequenos obstáculos.

Um exemplo emblemático ocorreu na África, onde o Rio Congo separa as cidades de Brazzaville (República do Congo) e Kinshasa (República Democrática do Congo). Instalar cabos de fibra óptica sob o rio seria caro e complexo, mas a Taara resolveu o problema com um link de 5 quilômetros entre as duas margens. A conexão, estável e de alta velocidade, permitiu que moradores das duas cidades acessassem serviços essenciais, como educação e saúde online, sem depender de infraestrutura física.

Taara

A tecnologia laser da Taara alcança velocidades de até 20 gigabits por segundo em distâncias de até 20 quilômetros — desempenho comparável ao da fibra óptica tradicional. Além disso, consome pouca energia, equivalente a uma lâmpada de 40 watts, e pode ser instalada em horas, diferentemente dos meses necessários para estender cabos subterrâneos. Isso a torna ideal não só para áreas remotas, mas também para eventos temporários, como o festival Coachella, nos EUA, onde complementou a rede de telefonia durante o grande fluxo de pessoas.

Enquanto a Starlink depende de satélites que exigem lançamentos frequentes — um processo caro e logístico —, a Taara reduz custos ao usar equipamentos terrestres reutilizáveis e de fácil reposicionamento. A Alphabet afirma que sua solução pode ser até dez vezes mais barata que a fibra óptica em certos casos, um diferencial importante para comunidades com recursos limitados. Atualmente, a tecnologia já opera em 12 países, incluindo Índia e Quênia, com planos de expansão contínua.

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A competição entre essas duas abordagens reflete a busca por soluções diversificadas para um mesmo problema. Enquanto satélites cobrem vastas áreas com menos dependência de infraestrutura local, os lasers oferecem velocidade e economia em distâncias menores. O desafio agora é tornar ambas as tecnologias acessíveis em escala global, garantindo que, em um futuro próximo, nenhuma região fique offline por falta de opções.

Esse Starlink tem um novo rival: como funciona o Taara, a internet por satélite da Google? foi publicado primeiro no Misterios do Mundo. Cópias não são autorizadas.