Impressões: Rematch se apresenta de forma interessante e diferente dentro do gênero de esportes nos games

Revelado em dezembro de 2024, Rematch é a nova aposta da Sloclap — conhecida por títulos como Absolver e Sifu — no mercado de jogos. Focada tradicionalmente em experiências de ação, a desenvolvedora busca agora conquistar um novo público: os fãs de futebol que procuram alternativas às franquias consolidadas da EA e da Konami, que dominam o mercado quando o assunto são jogos baseados no esporte mais popular do mundo.A convite da Sloclap, tivemos acesso antecipado ao teste do jogo, que está disponível em um teste técnico aberto gratuitamente neste fim de semana para todos os jogadores no PC via Steam — caso você esteja lendo este artigo na data de publicação. Para jogar, basta acessar a página do game na plataforma, instalar e aproveitar. Se quiser saber mais sobre essa mistura inusitada de pancadaria e futebol, confira nossas impressões a seguir.Bola cheiaNa ocasião de sua revelação no ano passado, Rematch chamou a atenção, especialmente, de jogadores que sentem falta de títulos como o saudoso FIFA Street, também da EA, que está ausente do mercado há bastante tempo. O anúncio surpreendeu muita gente — incluindo este que vos escreve — por se tratar de um projeto do mesmo estúdio responsável pelo premiado Sifu, título de ação já coberto aqui no GameBlast.A proposta de Rematch é oferecer uma versão mais informal e descontraída dos jogos de futebol, voltada para quem não se identifica com as opções tradicionais do gênero. As partidas são disputadas entre times de quatro ou cinco jogadores, e o objetivo, naturalmente, é marcar mais gols do que o adversário.Embora siga a estrutura de um jogo de futebol, algumas regras tornam a experiência mais dinâmica, ágil e divertida. Todos os jogadores podem atuar tanto no ataque quanto na defesa, sem posições fixas. Se alguém quiser assumir o papel de goleiro, basta recuar até a grande área, colocar as luvas e proteger a meta como um verdadeiro defensor. Da mesma forma, caso o time prefira adotar uma postura mais ofensiva, com todos pressionando o campo adversário, isso também é possível. Só não se esqueçam de cuidar do próprio gol de vez em quando.Os campos de jogo apresentam cenários variados, como florestas, coliseus e desertos, oferecendo um toque visual diferenciado a cada partida. Também é possível ver a torcida nas arquibancadas, se o jogador desejar, adicionando um elemento extra de imersão à experiência. Quando um gol é marcado, uma animação deslubrante deixa o momento mais mágico, com o intuito de dar ao jogador uma maior sensação de recompensa por ter marcado um ponto para seu time.O maior destaque de Rematch está em sua jogabilidade. A partida é conduzida a partir de uma perspectiva em terceira pessoa, permitindo movimentação livre pelo campo e colaboração com o time.Os controles são bastante responsivos, permitindo executar dribles, corridas e chutes com facilidade. No entanto, é necessário um bom tempo de prática para dominá-los. Como em qualquer esporte, o domínio das mecânicas exige treino, assim como um jogador precisa se dedicar para controlar bem a bola e brilhar dentro das quatro linhas.Cartão amareloÉ justamente na jogabilidade que Rematch carrega sua maior responsabilidade. Não que ela seja ruim, longe disso. Mas o fato de exigir bastante do jogador para que a experiência seja aproveitada ao máximo pode ser um fator decisivo na hora de construir uma comunidade sólida após o lançamento, previsto para junho.A Sloclap nos forneceu chaves de acesso, e tive a oportunidade de disputar algumas partidas com meus colegas de redação, Alec Oliveira e Matheus Senna. Todos concordamos em um ponto: o jogo é divertido, mas os controles têm um nível de complexidade que exige dedicação para aproveitá-lo de forma mais plena e agradável.Durante as partidas, é necessário se movimentar pelo campo enquanto se ajusta a câmera constantemente para manter uma boa noção do que está acontecendo ao redor — seja para pedir um passe, armar um contra-ataque, fazer um cruzamento ou recuar no momento certo.Além disso, na hora de executar passes longos ou chutar para o gol, é preciso ajustar a mira, quase como em um jogo de tiro em primeira pessoa. O chute, que é realizado com o gatilho direito do controle (RT/R2), exige precisão tanto na força quanto na direção, com uso do analógico ou do mouse para dar efeito à bola.Em algumas partidas, consegui realizar jogadas bem interessantes. Em outras, ainda me atrapalhei com os comandos, principalmente devido ao ritmo frenético. Muitas vezes, mal dominava a bola e já era desarmado com um carrinho ou cometia erros em tentativas frustradas de passe ou finalização.Talvez a inclusão de um modo com controles mais simplificados ajudasse nesse aspecto — especialmente para iniciantes como eu, que não têm tanta familiaridade com jogos de futebol. Um suporte básico permitiria aos novatos se ambientar melhor e, aos poucos, evoluir na jogabilidade. Já que até jogos de luta oferecem esse tipo de assistência, acho válido levantar essa sugestão.Vale destacar qu

Abr 19, 2025 - 18:10
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Impressões: Rematch se apresenta de forma interessante e diferente dentro do gênero de esportes nos games
Revelado em dezembro de 2024, Rematch é a nova aposta da Sloclap — conhecida por títulos como Absolver e Sifu — no mercado de jogos. Focada tradicionalmente em experiências de ação, a desenvolvedora busca agora conquistar um novo público: os fãs de futebol que procuram alternativas às franquias consolidadas da EA e da Konami, que dominam o mercado quando o assunto são jogos baseados no esporte mais popular do mundo.

A convite da Sloclap, tivemos acesso antecipado ao teste do jogo, que está disponível em um teste técnico aberto gratuitamente neste fim de semana para todos os jogadores no PC via Steam — caso você esteja lendo este artigo na data de publicação. Para jogar, basta acessar a página do game na plataforma, instalar e aproveitar. Se quiser saber mais sobre essa mistura inusitada de pancadaria e futebol, confira nossas impressões a seguir.

Bola cheia

Na ocasião de sua revelação no ano passado, Rematch chamou a atenção, especialmente, de jogadores que sentem falta de títulos como o saudoso FIFA Street, também da EA, que está ausente do mercado há bastante tempo. O anúncio surpreendeu muita gente — incluindo este que vos escreve — por se tratar de um projeto do mesmo estúdio responsável pelo premiado Sifu, título de ação já coberto aqui no GameBlast.

A proposta de Rematch é oferecer uma versão mais informal e descontraída dos jogos de futebol, voltada para quem não se identifica com as opções tradicionais do gênero. As partidas são disputadas entre times de quatro ou cinco jogadores, e o objetivo, naturalmente, é marcar mais gols do que o adversário.

Embora siga a estrutura de um jogo de futebol, algumas regras tornam a experiência mais dinâmica, ágil e divertida. Todos os jogadores podem atuar tanto no ataque quanto na defesa, sem posições fixas. Se alguém quiser assumir o papel de goleiro, basta recuar até a grande área, colocar as luvas e proteger a meta como um verdadeiro defensor. Da mesma forma, caso o time prefira adotar uma postura mais ofensiva, com todos pressionando o campo adversário, isso também é possível. Só não se esqueçam de cuidar do próprio gol de vez em quando.

Os campos de jogo apresentam cenários variados, como florestas, coliseus e desertos, oferecendo um toque visual diferenciado a cada partida. Também é possível ver a torcida nas arquibancadas, se o jogador desejar, adicionando um elemento extra de imersão à experiência. Quando um gol é marcado, uma animação deslubrante deixa o momento mais mágico, com o intuito de dar ao jogador uma maior sensação de recompensa por ter marcado um ponto para seu time.

O maior destaque de Rematch está em sua jogabilidade. A partida é conduzida a partir de uma perspectiva em terceira pessoa, permitindo movimentação livre pelo campo e colaboração com o time.

Os controles são bastante responsivos, permitindo executar dribles, corridas e chutes com facilidade. No entanto, é necessário um bom tempo de prática para dominá-los. Como em qualquer esporte, o domínio das mecânicas exige treino, assim como um jogador precisa se dedicar para controlar bem a bola e brilhar dentro das quatro linhas.

Cartão amarelo

É justamente na jogabilidade que Rematch carrega sua maior responsabilidade. Não que ela seja ruim, longe disso. Mas o fato de exigir bastante do jogador para que a experiência seja aproveitada ao máximo pode ser um fator decisivo na hora de construir uma comunidade sólida após o lançamento, previsto para junho.

A Sloclap nos forneceu chaves de acesso, e tive a oportunidade de disputar algumas partidas com meus colegas de redação, Alec Oliveira e Matheus Senna. Todos concordamos em um ponto: o jogo é divertido, mas os controles têm um nível de complexidade que exige dedicação para aproveitá-lo de forma mais plena e agradável.

Durante as partidas, é necessário se movimentar pelo campo enquanto se ajusta a câmera constantemente para manter uma boa noção do que está acontecendo ao redor — seja para pedir um passe, armar um contra-ataque, fazer um cruzamento ou recuar no momento certo.

Além disso, na hora de executar passes longos ou chutar para o gol, é preciso ajustar a mira, quase como em um jogo de tiro em primeira pessoa. O chute, que é realizado com o gatilho direito do controle (RT/R2), exige precisão tanto na força quanto na direção, com uso do analógico ou do mouse para dar efeito à bola.

Em algumas partidas, consegui realizar jogadas bem interessantes. Em outras, ainda me atrapalhei com os comandos, principalmente devido ao ritmo frenético. Muitas vezes, mal dominava a bola e já era desarmado com um carrinho ou cometia erros em tentativas frustradas de passe ou finalização.

Talvez a inclusão de um modo com controles mais simplificados ajudasse nesse aspecto — especialmente para iniciantes como eu, que não têm tanta familiaridade com jogos de futebol. Um suporte básico permitiria aos novatos se ambientar melhor e, aos poucos, evoluir na jogabilidade. Já que até jogos de luta oferecem esse tipo de assistência, acho válido levantar essa sugestão.

Vale destacar que Rematch conta com um modo de treino, ideal para quem quer se familiarizar com os comandos e aperfeiçoar suas habilidades. Confesso que passei um bom tempo ali, o que me ajudou a melhorar meu entrosamento nas partidas.

A rotina da bola

Em nosso teste de Rematch, tivemos acesso aos modos multiplayer online, com partidas casuais e ranqueadas, nos dois formatos disponíveis: 4v4 e 5v5. A diferença de apenas um jogador por time é significativa e influencia diretamente no ritmo da partida, que pode se tornar mais longa ou mais intensa — seja pelo tempo ou pelo nível de habilidade dos participantes. Encontrar partidas com boa qualidade de conexão foi o padrão durante meu tempo dentro do jogo.

É possível criar seu próprio avatar, com visuais únicos e extravagantes que refletem sua personalidade no jogo. Também é possível personalizar o esquema de cores do uniforme, o que adiciona um toque extra de identidade à experiência.

Os tradicionais passes de temporada estão presentes e oferecem recompensas na forma de itens cosméticos, como roupas, penteados, acessórios e até personalizações para o título de perfil do jogador. Além disso, há uma loja com itens exclusivos, que podem ser adquiridos com a moeda virtual do jogo ou com dinheiro real — ponto que, pessoalmente, não me agradou muito.

Apesar de adotar mecânicas comuns em jogos gratuitos, Rematch será lançado como um título pago — com preço acessível, é verdade, mas ainda assim pago. Modelos de monetização como esse fazem mais sentido em jogos free-to-play, e confesso que ainda tenho certa resistência a esse tipo de abordagem quando o jogo já exige uma compra inicial. Como todos os itens são puramente estéticos, resolvi relevar, mas fica o registro.

De toda forma, o que realmente me conquistou em Rematch foi sua jogabilidade ágil e divertida, apesar de os controles ainda apresentarem margem para melhorias — especialmente pensando em jogadores menos experientes. A apresentação do jogo também merece elogios, reforçando que este não é apenas “mais um jogo de futebol”. Ele tem identidade própria e carisma, o que é um diferencial importante em um gênero que, há tempos, carece de novidades.

Olha o que ela (a Sloclap) fez!

Rematch já demonstra potencial para conquistar um espaço próprio dentro do cenário competitivo e descontraído dos jogos de futebol alternativos. Sua proposta ousada, que mistura ação rápida com liberdade tática, entrega uma experiência refrescante e cheia de personalidade dentro de um gênero que dificilmente mostra novidades.


Mesmo com alguns pontos que podem afastar jogadores mais casuais — como a curva de aprendizado acentuada e o sistema de monetização questionável para um jogo pago —, a base sólida de jogabilidade e o cuidado visual demonstram que a Sloclap está apostando alto em algo diferente, e isso por si só já merece atenção.

Se continuar evoluindo até o lançamento oficial, ouvindo a comunidade e refinando suas mecânicas, Rematch pode se tornar uma escolha interessante para quem procura algo novo no mundo dos games esportivos. Pode não ser um gol de placa ainda, mas está claramente dentro da grande área, pronto para surpreender.

E, novamente, se você está conferindo este texto de impressões na data da publicação, não deixe de experimentar o jogo durante o fim de semana de testes que está rolando até o dia 21 de abril.

Rematch será lançado para PC, PlayStation 5 e Xbox Series em 19 de junho.
Revisão: Heloísa D’Assumpção Ballaminut
Texto de impressões produzido com chave de acesso cedida pela Kepler Interactive