Um continente está se dividindo em dois, a rachadura já é visível e um novo oceano está se formando

Imagine um continente inteiro se partindo lentamente, dando origem a um novo oceano. Parece cenário de filme, mas é realidade na África Oriental, onde forças geológicas estão remodelando o mapa do planeta. Uma gigantesca fenda, que se estende por mais de 6.000 quilômetros, corta países como Etiópia, Quênia e Moçambique, revelando um processo que transformará […] Esse Um continente está se dividindo em dois, a rachadura já é visível e um novo oceano está se formando foi publicado primeiro no Misterios do Mundo. Cópias não são autorizadas.

Mai 7, 2025 - 18:57
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Um continente está se dividindo em dois, a rachadura já é visível e um novo oceano está se formando
Um continente está se dividindo em dois, a rachadura já é visível e um novo oceano está se formando

Imagine um continente inteiro se partindo lentamente, dando origem a um novo oceano. Parece cenário de filme, mas é realidade na África Oriental, onde forças geológicas estão remodelando o mapa do planeta. Uma gigantesca fenda, que se estende por mais de 6.000 quilômetros, corta países como Etiópia, Quênia e Moçambique, revelando um processo que transformará a região nos próximos milhões de anos.

Esse fenômeno, conhecido como Sistema do Vale do Rift Africano, é uma das áreas geologicamente mais ativas do mundo. Nele, três placas tectônicas — a Africana, a Somali e a Arábica — estão se afastando desde que os dinossauros dominavam a Terra, há cerca de 25 milhões de anos. O movimento, quase imperceptível a olho nu, já criou vales profundos, lagos extensos e até cadeias de montanhas vulcânicas. O Monte Kilimanjaro, o ponto mais alto da África, é um exemplo dessas formações espetaculares.

Um futuro oceano em formação

A região mais crítica dessa divisão é o Chifre da África, que inclui países como Somália e Etiópia. Ali, o continente está se desprendendo a uma velocidade de 2 a 5 centímetros por ano. Para comparação, isso é mais rápido do que o crescimento das unhas humanas.

A longo prazo, estima-se que o pedaço de terra que hoje forma o Chifre da África se tornará uma imensa ilha, separada do resto do continente por um braço de mar. Com o tempo, esse mar pode se expandir e se conectar a outras massas de água, formando um oceano totalmente novo.

Um continente está se dividindo em dois, a rachadura já é visível e um novo oceano está se formando

Um evento geológico que surpreendeu cientistas

Em 2005, um tremor de terra na região de Afar, na Etiópia, acelerou o processo de forma dramática. Em apenas dez dias, o solo se abriu por 60 quilômetros, criando uma fissura de até 8 metros de largura. Em alguns pontos, o terreno cedeu 2 metros de uma só vez — um deslocamento que normalmente levaria séculos. O evento mostrou que a separação do continente pode ocorrer em saltos repentinos, e não apenas de forma lenta e constante.

Um continente está se dividindo em dois, a rachadura já é visível e um novo oceano está se formando

Impactos além da geologia

A região do Rift Africano não é importante apenas para cientistas. Ela abriga ecossistemas únicos, como o lago Vitória e o deserto de Danakil, e está próxima ao Canal de Suez, rota vital para o comércio global. Se a divisão continuar, pode alterar rotas marítimas, afetar a biodiversidade local e até modificar o clima da região.

Enquanto isso, o Vale do Rift segue oferecendo um laboratório natural para estudar a Terra. Vulcões em atividade, fontes termais e lagos salgados revelam como o planeta se transforma sob nossos pés. Para os moradores da região, as mudanças já são parte do cotidiano: estradas que precisam ser reconstruídas, poços que secam e novas fontes de água que surgem do nada.

A divisão da África é um lembrete de que a Terra nunca para de se reinventar. E, embora o novo oceano só esteja completo daqui a 5 a 10 milhões de anos, cada tremor, cada rachadura no solo, conta uma parte dessa história geológica em andamento.

Esse Um continente está se dividindo em dois, a rachadura já é visível e um novo oceano está se formando foi publicado primeiro no Misterios do Mundo. Cópias não são autorizadas.