Xiaomi no Brasil: o real motivo para lançarem celular 4G aqui

Distribuidora DL conversou com representantes do varejo antes de tomar a decisão. Ausência de royalties também barateia o produto. Xiaomi no Brasil: o real motivo para lançarem celular 4G aqui

Fev 17, 2025 - 18:41
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Xiaomi no Brasil: o real motivo para lançarem celular 4G aqui
Resumo
  • O mercado brasileiro ainda apresenta demanda por celulares 4G devido à avaliação das redes de varejo e contentamento dos consumidores com o uso combinado de Wi-Fi e 4G.
  • A ausência de tecnologias 5G, como antenas e patentes, permite redução de custos nos smartphones 4G, tornando-os mais acessíveis.
  • Cada mercado possui especificidades, como o rápido avanço do 5G na China e uma preferência por armazenamentos menores na Europa.

A gigante chinesa Xiaomi continua lançando celular 4G no Brasil, mesmo com o interesse crescente pelo 5G. Qual o motivo disso? “Pode até parecer deslocado da realidade”, admite Luciano Barbosa, gerente de operações da DL, distribuidora responsável pelas vendas. São dois: real demanda e valores mais baixos.

Tome como exemplo a linha Redmi Note 14. Lançada no fim de janeiro, conta com versão mais básica compatível apenas com conexão 4G, pelo preço sugerido de R$ 2.499.

Barbosa nos garante que a decisão de fazer o lançamento do Redmi Note 14 4G por aqui passa por uma avaliação do mercado brasileiro. “As redes de varejo nos sinalizaram que há sim demanda para telefone 4G”, conta o executivo. A DL se reuniu com grandes marcas antes de bater o martelo sobre a mais recente linha Redmi. Ele falou ao Tecnoblog com exclusividade.

Barbosa nos conta que parte dos consumidores está contente com a disponibilidade do Wi-Fi, em complemento ao 4G do telefone. Sendo assim, não têm uma rotina que exija as velocidades mais altas prometidas pelo 5G.

Ele ainda diz que a ausência de antena e outras tecnologias do 5G ajuda a reduzir o preço do produto, já que a fabricante não precisa pagar certos royalties.

Empresas como Qualcomm, Nokia, Ericsson, Huawei e InterDigital possuem patentes fundamentais para a tecnologia 5G. Ou seja, elas podem receber um percentual ou uma taxa fixa para cada smartphone 5G vendido no planeta. A gigante chinesa Huawei definiu um teto de US$ 2,50 por unidade.

O dirigente da DL avalia que cada mercado tem suas peculiaridades. Na China, por exemplo, todas as fabricantes correram para o 5G. Mais recentemente, porém, notou-se uma maior disponibilidade de modelos com a conexão anterior. Já na Europa há maior apetite por modelos com armazenamento considerado baixo para o gosto do brasileiro: 128 GB.

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