Antiga profecia vem à tona após a morte do Papa Francisco, aos 81 anos
Nos últimos dias, um antigo texto profético voltou a circular na internet, gerando debates e especulações. A questão em pauta… Esse Antiga profecia vem à tona após a morte do Papa Francisco, aos 81 anos foi publicado primeiro no Misterios do Mundo. Cópias não são autorizadas.


Nos últimos dias, um antigo texto profético voltou a circular na internet, gerando debates e especulações. A questão em pauta é uma suposta previsão que indicaria o Papa Francisco como o último líder da Igreja Católica. O assunto ganhou força após anúncios recentes sobre o falecimento do pontífice, aos 88 anos, em 2025, e a preparação do conclave para escolher seu sucessor. Mas o que há de verdade por trás dessa história?
A chamada Profecia dos Papas é um documento que surgiu no século XVI, atribuído a São Malaquias, um arcebispo irlandês do século XII. O texto, publicado em 1595 por um monge beneditino chamado Arnold de Wyon, lista 112 frases enigmáticas que descreveriam cada papa desde Celestino II, eleito em 1143, até um suposto fim da linhagem. A última figura mencionada é identificada como Petrus Romanus (Pedro, o Romano), associada a um período de tribulações e à destruição de Roma, seguida por um “juiz terrível” que julgaria a humanidade.
A conexão com o Papa Francisco surge de interpretações que o colocam como o 112º nome da lista, encerrando o ciclo. Entretanto, especialistas alertam: o documento é amplamente considerado uma falsificação. O padre James Weiss, professor de história da Igreja, explica que as descrições após 1590 são vagas e forçadas, com tentativas de encaixar características de papas modernos em frases genéricas. Além disso, a contagem que inclui Francisco como o 112º papa considera “antipapas” — figuras não reconhecidas oficialmente pela Igreja —, o que distorce a numeração tradicional.
A Profecia dos Papas ganhou notoriedade em parte por seu tom apocalíptico. A menção à “cidade das sete colinas” (Roma) e ao “fim dos tempos” alimentou teorias sobre o fim da Igreja ou até do mundo. No entanto, estudiosos ressaltam que o trecho final pode ser uma metáfora para crises políticas ou religiosas, não necessariamente um evento cósmico. Weiss lembra que, no contexto histórico do século XVI, era comum usar linguagem simbólica para criticar autoridades ou expressar medos sociais.

A profecia dos papas foi desprezada por especialistas (Wikimedia)
Enquanto as discussões sobre a profecia se espalham, o Vaticano segue os protocolos tradicionais. Com a morte de Francisco, o conclave — reunião de cardeais para eleger o novo papa — está marcado para começar na Capela Sistina. O processo é cercado de ritualismo: os cardeais ficam isolados até que um nome atinja dois terços dos votos. O resultado é anunciado por uma fumaça branca que sai de uma chaminé, enquanto a fumaça preta indica votação inconclusiva.
Entre os possíveis candidatos, nomes como Pietro Parolin (secretário de Estado do Vaticano), Peter Erdö (arcebispo de Budapeste), Jean-Marc Aveline (arcebispo de Marselha) e Pierbattista Pizzaballa (patriarca latino de Jerusalém) são citados. A escolha, porém, é imprevisível. O último conclave, em 2013, elegeu Francisco em apenas dois dias, mas há registros históricos de votações que duraram meses.
Curiosamente, a profecia de São Malaquias descreve o 112º papa como “Pedro, o Romano”, o que levou alguns a especularem que o próximo pontífice adotaria esse nome. Francisco, cujo nome de batismo é Jorge Mario Bergoglio, escolheu homenagear São Francisco de Assis, marcando um papado voltado para humildade e justiça social. Caso um futuro papa adote o nome Pedro, seria a primeira vez em mais de mil anos — o último foi Pedro de Bracara, no século VI, não reconhecido oficialmente.
Apesar do clima de mistério, o Vaticano não comentou oficialmente as teorias. Para a maioria dos historiadores, a Profecia dos Papas é uma curiosidade sem base factual, criada possivelmente para influenciar eleições papais do passado. Ainda assim, o fascínio por previsões e finais dramáticos mantém o tema vivo, especialmente em momentos de transição.
Enquanto os cardeais se preparam para entrar em conclave, o mundo acompanha os passos do processo. Seja qual for o resultado, uma coisa é certa: a eleição de um novo papa continuará a misturar tradição, espiritualidade e, inevitavelmente, um pouco de especulação humana.
Esse Antiga profecia vem à tona após a morte do Papa Francisco, aos 81 anos foi publicado primeiro no Misterios do Mundo. Cópias não são autorizadas.