Cicatrizes de dinossauros de Brasil e Argentina revelam comportamento agressivo
Um estudo conduzido por paleontólogos da Universidade Federal de Santa Maria (UFSM), no Rio Grande do Sul, apresentou as evidências mais antigas de brigas entre dinossauros. Os pesquisadores chegaram às conclusões após a análise de fósseis de herrerassaurídeos do Brasil e da Argentina. Quanto tempo leva para um fóssil se formar? Fósseis revelam que parente pré-histórico dos humanos era pequeno e vulnerável Fósseis de criaturas de 470 milhões de anos são achados na França O estudo relacionado aos dinossauros carnívoros de grande porte foi divulgado no final de março no periódico científico The Science of Nature, e contou com a participação de um cientista argentino da Universidade Nacional de San Juan, na Argentina. Os pesquisadores encontraram marcas de lesões nos ossos dos herrerassaurídeos, grupo de predadores que viveu há cerca de 230 milhões de anos, durante o período Triássico. De acordo com a pesquisa, 43% dos crânios analisados apresentavam sinais de ferimentos cicatrizados. -Entre no Canal do WhatsApp do Canaltech e fique por dentro das últimas notícias sobre tecnologia, lançamentos, dicas e tutoriais incríveis.- Lesões ainda em vida Os sinais de cicatrização encontrados pelos paleontólogos nos fósseis indicam que as lesões foram causadas enquanto os animais ainda estavam vivos, visto que os ossos chegaram a iniciar o processo de regeneração. Além disso, a concentração dos ferimentos na cabeça dos dinossauros indica que os herrerassaurídeos já apresentavam comportamento agressivo, algo que antes era atribuído somente a animais que viveram há menos tempo na Terra, como terópodes do grupo do T. rex. Importância das descobertas Os resultados apresentados pelos cientistas revelam que as interações agressivas entre os herrerassaurídeos não era rara, mas sim que fazia parte do cotidiano destes animais na disputa por territórios, comida ou parceiros, por exemplo. As cicatrizes também podem auxiliar no entendimento relacionado à evolução das características ósseas desses dinossauros. Em predadores do período Jurássico e Cretáceo, os maiores animais apresentavam maior diversidade de estruturas cranianas, possivelmente fruto de disputas no dia a dia. Segundo os paleontólogos, as cicatrizes encontradas nos ossos dos dinossauros do período Triássico são como vestígios fossilizados que indicam determinados comportamentos, e que dão novas pistas para estudos que buscam compreender como era a vida destes animais há milhões de anos. Confira a íntegra do estudo no The Science of Nature. Leia mais: Encontrados fósseis de trilobitas mais preservados até agora Fósseis de 565 milhões de anos registram momento chave da evolução Fósseis incríveis, incluindo um peixe preservado em 3D, são achados em fazenda VÍDEO | ROBÔ TARTARUGA Leia a matéria no Canaltech.

Um estudo conduzido por paleontólogos da Universidade Federal de Santa Maria (UFSM), no Rio Grande do Sul, apresentou as evidências mais antigas de brigas entre dinossauros. Os pesquisadores chegaram às conclusões após a análise de fósseis de herrerassaurídeos do Brasil e da Argentina.
- Quanto tempo leva para um fóssil se formar?
- Fósseis revelam que parente pré-histórico dos humanos era pequeno e vulnerável
- Fósseis de criaturas de 470 milhões de anos são achados na França
O estudo relacionado aos dinossauros carnívoros de grande porte foi divulgado no final de março no periódico científico The Science of Nature, e contou com a participação de um cientista argentino da Universidade Nacional de San Juan, na Argentina.
Os pesquisadores encontraram marcas de lesões nos ossos dos herrerassaurídeos, grupo de predadores que viveu há cerca de 230 milhões de anos, durante o período Triássico. De acordo com a pesquisa, 43% dos crânios analisados apresentavam sinais de ferimentos cicatrizados.
-
Entre no Canal do WhatsApp do Canaltech e fique por dentro das últimas notícias sobre tecnologia, lançamentos, dicas e tutoriais incríveis.
-
Lesões ainda em vida
Os sinais de cicatrização encontrados pelos paleontólogos nos fósseis indicam que as lesões foram causadas enquanto os animais ainda estavam vivos, visto que os ossos chegaram a iniciar o processo de regeneração.
Além disso, a concentração dos ferimentos na cabeça dos dinossauros indica que os herrerassaurídeos já apresentavam comportamento agressivo, algo que antes era atribuído somente a animais que viveram há menos tempo na Terra, como terópodes do grupo do T. rex.
Importância das descobertas
Os resultados apresentados pelos cientistas revelam que as interações agressivas entre os herrerassaurídeos não era rara, mas sim que fazia parte do cotidiano destes animais na disputa por territórios, comida ou parceiros, por exemplo.
As cicatrizes também podem auxiliar no entendimento relacionado à evolução das características ósseas desses dinossauros. Em predadores do período Jurássico e Cretáceo, os maiores animais apresentavam maior diversidade de estruturas cranianas, possivelmente fruto de disputas no dia a dia.
Segundo os paleontólogos, as cicatrizes encontradas nos ossos dos dinossauros do período Triássico são como vestígios fossilizados que indicam determinados comportamentos, e que dão novas pistas para estudos que buscam compreender como era a vida destes animais há milhões de anos.
Confira a íntegra do estudo no The Science of Nature.
Leia mais:
- Encontrados fósseis de trilobitas mais preservados até agora
- Fósseis de 565 milhões de anos registram momento chave da evolução
- Fósseis incríveis, incluindo um peixe preservado em 3D, são achados em fazenda
VÍDEO | ROBÔ TARTARUGA
Leia a matéria no Canaltech.