EUA teriam construído cidade subterrânea de US$ 21 trilhões para abrigar os ricos em caso de ‘quase extinção’

Enquanto o mundo acompanha tensões geopolíticas — como a rivalidade comercial entre Estados Unidos e China, a guerra na Ucrânia e os conflitos no Oriente Médio —, uma revelação surpreendente trouxe à tona um mistério que parece saído de filmes de ficção científica. De acordo com Catherine Austin Fitts, ex-funcionária pública dos EUA, o governo americano estaria escondendo uma rede de cidades subterrâneas ultrasecretas, construídas com um orçamento astronômico: US$ 21 trilhões.

Fitts, que ocupou o cargo de Secretária Adjunta de Habitação e Desenvolvimento Urbano durante o governo de George H.W. Bush (1989-1990), fez a declaração em um podcast recente. Ela citou um relatório de 2017, elaborado pelo economista Mark Skidmore, da Universidade Estadual de Michigan, que analisou gastos não autorizados pelo Congresso americano entre 1998 e 2017. O valor, segundo o estudo, seria equivalente a 54 vezes o orçamento anual do Exército dos EUA, que gira em torno de US$ 122 bilhões.

A ex-funcionária passou anos investigando para onde esse dinheiro teria sido direcionado. Sua conclusão? Uma rede de 170 bases subterrâneas, espalhadas pelo território americano, incluindo estruturas sob oceanos e possíveis sistemas de transporte clandestinos. “Essas instalações não são apenas bunkers simples. Estamos falando de infraestruturas complexas, quase como cidades autossustentáveis”, afirmou Fitts.

Mas qual seria o objetivo de algo tão grandioso? Segundo ela, as bases serviriam para dois propósitos principais: proteger a elite governamental e militar em caso de um evento catastrófico — como uma guerra nuclear ou uma pandemia global — e abrigar projetos sigilosos, como programas espaciais secretos. “Se você está desenvolvendo tecnologia que não pode ser exposta, precisa de locais isolados, longe de olhares curiosos”, explicou.

A existência dessas estruturas ganhou mais força com uma investigação do *Washington Post* em 2010, intitulada “América Ultra Secreta”. O projeto mapeou instalações classificadas como “top secret” construídas após o Ato Patriota, lei aprovada após os ataques de 11 de setembro de 2001. Os repórteres descobriram uma expansão massiva de complexos subterrâneos e acima do solo, muitos deles financiados com recursos não divulgados ao público.

Apesar das alegações, detalhes precisos sobre a localização dessas bases continuam nebulosos. Fitts admite não saber onde exatamente elas estão, mas ressalta que a engenharia necessária para construí-las exigiria décadas de trabalho e tecnologias avançadas. “Não é algo que se faz da noite para o dia. É um projeto de longo prazo, que envolve conhecimento especializado e recursos quase ilimitados”, comentou.

Enquanto isso, o governo americano nunca confirmou oficialmente a existência dessas estruturas. Críticos argumentam que os números apresentados por Fitts podem ter distorções, já que parte dos gastos “não autorizados” poderia incluir operações de inteligência ou iniciativas de defesa classificadas. Por outro lado, defensores da teoria veem nas revelações uma prova de que segredos gigantescos ainda estão por ser desvendados — literalmente, sob nossos pés.

Se as bases existem ou não, o debate levantado por Fitts reacendeu discussões sobre transparência governamental e o destino de trilhões de dólares em recursos públicos. Enquanto o mundo se pergunta se uma Terceira Guerra Mundial é possível, há quem acredite que, independentemente do que aconteça na superfície, alguém já estaria preparado para sobreviver nas profundezas da Terra.

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