IA Descobre 44 Planetas Parecidos Com a Terra Com 99% de Precisão

Pesquisadores suíços desenvolveram um modelo de inteligência artificial que identifica sistemas estelares com alta probabilidade de abrigar planetas semelhantes à Terra, revolucionando a busca por vida extraterrestre. A busca por outros mundos habitáveis no universo acaba de dar um salto quântico graças a uma nova aplicação de inteligência artificial. Pesquisadores suíços desenvolveram um modelo de […] O post IA Descobre 44 Planetas Parecidos Com a Terra Com 99% de Precisão apareceu primeiro em SPACE TODAY - NASA, Space X, Exploração Espacial e Notícias Astronômicas em Português.

Abr 20, 2025 - 22:48
 0
IA Descobre 44 Planetas Parecidos Com a Terra Com 99% de Precisão

Pesquisadores suíços desenvolveram um modelo de inteligência artificial que identifica sistemas estelares com alta probabilidade de abrigar planetas semelhantes à Terra, revolucionando a busca por vida extraterrestre.
A busca por outros mundos habitáveis no universo acaba de dar um salto quântico graças a uma nova aplicação de inteligência artificial. Pesquisadores suíços desenvolveram um modelo de aprendizado de máquina revolucionário que identificou 44 sistemas estelares com alta probabilidade de abrigar planetas semelhantes à Terra ainda não detectados. O mais impressionante? O algoritmo apresenta uma precisão de 99%, representando um avanço sem precedentes na busca por vida além do nosso planeta.

A Nova Fronteira na Busca por Mundos Habitáveis

Desde a descoberta do primeiro exoplaneta em 1995, astrônomos têm vasculhado o céu em busca de mundos que possam abrigar vida como conhecemos. Até hoje, mais de 5.000 exoplanetas foram confirmados, mas encontrar aqueles que realmente se assemelham à Terra – com tamanho, composição e condições ambientais adequadas para sustentar vida – continua sendo um dos maiores desafios da astronomia moderna.
A dificuldade não está apenas em detectar esses planetas, mas também em saber onde procurar. O universo é vasto, e mesmo limitando nossa busca à Via Láctea, ainda existem bilhões de estrelas para investigar. É como procurar agulhas em um palheiro cósmico, onde cada observação requer tempo valioso de telescópios altamente disputados.
É neste contexto que a nova pesquisa da Universidade de Berna e do Centro Nacional de Competência em Pesquisa PlanetS (NCCR PlanetS), na Suíça, representa uma mudança de paradigma. Ao invés de examinar cada sistema estelar individualmente, os cientistas treinaram um algoritmo de inteligência artificial para identificar padrões que indicam a presença de planetas semelhantes à Terra, mesmo quando estes ainda não foram diretamente observados.
“Estamos essencialmente ensinando a IA a reconhecer as impressões digitais de sistemas planetários que provavelmente abrigam planetas como o nosso”, explica a Dra. Jeanne Davoult, autora principal do estudo publicado na prestigiada revista Astronomy & Astrophysics. “É como se estivéssemos dando ao algoritmo a capacidade de ‘sentir’ a presença de planetas habitáveis com base nas características do sistema estelar como um todo.”

Como Funciona o Algoritmo Revolucionário

O modelo desenvolvido pela equipe suíça não é apenas mais uma aplicação de inteligência artificial – é um sistema sofisticado especificamente projetado para compreender a complexa dinâmica da formação planetária. Para criar esta ferramenta, os pesquisadores utilizaram o renomado Modelo de Berna de Formação e Evolução Planetária, uma simulação computacional avançada que reproduz os processos físicos envolvidos no nascimento e desenvolvimento de sistemas planetários.
O treinamento do algoritmo envolveu a análise de milhares de sistemas planetários simulados, onde os cientistas “ensinaram” a IA a correlacionar características específicas de um sistema estelar com a presença ou ausência de planetas semelhantes à Terra. Estas características incluem fatores como a massa da estrela hospedeira, sua composição química, a presença de outros planetas no sistema, e a dinâmica orbital destes corpos celestes.
“O Modelo de Berna nos permite simular como os planetas se formam e evoluem sob diferentes condições em um disco protoplanetário”, explica o Dr. Yann Alibert, codiretor do Centro de Espaço e Habitabilidade da Universidade de Berna e coautor do estudo. “Ao alimentar o algoritmo com estes dados simulados, criamos um sistema capaz de reconhecer padrões complexos que seriam praticamente impossíveis para astrônomos humanos identificarem manualmente.”
O resultado é um modelo com precisão extraordinária. Quando testado em sistemas planetários com propriedades conhecidas, o algoritmo demonstrou uma taxa de acerto de 99% na identificação de sistemas que abrigam pelo menos um planeta semelhante à Terra. Em outras palavras, quando o modelo indica que um sistema estelar provavelmente contém um planeta habitável, há 99% de chance de esta previsão estar correta.

Os 44 Candidatos: Onde Poderia Existir Vida?

Após validar o modelo com dados conhecidos, os pesquisadores o aplicaram a um catálogo mais amplo de sistemas estelares observados, mas onde planetas semelhantes à Terra ainda não haviam sido detectados. O resultado foi surpreendente: 44 sistemas foram identificados como tendo alta probabilidade de abrigar mundos potencialmente habitáveis.
“Estes 44 sistemas representam alvos prioritários para futuras observações”, afirma a Dra. Davoult. “Em vez de apontar nossos telescópios aleatoriamente para o céu, agora temos uma lista de candidatos onde as chances de encontrar planetas semelhantes à Terra são significativamente maiores.”
Embora os pesquisadores não tenham divulgado a lista completa dos 44 sistemas identificados – provavelmente para permitir observações adicionais antes de um anúncio público mais detalhado – eles confirmaram que realizaram estudos teóricos adicionais que corroboram as previsões do algoritmo.
“Realizamos simulações detalhadas para cada um destes sistemas e confirmamos que todos eles possuem as condições necessárias para formar e manter planetas na zona habitável“, explica Davoult. “Não estamos apenas confiando cegamente no algoritmo – estamos verificando suas previsões com modelos físicos rigorosos.”
A zona habitável, frequentemente chamada de “zona Cachinhos Dourados” em referência ao conto infantil, refere-se à região ao redor de uma estrela onde a temperatura permite a existência de água líquida na superfície de um planeta. Nem muito quente a ponto de evaporar toda a água, nem muito fria a ponto de congelá-la permanentemente – mas “na medida certa” para potencialmente sustentar vida como conhecemos.

Implicações para a Busca por Vida Extraterrestre

A capacidade de identificar com alta precisão onde os planetas semelhantes à Terra provavelmente existem representa um avanço monumental na astrobiologia – a ciência que estuda a possibilidade de vida além da Terra. Ao reduzir drasticamente o número de alvos potenciais, o novo modelo permite que os recursos limitados de observação astronômica sejam direcionados de forma muito mais eficiente.
“Este é um passo significativo na busca por planetas com condições favoráveis à vida e, em última análise, para a busca de vida no universo”, destaca o Dr. Alibert. “Estamos essencialmente aumentando nossas chances de sucesso ao focar apenas nos candidatos mais promissores.”
Os telescópios mais avançados da atualidade, como o Telescópio Espacial James Webb (JWST) e o Very Large Telescope (VLT) do Observatório Europeu do Sul, têm capacidade para detectar e caracterizar exoplanetas, incluindo potencialmente analisar suas atmosferas em busca de biomarcadores – sinais químicos que poderiam indicar a presença de vida. No entanto, o tempo de observação nestes instrumentos é extremamente limitado e disputado.
Com a nova lista de 44 sistemas prioritários, os astrônomos podem agora solicitar tempo de observação com uma justificativa muito mais forte, argumentando que as chances de descobertas significativas são substancialmente maiores. Isso poderia acelerar dramaticamente o ritmo das descobertas na área.
“Antes, era como procurar uma agulha em um palheiro. Agora, reduzimos o palheiro para um tamanho muito mais gerenciável”, compara a Dra. Davoult. “Isso não significa que encontraremos vida imediatamente, mas aumenta significativamente nossas chances de encontrar os ambientes onde ela poderia existir.”

O Poder do Aprendizado de Máquina na Astronomia Moderna

O sucesso deste projeto ilustra como a inteligência artificial e o aprendizado de máquina estão transformando a astronomia moderna. Tradicionalmente, a descoberta de exoplanetas dependia de métodos observacionais diretos, como a detecção de pequenas oscilações na luz de uma estrela quando um planeta passa na frente dela (método de trânsito) ou sutis “balanços” na posição da estrela causados pela gravidade de planetas orbitantes (método da velocidade radial).
Estes métodos, embora poderosos, têm limitações significativas. Planetas pequenos como a Terra são particularmente difíceis de detectar, especialmente se estiverem a distâncias semelhantes de suas estrelas hospedeiras como a Terra está do Sol. Além disso, para confirmar uma detecção usando o método de trânsito, os astrônomos geralmente precisam observar múltiplas passagens do planeta na frente da estrela – um processo que pode levar anos para planetas em órbitas semelhantes à terrestre.
O novo modelo de IA contorna estas limitações ao inferir a presença de planetas com base em outras características observáveis do sistema estelar. É uma abordagem indireta, mas extremamente poderosa, que complementa os métodos tradicionais de detecção.
“É um dos poucos modelos no mundo com esse nível de complexidade e profundidade”, afirma o Dr. Alibert. “A maioria dos modelos anteriores focava em características isoladas ou utilizava abordagens estatísticas mais simples. Nosso algoritmo integra múltiplas camadas de informação para fazer previsões muito mais sofisticadas.”
Esta abordagem multidimensional é o que permite ao modelo alcançar sua impressionante taxa de precisão de 99%. Ao considerar simultaneamente dezenas de variáveis e suas interações complexas, o algoritmo pode identificar padrões sutis que seriam praticamente impossíveis de detectar por outros meios.

Contexto Astronômico: A Busca por “Terras” Continua

O anúncio destes 44 potenciais sistemas com planetas semelhantes à Terra ocorre em um momento particularmente interessante para a astronomia. Apenas um mês antes, em março de 2025, cientistas concluíram um extenso estudo sobre a Estrela de Barnard, o segundo sistema estelar mais próximo da Terra, localizado a apenas seis anos-luz de distância.
A Estrela de Barnard, uma anã vermelha na constelação de Ofiúco, foi confirmada como hospedeira de quatro planetas rochosos, cada um com aproximadamente 20-30% da massa da Terra. No entanto, estes mundos orbitam muito próximos de sua estrela, completando uma volta em apenas alguns dias terrestres. Isso os coloca bem fora da zona habitável, tornando-os provavelmente muito quentes para sustentar vida como conhecemos.
Esta descoberta recente ilustra perfeitamente o desafio enfrentado pelos astrônomos: mesmo em nossa vizinhança cósmica imediata, encontrar planetas verdadeiramente semelhantes à Terra continua sendo difícil. Os planetas da Estrela de Barnard são rochosos e relativamente pequenos – características semelhantes à Terra – mas suas órbitas os tornam inabitáveis.
É precisamente este tipo de nuance que o novo modelo de IA foi projetado para capturar. Ao invés de simplesmente procurar por planetas rochosos, o algoritmo busca especificamente por sistemas que poderiam abrigar planetas na zona habitável, com características verdadeiramente análogas às da Terra.

Além da “Terra 2.0”: Repensando a Habitabilidade

Interessantemente, enquanto esta pesquisa busca identificar planetas semelhantes à Terra, outros cientistas têm questionado se nosso próprio planeta representa realmente o ideal de habitabilidade. Um estudo recente, mencionado nas leituras adicionais sugeridas pelos pesquisadores suíços, propõe que deveríamos parar de procurar por uma “Terra 2.0” e considerar que podem existir mundos ainda mais favoráveis à vida – os chamados planetas “super-habitáveis”.
Estes super-habitáveis poderiam ser ligeiramente maiores que a Terra, com maior diversidade geográfica, atmosferas mais densas e órbitas ao redor de estrelas mais estáveis e longevas que nosso Sol. Tais mundos poderiam, teoricamente, sustentar ecossistemas ainda mais diversos e resilientes que os da Terra.
Esta perspectiva levanta questões fascinantes sobre como definimos habitabilidade e como isso poderia influenciar futuras iterações do modelo de IA. Se expandirmos nossa definição para incluir condições que poderiam ser ainda mais favoráveis à vida que as da Terra, poderíamos potencialmente identificar ainda mais candidatos promissores.
“Nosso modelo atual foca em encontrar planetas especificamente semelhantes à Terra porque é o único exemplo de planeta habitado que conhecemos com certeza”, explica a Dra. Davoult. “Mas futuras versões do algoritmo poderiam incorporar definições mais amplas de habitabilidade, baseadas em nosso conhecimento teórico em evolução.”

O Papel das Placas Tectônicas na Habitabilidade

Outro aspecto fascinante mencionado nas leituras adicionais é uma nova teoria sobre por que a vida inteligente pode ser rara no cosmos, relacionada às placas tectônicas. As placas tectônicas – grandes segmentos da crosta terrestre que se movem lentamente – são consideradas cruciais para a habitabilidade de longo prazo da Terra por várias razões:
  1. Elas reciclam carbono e outros elementos essenciais através do ciclo carbono-silicato, ajudando a regular o clima ao longo de bilhões de anos.
  2. Criam diversidade geográfica, incluindo continentes separados que permitem o isolamento evolutivo e, consequentemente, maior biodiversidade.
  3. Geram campos magnéticos através da convecção no núcleo terrestre, protegendo a atmosfera da erosão pelo vento solar.
Se as placas tectônicas são realmente um requisito para o desenvolvimento de vida complexa e inteligente, isso poderia significar que mesmo alguns dos 44 sistemas identificados pelo algoritmo, embora possam abrigar planetas na zona habitável, podem não ter as condições geológicas necessárias para sustentar vida avançada a longo prazo.
Esta consideração destaca a complexidade do conceito de habitabilidade e sugere que futuras versões do modelo de IA poderiam se beneficiar da incorporação de fatores geológicos em suas previsões, se tais características puderem ser de alguma forma inferidas a partir de observações astronômicas.

O Futuro da Pesquisa: Próximos Passos

Com a identificação destes 44 sistemas promissores, o próximo passo lógico é a observação direta. Os pesquisadores já estão planejando propostas para utilizar os mais poderosos telescópios disponíveis, incluindo o Telescópio Espacial James Webb e o futuro Extremely Large Telescope (ELT) atualmente em construção no Chile, para examinar estes sistemas em detalhes.
“Nosso objetivo imediato é confirmar a presença destes planetas através de observações diretas”, afirma o Dr. Alibert. “Isso não apenas validaria ainda mais nosso modelo, mas também nos daria dados cruciais sobre as características destes mundos.”
Além das observações de acompanhamento, a equipe planeja continuar refinando seu algoritmo. Uma direção promissora é a incorporação de dados de missões espaciais recentes, como o satélite TESS (Transiting Exoplanet Survey Satellite) da NASA e o futuro telescópio PLATO (PLAnetary Transits and Oscillations of stars) da Agência Espacial Europeia, que fornecerão informações muito mais detalhadas sobre milhares de sistemas estelares.
“Quanto mais dados tivermos, mais preciso nosso modelo se tornará”, explica a Dra. Davoult. “É um processo iterativo onde cada nova observação nos ajuda a refinar o algoritmo, que por sua vez nos ajuda a direcionar novas observações de forma mais eficiente.”
A equipe também está explorando a possibilidade de disponibilizar uma versão do algoritmo para a comunidade científica mais ampla, permitindo que outros pesquisadores apliquem e adaptem a ferramenta para suas próprias investigações. Isso poderia acelerar ainda mais o ritmo das descobertas, criando um efeito multiplicador no campo da pesquisa de exoplanetas.

Implicações Filosóficas e Culturais

A possibilidade de identificar com alta precisão onde planetas semelhantes à Terra provavelmente existem tem implicações que vão muito além da ciência pura. Desde tempos imemoriais, a humanidade tem se perguntado se estamos sozinhos no universo. Esta questão fundamental tem influenciado religiões, filosofias e culturas ao redor do mundo.
A identificação de 44 sistemas com alta probabilidade de abrigar mundos semelhantes ao nosso não responde diretamente à questão da existência de vida extraterrestre, mas nos aproxima significativamente de uma resposta. Se estes planetas forem confirmados e eventualmente caracterizados em detalhes, poderemos começar a procurar por sinais de vida em suas atmosferas – os chamados biomarcadores, como oxigênio, metano e outros gases que na Terra são produzidos principalmente por processos biológicos.
“Estamos vivendo em uma era extraordinária, onde perguntas que foram puramente filosóficas por milênios estão se tornando cientificamente testáveis”, reflete o Dr. Alibert. “Não posso prever se encontraremos vida em algum destes 44 sistemas, mas posso dizer com confiança que estamos mais perto do que nunca de poder responder a esta questão fundamental.”
Esta perspectiva ressoa com o público geral, para quem a busca por vida extraterrestre continua sendo um dos aspectos mais fascinantes e acessíveis da astronomia moderna. A ideia de que inteligência artificial está agora ajudando nesta busca acrescenta uma camada adicional de interesse, conectando duas das fronteiras mais empolgantes da ciência contemporânea.

Conclusão: Uma Nova Era na Busca por Outros Mundos

O desenvolvimento deste modelo de IA com precisão de 99% na identificação de sistemas que provavelmente abrigam planetas semelhantes à Terra marca o início de uma nova era na astronomia e na astrobiologia. Ao transformar radicalmente como procuramos por mundos potencialmente habitáveis, esta tecnologia promete acelerar dramaticamente nossa busca por vida além da Terra.
Os 44 sistemas identificados representam apenas o começo. À medida que o modelo for refinado e aplicado a conjuntos de dados mais amplos, podemos esperar que muitos mais candidatos promissores sejam descobertos. Cada um destes sistemas oferece uma janela para potenciais mundos onde as condições para vida como conhecemos podem existir.
“O que mais me emociona é pensar que, entre estes 44 sistemas, poderia estar o primeiro planeta onde eventualmente detectaremos sinais de vida extraterrestre”, conclui a Dra. Davoult. “Não sabemos qual deles será, ou se será algum deles, mas agora temos alvos muito mais específicos para procurar – e isso é um avanço extraordinário.”
Em um universo vasto e aparentemente infinito, a inteligência artificial está nos ajudando a encontrar as agulhas no palheiro cósmico – os raros mundos onde as condições podem ser “na medida certa” para abrigar vida. É uma busca que continua a capturar nossa imaginação coletiva e que agora, graças a esta nova tecnologia, parece mais promissora do que nunca.

Perguntas Frequentes sobre Exoplanetas e IA

O que é um exoplaneta?

Um exoplaneta é qualquer planeta que orbita uma estrela que não seja o Sol. Desde 1995, quando o primeiro foi descoberto, já identificamos mais de 5.000 exoplanetas em nossa galáxia.

O que torna um planeta “semelhante à Terra”?

Um planeta semelhante à Terra geralmente possui características como: tamanho e massa similares (entre 0,8 e 1,5 vezes a Terra), composição rochosa, presença de água líquida na superfície, e localização na zona habitável de sua estrela hospedeira.

O que é a “zona habitável”?

A zona habitável, também chamada de “zona Cachinhos Dourados”, é a região ao redor de uma estrela onde a temperatura permite a existência de água líquida na superfície de um planeta. Não é nem muito quente (o que evaporaria a água) nem muito fria (o que a congelaria permanentemente).

Como a IA consegue identificar planetas que ainda não foram observados?

O algoritmo analisa padrões complexos em sistemas estelares, correlacionando características observáveis (como a massa da estrela, sua composição química, e a presença de outros planetas) com a probabilidade de existência de planetas semelhantes à Terra. É como reconhecer a “assinatura” de sistemas que tendem a formar planetas habitáveis.

O que significa uma precisão de 99% neste contexto?

Significa que quando o modelo identifica um sistema como tendo alta probabilidade de abrigar um planeta semelhante à Terra, há 99% de chance de esta previsão estar correta, com base em testes realizados em sistemas planetários com propriedades já conhecidas.

Quando saberemos se estes 44 sistemas realmente contêm planetas habitáveis?

Os pesquisadores já estão planejando observações de acompanhamento usando telescópios avançados como o James Webb. Dependendo da disponibilidade de tempo de observação e da dificuldade em detectar cada planeta específico, as primeiras confirmações poderiam ocorrer nos próximos 1-3 anos.

O que são “planetas super-habitáveis”?

São mundos que poderiam ter condições ainda mais favoráveis à vida do que a Terra, como maior tamanho (proporcionando mais espaço para biodiversidade), atmosferas mais densas (oferecendo melhor proteção contra radiação), e órbitas ao redor de estrelas mais estáveis e longevas que nosso Sol.

Referências e Leituras Adicionais

  1. Davoult, J. et al. (2025). “Machine Learning Identification of Earth-like Planet Hosting Systems.” Astronomy & Astrophysics.
  2. Alibert, Y. (2024). “The Bern Model of Planet Formation and Evolution: Applications and Limitations.” Astrophysical Journal.
  3. “Found: Four Rocky Planets Orbiting Our Closest Lone Star.” Forbes, Março 2025.
  4. “Stop Looking For An ‘Earth 2.0,’ Say Scientists As They Detect An Even Better ‘Superhabitable’ World.” Forbes, 2024.
  5. “New Theory On Why We Are Alone In The Cosmos—Tectonic Plates.” Forbes, 2024.

O post IA Descobre 44 Planetas Parecidos Com a Terra Com 99% de Precisão apareceu primeiro em SPACE TODAY - NASA, Space X, Exploração Espacial e Notícias Astronômicas em Português.