MS acelera arranque do Office - da forma mais idiota possível!
A Microsoft vai acelerar a velocidade de arranque das apps do Office, o que é positivo; o que não é positivo é a forma como o vai fazer. Não sou o tipo de pessoa que se chateia com muitas coisas, mas se há coisa que me irrita profundamente (podendo dar para contextualização o facto ter ter passado anos a programar em Assembly e a optimizar coisas como os ciclos que demorava cada instrução) são os programas mal programados. Apesar de já me ter rendido à inevitabilidade de não poder continuar a fazer coisas como gerir todo e cada processo que se inicia no arranque do Windows, continuo a ficar horrorizado com todas as (muitas!) situações em que um qualquer clique do rato demore mais que uma fracção de segundo a mostrar o efeito, ou que a abertura de um programa demore longos segundos a acontecer - fazendo-nos recordar os tempos em que os computadores vinham com dois drives de disquetes, e onde ter um disco rígido era um luxo. Numa era de SSDs que transferem gigabytes por segundo - volto a frisar: GIGABYTES POR SEGUNDO (já que por vezes se parece esquecer o que isso representa) - e em que os computadores têm CPUs multi-core a trabalhar a vários GHz, e dezenas de gigabytes de memória RAM, não há desculpa para que as coisas não aconteçam de forma instantânea. E, por tudo isto, fiquem imensamente feliz ao ler que a MS ia acelerar o arranque das apps do Office. Enquanto ia clicando no link para a notícia, ia imaginando que ia ler coisas sobre como optimizaram o arranque para só carregar as coisas estritamente necessárias, adiando o carregamento de outras coisas para mais tarde, ou outras melhorias do género. Pelo que, qual não é a minha surpresa (não totalmente surpresa, pois subconscientemente já ia temendo que fosse algo assim), quando vejo que o milagroso processo com que a MS vai acelerar o arranque das apps do Office é... pré-carregando-as no arranque para que já fiquem em memória! Embora tecnicamente se possa dizer que isto realmente acelera o arranque das apps, não deixa de ser uma "batota" que em nada se foca no desenvolvimento de apps eficientes, mas sim de voltar a atirar para o hardware (neste caso, mantendo as apps em RAM) a responsabilidade de disfarçar as coisas mal programadas. Pode dizer-se que pelo menos a MS teve a decência de fazer com que este sistema não funcione nos PCs com menos RAM, e de dar uma opção para que seja desactivado. Mas, vindo-se da empresa que faz o sistema operativo mais utilizado em computadores desktop, acho que se poderia/deveria exigir um nível de qualidade mais elevado nos seus produtos, e não um: "vamos carregar tudo para RAM, que assim fica mais rápido". Para isso os utilizadores também podiam abrir o Word e outros programas que usam logo no arranque, deixando-os sempre abertos e prontos a funcionar.

Não sou o tipo de pessoa que se chateia com muitas coisas, mas se há coisa que me irrita profundamente (podendo dar para contextualização o facto ter ter passado anos a programar em Assembly e a optimizar coisas como os ciclos que demorava cada instrução) são os programas mal programados. Apesar de já me ter rendido à inevitabilidade de não poder continuar a fazer coisas como gerir todo e cada processo que se inicia no arranque do Windows, continuo a ficar horrorizado com todas as (muitas!) situações em que um qualquer clique do rato demore mais que uma fracção de segundo a mostrar o efeito, ou que a abertura de um programa demore longos segundos a acontecer - fazendo-nos recordar os tempos em que os computadores vinham com dois drives de disquetes, e onde ter um disco rígido era um luxo.
Numa era de SSDs que transferem gigabytes por segundo - volto a frisar: GIGABYTES POR SEGUNDO (já que por vezes se parece esquecer o que isso representa) - e em que os computadores têm CPUs multi-core a trabalhar a vários GHz, e dezenas de gigabytes de memória RAM, não há desculpa para que as coisas não aconteçam de forma instantânea. E, por tudo isto, fiquem imensamente feliz ao ler que a MS ia acelerar o arranque das apps do Office.
Enquanto ia clicando no link para a notícia, ia imaginando que ia ler coisas sobre como optimizaram o arranque para só carregar as coisas estritamente necessárias, adiando o carregamento de outras coisas para mais tarde, ou outras melhorias do género. Pelo que, qual não é a minha surpresa (não totalmente surpresa, pois subconscientemente já ia temendo que fosse algo assim), quando vejo que o milagroso processo com que a MS vai acelerar o arranque das apps do Office é... pré-carregando-as no arranque para que já fiquem em memória!
Embora tecnicamente se possa dizer que isto realmente acelera o arranque das apps, não deixa de ser uma "batota" que em nada se foca no desenvolvimento de apps eficientes, mas sim de voltar a atirar para o hardware (neste caso, mantendo as apps em RAM) a responsabilidade de disfarçar as coisas mal programadas.
Pode dizer-se que pelo menos a MS teve a decência de fazer com que este sistema não funcione nos PCs com menos RAM, e de dar uma opção para que seja desactivado. Mas, vindo-se da empresa que faz o sistema operativo mais utilizado em computadores desktop, acho que se poderia/deveria exigir um nível de qualidade mais elevado nos seus produtos, e não um: "vamos carregar tudo para RAM, que assim fica mais rápido". Para isso os utilizadores também podiam abrir o Word e outros programas que usam logo no arranque, deixando-os sempre abertos e prontos a funcionar.