O que é um jogo point and click?

Imagine o seguinte cenário: anos 1990, você puxava seu banquinho para ligar o PC. Uma mão no mouse de bolinha (nostalgia mandou um abraço) e a outra no teclado — que era tão pesado quanto um eletrodoméstico, diga-se de passagem. O monitor de tubo mostra um mistério complexo que só pode ser resolvido através do seu comando. Você move o mouse e clica, desencadeando eventos que abrem um caminho totalmente inédito e que levará a novos desafios. O que é um jogo 4X? O que é parallax scrolling nos jogos? Pois é, caros leitores, essa era a exata sensação de se aventurar em jogos point and click no seu auge. No seu conceito mais simples e básico, no gênero você tem à sua frente um cenário interativo que deve investigar para desvendar algum grande quebra-cabeça: seja para falar com outros personagens, mover objetos ou desvendar senhas para resolver os dilemas dos personagens. Neste artigo, o Canaltech mostrará tudo o que você precisa saber sobre os jogos point and click, das suas origens até o que mais está fazendo sucesso nos dias atuais — já que mesmo nos PC gamer e notebooks mais modernos o espírito da experiência se mantém. -Entre no Canal do WhatsApp do Canaltech e fique por dentro das últimas notícias sobre tecnologia, lançamentos, dicas e tutoriais incríveis.- Como funciona um jogo point and click? Ainda que muitos tenham histórias diferentes, os jogos do gênero possuem alguns elementos em comum. Na interface, você sempre está diante de algum cenário (uma cena de crime, um quarto bagunçado, um escritório... pode ser qualquer coisa) e tem em suas mãos apenas o ponteiro do mouse para descobrir o que está acontecendo. Os jogos point and click sempre permitem que explore os cenários atrás de pistas (Imagem: Divulgação/Skunkape Games) Com o ponteiro, você passa pela tela e observa se ele muda de forma ou se permite que exerça determinadas ações: olhar, pegar, usar, combinar, conversar entre várias outras. Em alguns casos, é possível até manipular objetos (virar um vaso, por exemplo, para descobrir que havia uma pista dentro ou coisas do tipo). Você tem acesso a um inventário, onde pode guardar ou revelar itens em determinados momentos. Há a possibilidade de combiná-los também: como uma chave em uma fechadura, dois desenhos que podem revelar o mistério quando unidos, um cabo para ligar algum eletrônico... o céu é o limite na criatividade. Lembrou de Resident Evil? Consegue adivinhar de onde a Capcom tirou essa ideia?  Um dos diferenciais que fez os jogos point and click chamarem mais a atenção dos jogadores que os antigos text adventures dos anos 1980 (hoje conhecidos como interactive fiction) foi sua interatividade. Através da interatividade com o cenário com o mouse e imagens que podiam desafiar sua óptica, a imersão se tornou ainda maior e atraiu uma grande quantidade de fãs. A origem dos jogos point and click Como os computadores e componentes mais antigos eram repletos de limitações, nem sempre um estúdio conseguia trazer toda a sua visão e experiência ao público. Ainda que as text adventures estivessem em alta, já tinha chegado a hora de dar saltos e atingir novos patamares. O Macintosh foi o primeiro PC popular a acompanhar um mouse (Imagem: Divulgação/Apple) E o elemento crucial para isso começou a dar as caras apenas em 1984. Ainda que os mouses tivessem sido criados antes (surgiram no fim dos anos 1960), eles passaram a integrar os computadores de forma popular apenas quando a Apple trouxe eles como padrão no primeiro Macintosh comercializado (hoje conhecido como Mac).  Como o próprio nome do gênero de jogos sugere, o conceito de point and click só seria possível através da utilização do periférico. E sua forte presença no mercado permitiu que os estúdios começassem a explorar suas funções nos games. Em paralelo, tivemos a Sierra On-Line. O estúdio trazia uma nova forma de contar suas histórias a partir da franquia King’s Quest — apresentando interações novas com o cenário que não existiam antes, elevando os padrões que eram conhecidos das text adventures. Isso era possível através da engine Adventure Game Interpreter (AGI), que combinava as 16 cores dos gráficos EGA para trazer textos, imagens e um sistema que era composto de música e sons nos antigos computadores IBM.  Ainda que não utilizasse mouses, todos esses elementos deram o pontapé inicial: cenários interativos, movimentação dos personagens, o uso de humor para contar a narrativa e vários quebra-cabeças para guiar o jogador através daquela história. A série passou por constantes evoluções durante os anos 1980 usando a engine Sierra’s Creative Interpreter (SCI). Porém os jogos point and click que você conhece começaram a aparecer apenas a partir de 1987. A LucasArts (hoje Lucasfilm Games) trouxe ao público a experiência Maniac Mansion com toda a composição que vemos no gênero atualmente.  Maniac Mansion foi o primeiro jogo point and click como conhecemos (Imagem: Reprodução/LucasArts) Ao usar a engine Script Cr

Abr 28, 2025 - 00:56
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O que é um jogo point and click?

Imagine o seguinte cenário: anos 1990, você puxava seu banquinho para ligar o PC. Uma mão no mouse de bolinha (nostalgia mandou um abraço) e a outra no teclado — que era tão pesado quanto um eletrodoméstico, diga-se de passagem. O monitor de tubo mostra um mistério complexo que só pode ser resolvido através do seu comando. Você move o mouse e clica, desencadeando eventos que abrem um caminho totalmente inédito e que levará a novos desafios.

Pois é, caros leitores, essa era a exata sensação de se aventurar em jogos point and click no seu auge. No seu conceito mais simples e básico, no gênero você tem à sua frente um cenário interativo que deve investigar para desvendar algum grande quebra-cabeça: seja para falar com outros personagens, mover objetos ou desvendar senhas para resolver os dilemas dos personagens.

Neste artigo, o Canaltech mostrará tudo o que você precisa saber sobre os jogos point and click, das suas origens até o que mais está fazendo sucesso nos dias atuais — já que mesmo nos PC gamer e notebooks mais modernos o espírito da experiência se mantém.

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Como funciona um jogo point and click?

Ainda que muitos tenham histórias diferentes, os jogos do gênero possuem alguns elementos em comum. Na interface, você sempre está diante de algum cenário (uma cena de crime, um quarto bagunçado, um escritório... pode ser qualquer coisa) e tem em suas mãos apenas o ponteiro do mouse para descobrir o que está acontecendo.

Imagem de Sam & Max Save the World
Os jogos point and click sempre permitem que explore os cenários atrás de pistas (Imagem: Divulgação/Skunkape Games)

Com o ponteiro, você passa pela tela e observa se ele muda de forma ou se permite que exerça determinadas ações: olhar, pegar, usar, combinar, conversar entre várias outras. Em alguns casos, é possível até manipular objetos (virar um vaso, por exemplo, para descobrir que havia uma pista dentro ou coisas do tipo).

Você tem acesso a um inventário, onde pode guardar ou revelar itens em determinados momentos. Há a possibilidade de combiná-los também: como uma chave em uma fechadura, dois desenhos que podem revelar o mistério quando unidos, um cabo para ligar algum eletrônico... o céu é o limite na criatividade. Lembrou de Resident Evil? Consegue adivinhar de onde a Capcom tirou essa ideia? 

Um dos diferenciais que fez os jogos point and click chamarem mais a atenção dos jogadores que os antigos text adventures dos anos 1980 (hoje conhecidos como interactive fiction) foi sua interatividade. Através da interatividade com o cenário com o mouse e imagens que podiam desafiar sua óptica, a imersão se tornou ainda maior e atraiu uma grande quantidade de fãs.

A origem dos jogos point and click

Como os computadores e componentes mais antigos eram repletos de limitações, nem sempre um estúdio conseguia trazer toda a sua visão e experiência ao público. Ainda que as text adventures estivessem em alta, já tinha chegado a hora de dar saltos e atingir novos patamares.

Imagem do Macintosh de 1984
O Macintosh foi o primeiro PC popular a acompanhar um mouse (Imagem: Divulgação/Apple)

E o elemento crucial para isso começou a dar as caras apenas em 1984. Ainda que os mouses tivessem sido criados antes (surgiram no fim dos anos 1960), eles passaram a integrar os computadores de forma popular apenas quando a Apple trouxe eles como padrão no primeiro Macintosh comercializado (hoje conhecido como Mac). 

Como o próprio nome do gênero de jogos sugere, o conceito de point and click só seria possível através da utilização do periférico. E sua forte presença no mercado permitiu que os estúdios começassem a explorar suas funções nos games.

Em paralelo, tivemos a Sierra On-Line. O estúdio trazia uma nova forma de contar suas histórias a partir da franquia King’s Quest — apresentando interações novas com o cenário que não existiam antes, elevando os padrões que eram conhecidos das text adventures.

Isso era possível através da engine Adventure Game Interpreter (AGI), que combinava as 16 cores dos gráficos EGA para trazer textos, imagens e um sistema que era composto de música e sons nos antigos computadores IBM

Ainda que não utilizasse mouses, todos esses elementos deram o pontapé inicial: cenários interativos, movimentação dos personagens, o uso de humor para contar a narrativa e vários quebra-cabeças para guiar o jogador através daquela história. A série passou por constantes evoluções durante os anos 1980 usando a engine Sierra’s Creative Interpreter (SCI).

Porém os jogos point and click que você conhece começaram a aparecer apenas a partir de 1987. A LucasArts (hoje Lucasfilm Games) trouxe ao público a experiência Maniac Mansion com toda a composição que vemos no gênero atualmente. 

Imagem de Maniac Mansion
Maniac Mansion foi o primeiro jogo point and click como conhecemos (Imagem: Reprodução/LucasArts)

Ao usar a engine Script Creation Utility for Maniac Mansion (SCUMM), eles apresentaram uma estrutura que eliminava o comando de texto e que poderia ser executada apenas com o movimento e clique dos mouses. 

É preciso compreender a magnitude que Maniac Mansion trouxe para os jogos point and click: foi através deles que vimos estruturas narrativas que seguem presentes até hoje no mundo dos games. Temos diversos “becos sem saída” (situações que definem o fim do jogo antes de chegar no encerramento da sua história) e a estrutura de morte permanente dos personagens — que pesa na história.

Diferente do que conhecíamos de Mario e Mega Man, por exemplo, que podiam morrer e voltar à fase, aqui a coisa era diferente: personagens que eram mortos continuavam desta forma e a história avançava sem a sua presença. A trama conta com vários finais, que podem ser diferentes para o que descobre e caso mantenha os quatro personagens jogáveis vivos, um distinto para cada um que morria e um caso todos morram.

Se hoje você vê este tipo de mecânica presente em diversos games, seja em franquias como Detroit: Become Human, Life is Strange ou até nos títulos da Telltale Games e da Supermassive Games, saiba que foi aqui que essa estrutura de interação deu seus primeiros passos. 

Era de Ouro dos jogos point and click

E foi a partir disso, no fim dos anos 1980 e início dos anos 1990, que os jogos point and click realmente conquistaram uma grande legião de fãs. É importante reforçar que, por mais que não tenhamos algo similar ao visto nos títulos de sucesso como Super Mario Bros, Sonic, Street Fighter, Final Fantasy e outros, eles atraíam o público de outras formas.

Entre os grandes destaques que eles traziam estava uma grande imersão em sua história e na trajetória dos personagens, humor e vários desafios intelectuais. Na questão técnica, por não explorarem interações da mesma forma que os outros games, eles traziam avanços gráficos e sonoros como cartas na manga.

3. Ápice com a LucasArts

Se voltando ao humor que se tornou sua marca registrada e puzzles lógicos (que beiravam ao absurdo em determinadas situações), a LucasArts trouxe diversos jogos point and click de sucesso ao longo dos anos.

Em seu catálogo podemos destacar The Secret of Monkey Island e suas sequências, Day of the Tentacle, o divertido Sam & Max: Hit the Road e as continuações da sua história, Full Throttle e o aclamadíssimo Grim Fandango. 

Imagem de Grim Fandango
Grim Fandango foi um dos maiores sucessos do gênero pela LucasArts (Imagem: Divulgação/LucasArts)

2. Mantendo a Sierra On-Line no topo

Se King’s Quest colocou a Sierra On-Line no radar, ela logo tratou de expandir a história de sua família real e trazer cada vez mais histórias. Em King’s Quest V e King’s Quest VI que a franquia finalmente se tornou um point and click como o conhecemos. Porém, não eram os únicos.

A companhia tinha um apelo mais sério e trazia em seus títulos uma possibilidade de falhar no seu objetivo central (e ser obrigado a recomeçar do zero). Vimos nesta ideia títulos como Space Quest e Police Quest. Porém, eles tentaram ir por um caminho bem-humorado com outro infame game: Leisure Suit Larry.

Imagem de Leisure Suit Larry
Leisure Suit Larry é um jogo mais voltado para um humor adulto (Imagem: Divulgação/Sierra On-Line)

1. Expansão para novos clássicos

Se nos anos 1990 tivemos o nascimento destas grandes franquias — algumas presentes em diversas plataformas até os dias atuais — ela também serviu para trazer outras experiências para o público geral.

Nesta época também foram muito aclamados jogos como Broken Sword: The Shadow of the Templars, Beneath a Steel Sky e Myst (que trazia uma abordagem até diferenciada dos point and click habituais, com um ar mais contemplativo e quebra-cabeças ambientais). 

Imagem de Myst
Myst tinha gráficos lindos para um jogo de 1993 (Imagem: Divulgação/Rand e Robyn Miller)

Breve morte dos jogos point and click

Tudo que é bom dura pouco, não é? Os jogos point and click viram o seu ápice nos anos 1990, mas no fim da década isso teve um grande declínio. Tanto que, fora dos PCs, era basicamente inexistente a presença deles em consoles como o PlayStation, Nintendo 64 e similares.

Com o foco dos estúdios em trabalhar com gráficos 3D e a popularidade crescente dos jogos de ação, este nicho ficou de lado por um longo período. Isso sem mencionar os custos cada vez maiores para produzir uma arte 2D tão rica em detalhes, que acabavam não compensando por um público que não era tão grande quanto o visto nos demais gêneros.

A percepção que a indústria gaming tinha é que os jogos point and click não tinha tantos fãs quanto os demais, assim como o consideravam “parado” de certa forma. Desvendar puzzles e ficar clicando em objetos na tela não chamava tanto a atenção quanto eliminar zumbis, demônios e outras criaturas com armas e espadas de forma frenética.

Imagem de Devil May Cry
Dante e outros heróis dos anos 2000 afastaram o público dos jogos point and click (Imagem: Divulgação/Capcom)

Ainda que fosse uma época obscura, o gênero não chegou a desaparecer por completo. Mesmo que voltados com mais frequência aos PCs, eles se mantiveram presentes para atender ao mercado que nunca deixou de existir. Afinal de contas, enquanto tivesse uma pessoa para jogar e se divertir, ainda valeria a pena produzir, certo? 

Renascimento dos point and click com jogos indie

O cenário de estúdios independentes foi fundamental para manter a chama dos jogos point and click acesa e trazê-los para os dias atuais. Através de plataformas de distribuição digital como o Steam e GOG, seu acesso se tornou cada vez mais fácil e possibilitou que mais pessoas o conhecessem.

Em 2012, por exemplo, tivemos a presença da Daedelic Entertainment com a franquia Deponia, que, apesar de seus altos e baixos, se mantém presente até os dias atuais. O título mais recente chegou em 2016 através de Deponia Doomsday, lançado para Switch, PC, Xbox One e PS4.

Em 2014, a Wadjet Eye Games apareceu e trouxe jogos que também marcaram uma grande parte do público, com franquias como Blackwell e Unavowed (lançado em 2018 para o Switch, PC e Mac) 

Os criadores de franquias como Maniac Mansion e Monkey Island, que já não trabalhavam mais na LucasArts, resolveram criar uma experiência totalmente nova para os fãs: Thimbleweed Park (lançado em 2017 para Switch, Xbox One e PS4). 

 

Isso sem mencionar as tentativas de trazer experiências antigas de volta à nova geração. Grim Fandango ganhou uma versão para o PS4 (que também pode ser jogada no PS5), enquanto a franquia Sam & Max viu seu retorno para todas as plataformas através da Skunkape Games. 

Além de continuarem presentes, as mecânicas dos jogos point and click estão presentes em diversos outros gêneros. A Telltale Games, por exemplo, traz grandes narrativas baseada em franquias como The Walking Dead, De Volta para o Futuro, The Wolf Among Us e Batman com o mesmo sistema de quebra-cabeças — simplificado, logicamente caros leitores.

O mesmo pode ser visto em títulos com a mesma estrutura de estúdios como a Deck Nine (franquia Life is Strange), Supermassive Games (franquia The Dark Pictures Anthology) e Quantic Dream (que trouxe Heavy Rain, Beyond: Two Souls e Detroit: Become Human). 

Imagem de Detroid Become Human
Jogos de múltiplas escolhas absorveram parte das mecânicas do gênero (Imagem: Divulgação/Quantic Dream)

Por que jogar point and click hoje em dia?

Os jogos point and click trazem uma estrutura que permite a abordagem de histórias ricas e com um grande desenvolvimento de seus personagens. Essa imersão, que também temos em jogos de múltiplas escolhas, é um dos pontos centrais de toda a discussão de todo o gênero.

Porém, não é apenas de uma grande trama que a categoria se esconde. Seus puzzles são extremamente desafiantes e podem fazer com que exercite seu cérebro, seja através da lógica ou da criatividade para resolver determinados problemas que surgirão.

Eles também impactam diretamente na nostalgia, já que trazem muitas vezes um estilo artístico que remete aquele ar de games antigos (mesmo usando muitas tecnologias atuais). Se nada disso é o suficiente, eles também funcionam como um ritmo cadenciado que se torna o ideal para quem deseja relaxar e não ter tanto trabalho — afinal de contas, tudo o que vai fazer é clicar com o mouse ou um botão do seu controle.  

O caminho pelos point and click

Foi um longo trajeto desde o início dos jogos point and click até os dias atuais, mas como pode notar, eles se mantiveram com fortes títulos e experiências que se tornaram muito amadas pelo público.

Eles não apenas tiveram uma grande evolução, mas também se reinventaram para se adaptar ao público cada vez maior e mais exigente. Mesmo com novas tecnologias e gráficos ultrarrealistas, seu intuito continua presente entre nós — seja através das próprias experiências ou de outros games que usam recursos vistos neles.

Se tiver uma oportunidade, dê uma chance para um jogo point and click para descobrir como podem ser tão desafiantes quanto soulslikes e relaxantes como os diversos títulos cozy que temos por aí. Levando em consideração o retorno de vários clássicos, você pode começar por eles ou tentar uma aventura mais recente para dar seu primeiro passo.

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