O que é um jogo soulslike?

O gênero RPG de ação existe há muito tempo e conta com incontáveis títulos há décadas. Alguns estúdios ousaram em colocar um toque extra e o mais conhecido deles é a FromSoftware, que hoje dispensa apresentações. 6 jogos anunciados que nunca foram lançados 8 ótimos jogos soulslike que você precisa jogar Em 2009, o estúdio que existe desde a década de 1990 e era mais conhecido pela franquia Armored Core, chamou a atenção com Demon's Souls e mais ainda com Dark Souls dois anos depois. A partir daí, iniciava a era soulslike. Origens e história do gênero soulslike Apesar de Demon's Souls ser o primeiro jogo a trazer a fórmula dos soulslike para os jogadores, foi Dark Souls quem tornou o gênero conhecido. O jogo melhorava vários aspectos de seu antecessor (apesar de ter um gameplay um pouco mais pesado), além de um fator bem importante: não era exclusivo de PlayStation, como foi Demon's Souls, algo que ajudou ainda mais na popularização. -Entre no Canal do WhatsApp do Canaltech e fique por dentro das últimas notícias sobre tecnologia, lançamentos, dicas e tutoriais incríveis.- Com os primeiros games do estilo contendo o nome "Souls", quando os gamers queriam comparar um jogo com essas criações da FromSoftware, usavam o termo "soulslike", que em tradução livre, fica como "tipo souls". Existe um consenso que define o game Lords of the Fallen de 2014 como o primeiro soulslike. O game teve reação mais negativa do que positiva e somente 10 anos depois foi que a franquia se redimiu entregando um resultado muito melhor e se tornando um dos melhores do gênero. Um bom soulslike sempre cerca o jogador com inimigos (Imagem: FromSoftware/Divulgação) Nesses mais de 10 anos, diversos estúdios abraçaram a ideia da criação de Hidetaka Miyazaki, copiaram bastante suas ideias, mas também colocaram suas características próprias em alguns deles. Mas o que classifica um jogo como soulslike? Vamos entender o que é esse subgênero que tem se tornado um gênero próprio e quais suas características. Principais características dos jogos soulslike É preciso seguir uma receita com ingredientes específicos para que o jogo deixe de ser um mero RPG de ação e se torne um soulslike. A primeira e principal delas tem a ver com o combate, que é pesado, estratégico e punitivo. Um movimento errado e, literalmente, um ataque inimigo o derrubará. Abatido, você perde todas as almas ou qualquer que seja a moeda do jogo. É preciso voltar até o lugar da derrota para recuperar seu suado dinheirinho. Essa moeda, geralmente, é usada para evoluir os atributos/nível do personagem, além de servir como dinheiro nas lojas dos jogos.  A exploração de um soulslike é um dos aspectos mais divertidos (Imagem: FromSoftware/Divulgação) Outra característica bastante marcante em jogos soulslike é a escassez de checkpoints (não tem problema chamar todas de bonfire, até as que não são fogueiras, é um padrão da comunidade). Dark Souls, por exemplo, é bem punitivo nessa questão, mas Elden Ring facilitou bastante, adicionando até checkpoints temporários.  Existem outros aspectos que podem ser encontrados nesse gênero, como a narrativa indireta e subjetiva; atmosfera sombria e, geralmente, medieval; exploração inteligente no estilo metroidvania; chefes memoráveis e muito difíceis; trilha sonora marcante, entre outros Principais mecânicas dos jogos soulslike Nesse tópico, detalhamos todas as principais mecânicas de um jogo soulslike, tendo como base o que os jogos da FromSoftware apresentam e acabaram se estabelecendo como os principais ingredientes para o gênero. Combate  A mecânica que mais se destaca em um jogo soulslike é o combate. Muitos RPGs de ação beiram a agressividade e velocidade de um hack n' slash como Devil May Cry, mas Demon's Souls trouxe um combate bem cadenciado, com ritmo consideravelmente lento e brutalmente difícil para quem joga pela primeira vez. O jogador e o inimigo têm sua vez de atacar, e isso é ainda mais acentuado em batalhas contra chefes. Em geral, os soulslikes permitem atacar com arma branca como espada ou magias; se defender com escudo, ou ainda com a própria espada e magias; se esquivar e aparar, também conhecido como parry. Esse último é a defesa mais difícil de executar, já que a janela de tempo costuma ser pequena, mas com a vantagem de abrir a defesa do inimigo, sendo possível desferir um golpe letal. Cutscenes em chefes são o máximo em termos de narrativa nesses jogos (Imagem: FromSoftware/Divulgação) Atualmente existem soulslikes mais rápidos, alguns até demais, como a franquia Nioh e o próprio Sekiro da FromSoftware por retratarem ninjas e samurais, ao invés dos tradicionais cavaleiros estilo medievais que são mais pesados e lentos. Exploração A exploração do cenário também é algo que acontece mais devagar e de forma limitada. Os personagens são mais lentos e, geralmente, não possuem ações como escalar ou pular. Esse é um aspecto que demorou para mudar e só em 2022 um simples ato de saltar chegou em

Mar 22, 2025 - 00:09
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O que é um jogo soulslike?

O gênero RPG de ação existe há muito tempo e conta com incontáveis títulos há décadas. Alguns estúdios ousaram em colocar um toque extra e o mais conhecido deles é a FromSoftware, que hoje dispensa apresentações.

Em 2009, o estúdio que existe desde a década de 1990 e era mais conhecido pela franquia Armored Core, chamou a atenção com Demon's Souls e mais ainda com Dark Souls dois anos depois. A partir daí, iniciava a era soulslike.

Origens e história do gênero soulslike

Apesar de Demon's Souls ser o primeiro jogo a trazer a fórmula dos soulslike para os jogadores, foi Dark Souls quem tornou o gênero conhecido. O jogo melhorava vários aspectos de seu antecessor (apesar de ter um gameplay um pouco mais pesado), além de um fator bem importante: não era exclusivo de PlayStation, como foi Demon's Souls, algo que ajudou ainda mais na popularização.

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Com os primeiros games do estilo contendo o nome "Souls", quando os gamers queriam comparar um jogo com essas criações da FromSoftware, usavam o termo "soulslike", que em tradução livre, fica como "tipo souls". Existe um consenso que define o game Lords of the Fallen de 2014 como o primeiro soulslike. O game teve reação mais negativa do que positiva e somente 10 anos depois foi que a franquia se redimiu entregando um resultado muito melhor e se tornando um dos melhores do gênero.

Um bom soulslike sempre cerca o jogador com inimigos (Imagem: FromSoftware/Divulgação)

Nesses mais de 10 anos, diversos estúdios abraçaram a ideia da criação de Hidetaka Miyazaki, copiaram bastante suas ideias, mas também colocaram suas características próprias em alguns deles. Mas o que classifica um jogo como soulslike? Vamos entender o que é esse subgênero que tem se tornado um gênero próprio e quais suas características.

Principais características dos jogos soulslike

É preciso seguir uma receita com ingredientes específicos para que o jogo deixe de ser um mero RPG de ação e se torne um soulslike. A primeira e principal delas tem a ver com o combate, que é pesado, estratégico e punitivo. Um movimento errado e, literalmente, um ataque inimigo o derrubará.

Abatido, você perde todas as almas ou qualquer que seja a moeda do jogo. É preciso voltar até o lugar da derrota para recuperar seu suado dinheirinho. Essa moeda, geralmente, é usada para evoluir os atributos/nível do personagem, além de servir como dinheiro nas lojas dos jogos. 

A exploração de um soulslike é um dos aspectos mais divertidos (Imagem: FromSoftware/Divulgação)

Outra característica bastante marcante em jogos soulslike é a escassez de checkpoints (não tem problema chamar todas de bonfire, até as que não são fogueiras, é um padrão da comunidade). Dark Souls, por exemplo, é bem punitivo nessa questão, mas Elden Ring facilitou bastante, adicionando até checkpoints temporários. 

Existem outros aspectos que podem ser encontrados nesse gênero, como a narrativa indireta e subjetiva; atmosfera sombria e, geralmente, medieval; exploração inteligente no estilo metroidvania; chefes memoráveis e muito difíceis; trilha sonora marcante, entre outros

Principais mecânicas dos jogos soulslike

Nesse tópico, detalhamos todas as principais mecânicas de um jogo soulslike, tendo como base o que os jogos da FromSoftware apresentam e acabaram se estabelecendo como os principais ingredientes para o gênero.

Combate 

A mecânica que mais se destaca em um jogo soulslike é o combate. Muitos RPGs de ação beiram a agressividade e velocidade de um hack n' slash como Devil May Cry, mas Demon's Souls trouxe um combate bem cadenciado, com ritmo consideravelmente lento e brutalmente difícil para quem joga pela primeira vez. O jogador e o inimigo têm sua vez de atacar, e isso é ainda mais acentuado em batalhas contra chefes.

Em geral, os soulslikes permitem atacar com arma branca como espada ou magias; se defender com escudo, ou ainda com a própria espada e magias; se esquivar e aparar, também conhecido como parry. Esse último é a defesa mais difícil de executar, já que a janela de tempo costuma ser pequena, mas com a vantagem de abrir a defesa do inimigo, sendo possível desferir um golpe letal.

Cutscenes em chefes são o máximo em termos de narrativa nesses jogos (Imagem: FromSoftware/Divulgação)

Atualmente existem soulslikes mais rápidos, alguns até demais, como a franquia Nioh e o próprio Sekiro da FromSoftware por retratarem ninjas e samurais, ao invés dos tradicionais cavaleiros estilo medievais que são mais pesados e lentos.

Exploração

A exploração do cenário também é algo que acontece mais devagar e de forma limitada. Os personagens são mais lentos e, geralmente, não possuem ações como escalar ou pular. Esse é um aspecto que demorou para mudar e só em 2022 um simples ato de saltar chegou em um jogo do tipo da FromSoftware e isso aconteceu com Elden Ring.

Existe uma discussão sobre Sekiro: Shadow Dies Twice ser ou não um soulslike. Se o considerarmos como tal, podemos dizer que as primeiras mudanças no estilo começaram em 2019. O jogo permite saltar, escalar, alcançar terrenos altos com um gancho e se agachar. Algumas dessas mecânicas foram incorporadas em Elden Ring e Elden Ring Nightreign.

Narrativa indireta

Diferente do método tradicional de muitos jogos, principalmente RPGs que contam uma quantidade enorme de diálogos e cutscenes para explicar a história, a FromSoftware partiu para um método extremamente subjetivo, não linear de narrativa. Toda a complexidade de seus mundos é narrada por pouquíssimos diálogos e muita descrição de itens. Inimigos e a própria ambientação também complementam para explicar a história, trazendo também uma narrativa ambiental e situacional, algo nada comum em outros gêneros.

Por conta disso, o entendimento daquela história nunca é um consenso de tão subjetivo que é. A explicação sempre fica nas entrelinhas, dando margem para interpretações variadas. Por conta disso, a comunidade soulslike, principalmente dos jogos da FromSoftware, segue debatendo lore incansavelmente. Todos os jogos são assim e o desfecho final é sempre misterioso.

A ambientação de um soulslike é sempre ameaçadora (Imagem: FromSoftware/Divulgação)

Isso muda muito com Sekiro, que tem uma narrativa mais direta com um personagem formado e com personalidade. O game tem suas cutscenes e diálogos com personagens de forma mais direta. Mesmo assim, ainda existe margem para diferentes interpretações em alguns aspectos da história do game.

Mundo sombrio

A ambientação de um soulslike costuma ser em um mundo decaído, sombrio e sem esperança. No caso das criações de Hidetaka Miyazaki e suas equipes, os cenários são medievais com muitos castelos, masmorras, caverna, pântanos, florestas e por aí vai. Existe muita escuridão em diferentes pontos do mundo do jogo e isso dá a atmosfera sombria aos jogos do gênero.

Claro que isso não é a regra. O próprio Elden Ring trouxe mais cores, dias ensolarados em campos abertos e bem verdes com árvores coloridas, mudando consideravelmente o tom das criações da FromSoftware. Mas saindo desses trechos, tudo é como foi citado acima.

Outro aspecto que dá o tom sombrio a esse mundo caído, é a trilha sonora. Ela, geralmente, é triste, melancólica, despertando alguns sentimentos negativos, mas emocionante e épica quando o jogador supera os desafios, geralmente vencendo os chefes icônicos, que é o próximo aspecto do gênero.

Chefes memoráveis

Muitos RPGs têm chefes memoráveis, a franquia Final Fantasy é recheada deles. Mas quando falamos de RPG de ação propriamente dito, não é tão comum encontrarmos esses seres tão épicos como são em Dark Souls, Bloodborne, Sekiro e Elden Ring. O mundo em si com os inimigos normais já é um desafio, mas os chefes são o pico da dificuldade.

Eles sempre são acompanhados por uma trilha sonora épica, que gruda na sua cabeça por causa do tanto de vezes que você irá tentar de novo. Duas ou três fases? Check também. Dá para chamar amigos ou desconhecidos (ou ainda NPCs) para ajudá-lo, mas quando esses desafios são vencidos sozinhos, a recompensa é a satisfação imensa adquirida.

Alguns chefes deixam sua marca (Imagem: FromSoftware/Divulgação)

Outra coisa que marca os chefes de soulslike são os "run back", que é o caminho entre o último checkpoint até a porta do chefe que é preciso percorrer. Dark Souls 2 é conhecido por ter os mais chatos e cansativos caminhos de volta para os chefes. Elden Ring facilitou bastante essa questão colocando checkpoints provisórios no caminho.

Não, minhas almas!

Um soulslike que se preze tem o sistema de perda da moeda do jogo após uma morte. Muito conhecido como almas por causa de Dark Souls, isso pode ser runas (Elden Ring), Blood Echoes (Bloodborne) e por aí vai, e podem ser usadas para comprar itens e para aumentar os seus atributos, geralmente, por conta da progressão de personagem.

Ao morrer nesses jogos, tudo o que foi acumulado pelo jogador é perdido. É preciso ir até o local para recuperar as preciosas almas e correr o risco de perdê-las logo em seguida, especialmente se elas estão em uma arena de chefe. Alguns games soulslike são bonzinhos o suficiente para deixar essas almas na porta do chefe, esse não é o caso dos jogos da FromSoftware.

Fator metroidvania

Quem não conhece o gênero, não deve fazer ideia do quão metroidvania é um soulslike (assim como Resident Evil também é, mas poucos falam sobre o assunto). Dark Souls deu show com seu level design de ponta, ainda considerado um dos mais bem feitos em todos os jogos. Ele foi feito pensado no vai e volta para o mesmo lugar ao abrir novos atalhos após avançar e conseguir determinadas chaves, por exemplo.

Os jogos da FromSoftware são repletos disso, até mesmo Elden Ring com seu mundo gigante. As dungeons principais são repletos de atalhos, portas trancadas, paredes falsas, escadas que precisam ser ativadas. Isso torna necessário a exploração, um dos ingredientes de um bom soulslike.

Dark Souls 2 é o que tem menos fator metroidvania dos jogos da FromSoftware (Imagem: FromSoftware/Divulgação)

Impacto dos soulslike na indústria de jogos

Com passar dos anos, mais especificamente a partir da segunda metade da década passada, começamos a ver o impacto não só do gênero soulslike, como também das obras da FromSoftware. Isso veio na forma de diversos títulos seguindo o mesmo caminho, alguns outros que implementaram um ou outro aspecto, mas, acima de tudo, nas vendas.

O ano de 2019 foi marcado pela chegada de Sekiro: Shadows Die Twice. O jogo não só carregava a assinatura de Miyazaki e sua equipe, mas também mudava consideravelmente a abordagem do gênero. Com uma narrativa mais direta, combate muito preciso baseado em parry, saindo do medieval e mudando para o Japão Feudal e suas mitologias, o game chamou muita atenção e se tornou o GOTY daquele ano.

A FromSoftware repetiria o feito em 2022 com Elden Ring, que acabou se tornando o jogo mais premiado da história, sendo o melhor jogo do ano em diferentes premiações e vendendo mais de 22 milhões de cópias, número que deve ser maior agora. Isso mostra como a fórmula acabou se tornando popular e muito bem-sucedida.

Subgêneros e variações de jogos soulslike

Geralmente, jogos soulslike seguem o padrão 3D que conhecemos de Dark Souls, mas existe uma variação que, eu diria, esconde algumas joias: os soulslike 2D. Esses jogos implementam os combates pesados, chefes desafiadores, trilha sonora marcante, mapas complexos e inteligentes, tudo em duas dimensões.

A franquia Blasphemous é o melhor exemplo de soulslike 2D (Imagem: The Game Kitchen/Divulgação)

Os maiores destaques desse gênero são Blasphemous, The Last Faith, Ender Lilies: Quietus Of The Knights, Death’s Gambit: Afterlife, Salt And Sanctuary, e essa lista poderia ser maior. Esses jogos incorporam bem o gênero soulslike 2D com suas peculiaridades. Curiosamente, o elemento exploração de metroidvania se encaixa muito bem, já que sua fonte são jogos das franquias Metroid e Castlevania.

Principais jogos soulslike

Falamos de muitos elementos isolados aqui, mas pode haver ainda mais. Cada estúdio tem colocado seu próprio toque e criado características únicas no gênero soulslike. Alguns exemplos recentes são Lords of the Fallen com a mecânica de uma segunda chance de vida após a morte; Lies of P com a possibilidade de juntar diferentes partes das armas; ou uma história bem humorada e colorida com Another Crab's Treasure.

Ou ainda a franquia Remnant, que decidiu misturar o gênero soulslike com armas de fogo, criando realmente único; Code Vein, o primeiro jogo estilo anime do gênero e com grande foco em coop; Deathbound, o soulslike brasileiro que inova trazendo o conceito de party com quatro personagens em um, deixando o combate bastante dinâmico; Black Myth: Wukong com seu combate mais rápido e bastante envolvente.

Lies of P é considerado o melhor soulslike não produzido pela FromSoftware (Imagem: Neowiz/Divulgação)

Conclusão

No início, os jogadores olhavam com um olhar torto para os jogos da FromSoftware e depois para os outros soulslike quando eles começaram a chegar no mercado. A partir dessa década, com inúmeras opções excelentes com o gênero, mais e mais estão engajando com esse tipo de game.

Esses jogos têm a incrível capacidade de oferecem uma experiência esquisita, mas ao mesmo tempo marcante, que leva o jogador ao seu limite para superar os desafios e o recompensando não com a melhor arma ou uma grande quantidade de almas, mas com a satisfação de um gigante derrubado.

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