O que faz a Colossal Biosciences? Empresa de genética aposta em desextinção
Famosa por trazer de volta os lobos-terríveis e pelos planos de ressuscitar os mamutes, a Colossal Biosciences é uma empresa de biotecnologia e engenharia genética dos Estados Unidos que aposta em usar a ciência de uma maneira inovadora: através da edição genética, seus projetos buscam des-extinguir animais. Além de mamutes, empresa quer "ressuscitar" lobo-da-tasmânia e dodôs Cientistas buscam ressuscitar o pássaro dodô após 400 anos O trabalho com biotecnologia envolve empregar sistemas e organismos vivos em inovações, e isso descreve os objetivos da companhia muito bem: segundo seu site oficial, a meta é devolver espécies extintas à natureza, buscando um equilíbrio que teria sido perdido com sua morte. Para trazer tais animais de volta à vida, é usada, então, a engenharia genética. Edição genética e desextinção A Colossal Biosciences foi fundada por George Church, geneticista da Universidade de Harvard, e Ben Lamm, empreendedor e atual CEO da empresa. A dupla recrutou cientistas como a bióloga molecular Beth Shapiro, atual diretora científica da companhia, para desenvolver projetos de desextinção. -Entre no Canal do WhatsApp do Canaltech e fique por dentro das últimas notícias sobre tecnologia, lançamentos, dicas e tutoriais incríveis.- Uma das iniciativas da Colossal Biosciences foi a criação de camundongos-lanosos, mostrando que é possível trazer o pelo comprido e grosso dos mamutes, bem como seu metabolismo acelerado, para animais modernos — o próximo passo é fazer isso com elefantes (Imagem: Colossal Biosciences) E por desextinção, a instituição não quer dizer apenas a “geração de um organismo que lembra ou é uma espécie extinta”, definição de dicionário do termo, mas sim a reintrodução desses animais no ambiente que ocupavam originalmente. Além disso, a empresa busca usar a engenharia genética para gerar resistências naturais a ameaças, como predadores e seca, melhorando a adaptabilidade dos animais às mudanças climáticas atuais. Isso, segundo seu site, também poderá ser usado para ajudar espécies modernas ameaçadas de extinção, como os elefantes-asiáticos, ameaçados por doenças: a resistência a elas pode ser aumentada com edição genética. Vale apontar que isso não significa clonar espécies já desaparecidas a partir de DNA antigo, mas sim avaliar suas características a partir da sequenciação de tal genoma e editar os genes de seus parentes modernos próximos — com tecnologia CRISPR Cas-9 — para trazer de volta esses traços. A Colossal Biosciences usou essas técnicas para gerar lobos-terríveis (Aenocyon dirus) entre 2024 e 2025, e tem mais algumas desextinções planejadas. Segundo a companhia, elas são o dodô (Raphus cucullatus), o lobo-da-tasmânia (Thylacinus cynocephalus) e o mamute (Mammuthus spp.), este último com expectativa de voltar ao mundo em 2028. Leia também: Robôs de dinossauros e animais extintos ajudam a compreender evolução Projetos europeus querem reviver espécie extinta de bovino; conheça os auroques Cientistas querem ressuscitar o dodô, pássaro extinto desde o século 17 VÍDEO: Robô de um animal extinto Leia a matéria no Canaltech.

Famosa por trazer de volta os lobos-terríveis e pelos planos de ressuscitar os mamutes, a Colossal Biosciences é uma empresa de biotecnologia e engenharia genética dos Estados Unidos que aposta em usar a ciência de uma maneira inovadora: através da edição genética, seus projetos buscam des-extinguir animais.
- Além de mamutes, empresa quer "ressuscitar" lobo-da-tasmânia e dodôs
- Cientistas buscam ressuscitar o pássaro dodô após 400 anos
O trabalho com biotecnologia envolve empregar sistemas e organismos vivos em inovações, e isso descreve os objetivos da companhia muito bem: segundo seu site oficial, a meta é devolver espécies extintas à natureza, buscando um equilíbrio que teria sido perdido com sua morte. Para trazer tais animais de volta à vida, é usada, então, a engenharia genética.
Edição genética e desextinção
A Colossal Biosciences foi fundada por George Church, geneticista da Universidade de Harvard, e Ben Lamm, empreendedor e atual CEO da empresa. A dupla recrutou cientistas como a bióloga molecular Beth Shapiro, atual diretora científica da companhia, para desenvolver projetos de desextinção.
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E por desextinção, a instituição não quer dizer apenas a “geração de um organismo que lembra ou é uma espécie extinta”, definição de dicionário do termo, mas sim a reintrodução desses animais no ambiente que ocupavam originalmente.
Além disso, a empresa busca usar a engenharia genética para gerar resistências naturais a ameaças, como predadores e seca, melhorando a adaptabilidade dos animais às mudanças climáticas atuais. Isso, segundo seu site, também poderá ser usado para ajudar espécies modernas ameaçadas de extinção, como os elefantes-asiáticos, ameaçados por doenças: a resistência a elas pode ser aumentada com edição genética.
Vale apontar que isso não significa clonar espécies já desaparecidas a partir de DNA antigo, mas sim avaliar suas características a partir da sequenciação de tal genoma e editar os genes de seus parentes modernos próximos — com tecnologia CRISPR Cas-9 — para trazer de volta esses traços.
A Colossal Biosciences usou essas técnicas para gerar lobos-terríveis (Aenocyon dirus) entre 2024 e 2025, e tem mais algumas desextinções planejadas. Segundo a companhia, elas são o dodô (Raphus cucullatus), o lobo-da-tasmânia (Thylacinus cynocephalus) e o mamute (Mammuthus spp.), este último com expectativa de voltar ao mundo em 2028.
Leia também:
- Robôs de dinossauros e animais extintos ajudam a compreender evolução
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- Cientistas querem ressuscitar o dodô, pássaro extinto desde o século 17
VÍDEO: Robô de um animal extinto
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