Três animais que a Colossal Biosciences quer trazer de volta direto do passado
A empresa americana de biotecnologia Colossal Biosciences usa engenharia genética para a desextinção de espécies — ou, pelo menos, trazer animais com as mesmas características de volta ao mundo. Com os recém anunciados lobos-terríveis, o assunto angariou diversas polêmicas, mas não deve terminar tão cedo: há muitas outras espécies na mira da companhia. O que faz a Colossal Biosciences? Empresa de genética aposta em desextinção Além de mamutes, empresa quer "ressuscitar" lobo-da-tasmânia e dodôs Controversa ou não, a técnica de análise genômica e incubação de espécies novas em animais geneticamente próximos ajuda em esforços de recuperação de espécies atualmente ameaçadas. Além dos astros principais Rômulo e Remo, os lobos-terríveis trazidos de volta em outubro passado, a empresa também aposta em outros gêneros de animais para retornar ao mundo (Imagem: Colossal Biosciences/Divulgação) A seguir, confira alguns dos planos da Colossal Biosciences no campo da desextinção. -Entre no Canal do WhatsApp do Canaltech e fique por dentro das últimas notícias sobre tecnologia, lançamentos, dicas e tutoriais incríveis.- Mamute-lanoso Os mamutes-lanosos (Mammuthus primigenius) eram grandes herbívoros adaptados ao frio extremo, com pelagem espessa, orelhas pequenas e metabolismo acelerado para garantir um corpo quente. Quando vivos, esses paquidermes mantinham a vegetação curta e sem árvores, o que ajudava a manter o clima sob controle — gramíneas retêm muito mais carbono, freando o aquecimento global. A Colossal Biosciences planeja trazer os mamutes de volta até 2028, ou, pelo menos, um elefante com as mesmas características (Imagem: Superemelka/Pixabay) O plano da empresa é sequenciar o genoma tanto dos mamutes-lanosos quanto dos elefantes-asiáticos, implantando um embrião com as características da espécie extinta em um elefante moderno. Segundo seu site, o esforço deve ajudar a proteger os elefantes-asiáticos e elefantes-africanos das ameaças que enfrentam atualmente ao revelar mais sobre seu organismo. Dodô Os dodôs (Raphus cucullatus) eram grandes pássaros endêmicos das Ilhas Maurício, chegando a 97 cm de altura e sendo incapazes de voar. Dóceis, eles não ofereceram resistência quando humanos chegaram ao seu habitat, trazendo ratos, cabras, gatos e outros animais que os levaram à extinção. Os dodôs são símbolo dos animais extintos por conta da influência humana em seu sumiço: trazê-los de volta seria um símbolo da desextinção (Imagem: BazzaDaRambler/CC-BY-2.0) O objetivo da empresa é recuperar o genoma da espécie, incubando um dodô no ovo de um parente próximo, como um pombo. Com isso, espera-se ajudar na conservação de aves ameaçadas, como os pombos-de-nicobar e os solitários-de-rodrigues. Segundo a companhia, o dodô será o símbolo da desextinção, já que foi a primeira espécie que o ser humano percebeu ter extinto. Lobo-da-tasmânia (Tilacino) O tilacino (Thylacinus cynocephalus, ou tigre-da-tasmânia) foi um marsupial extinto em 1936, nativo da Austrália e Tasmânia. A Colossal planeja analisar o genoma de outros marsupiais para descobrir características relacionadas à espécie e editar o DNA, via tecnologia CRISPR, de forma a refletir as características do tilacino em seus parentes. Os lobos-da-tasmânia ou tigres-da-tasmânia foram extintos recentemente — seu DNA ainda pode ser estudado e garante boas chances de retorno à Colossal Biosciences (Imagem: National Film and Sound Archive of Australia) Segundo a empresa, o esforço deve ajudar a manter vivos os diabos-da-tasmânia e os papa-moscas-de-cauda gorda, marsupiais mais próximos da espécie extinta. Leia também: Cientistas buscam ressuscitar o pássaro dodô após 400 anos "Camundongo-lanoso" é criado em novo passo para ressuscitar os mamutes Colossal acredita que desextinção não significa "criar cópia genética perfeita" VÍDEO: Robô de um animal extinto Leia a matéria no Canaltech.

A empresa americana de biotecnologia Colossal Biosciences usa engenharia genética para a desextinção de espécies — ou, pelo menos, trazer animais com as mesmas características de volta ao mundo. Com os recém anunciados lobos-terríveis, o assunto angariou diversas polêmicas, mas não deve terminar tão cedo: há muitas outras espécies na mira da companhia.
- O que faz a Colossal Biosciences? Empresa de genética aposta em desextinção
- Além de mamutes, empresa quer "ressuscitar" lobo-da-tasmânia e dodôs
Controversa ou não, a técnica de análise genômica e incubação de espécies novas em animais geneticamente próximos ajuda em esforços de recuperação de espécies atualmente ameaçadas.
A seguir, confira alguns dos planos da Colossal Biosciences no campo da desextinção.
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Mamute-lanoso
Os mamutes-lanosos (Mammuthus primigenius) eram grandes herbívoros adaptados ao frio extremo, com pelagem espessa, orelhas pequenas e metabolismo acelerado para garantir um corpo quente. Quando vivos, esses paquidermes mantinham a vegetação curta e sem árvores, o que ajudava a manter o clima sob controle — gramíneas retêm muito mais carbono, freando o aquecimento global.
O plano da empresa é sequenciar o genoma tanto dos mamutes-lanosos quanto dos elefantes-asiáticos, implantando um embrião com as características da espécie extinta em um elefante moderno. Segundo seu site, o esforço deve ajudar a proteger os elefantes-asiáticos e elefantes-africanos das ameaças que enfrentam atualmente ao revelar mais sobre seu organismo.
Dodô
Os dodôs (Raphus cucullatus) eram grandes pássaros endêmicos das Ilhas Maurício, chegando a 97 cm de altura e sendo incapazes de voar. Dóceis, eles não ofereceram resistência quando humanos chegaram ao seu habitat, trazendo ratos, cabras, gatos e outros animais que os levaram à extinção.
O objetivo da empresa é recuperar o genoma da espécie, incubando um dodô no ovo de um parente próximo, como um pombo. Com isso, espera-se ajudar na conservação de aves ameaçadas, como os pombos-de-nicobar e os solitários-de-rodrigues. Segundo a companhia, o dodô será o símbolo da desextinção, já que foi a primeira espécie que o ser humano percebeu ter extinto.
Lobo-da-tasmânia (Tilacino)
O tilacino (Thylacinus cynocephalus, ou tigre-da-tasmânia) foi um marsupial extinto em 1936, nativo da Austrália e Tasmânia. A Colossal planeja analisar o genoma de outros marsupiais para descobrir características relacionadas à espécie e editar o DNA, via tecnologia CRISPR, de forma a refletir as características do tilacino em seus parentes.
Segundo a empresa, o esforço deve ajudar a manter vivos os diabos-da-tasmânia e os papa-moscas-de-cauda gorda, marsupiais mais próximos da espécie extinta.
Leia também:
- Cientistas buscam ressuscitar o pássaro dodô após 400 anos
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