A tecnologia (não tão) futurista de “Lazarus”

Estou assistindo a um desenho que o streaming Max meio que jogou na minha cara, Lazarus. A animação é lindona e a trilha sonora, sensacional. Lembra muito Cowboy Bebop, e não por acaso: ambas as séries, separadas por quase 30 anos, são dirigidas por Shinichirō Watanabe. A história de Lazarus se passa em 2052. Há […]

Mai 12, 2025 - 15:01
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A tecnologia (não tão) futurista de “Lazarus”

Estou assistindo a um desenho que o streaming Max meio que jogou na minha cara, Lazarus. A animação é lindona e a trilha sonora, sensacional. Lembra muito Cowboy Bebop, e não por acaso: ambas as séries, separadas por quase 30 anos, são dirigidas por Shinichirō Watanabe.

A história de Lazarus se passa em 2052. Há vários detalhes curiosos, como a nacionalidade do protagonista, o nosso brasileiro Axel Gilberto. (Aposta arriscada, a dos roteiristas, de que Axel será o Enzo ou Gael dos anos 2030 por aqui.)

Logo no início do quinto episódio, “Pretty Vacant”, dois detalhes tecnológicos me chamaram a atenção.

O primeiro deles foi a Delta Medical, empresa responsável pela fabricação da droga que norteia a história, ter publicado os resultados de testes do remédio codificados em áudios no SoundCloud. Você se lembrava que o SoundCloud ainda existe? Eu poderia apostar que em 2052 o SoundCloud será apenas uma nota de rodapé em algum verbete da Wikipédia.

(A propósito, alguém notou que, em fevereiro de 2024, o SoundCloud mexeu em seus termos de uso para se dar o direito de usar conteúdo dos usuários para treinar inteligências artificiais. O futuro é agora, e é distópico.)

O outro, essa uma má notícia, é que ainda usaremos celulares e os do futuro também terão telas de vidro suscetíveis a quebras. Logo no início do quinto episódio, o CEO da Delta Medical, Dr. Ahmed Rahman, arremessa o seu contra a parede e *crec*, mais uma tela trincada.

Um futuro nebuloso para a Corning e lindo para o complexo industrial de capinhas e películas que, aparentemente, o Dr. Rahman não usava. (A minha teoria da conspiração de estimação tem a ver com fabricantes de capinhas e películas para celulares, mas essa é outra história.)