Análise: Rift Riff é um charmoso tower defense repleto de ideias peculiares
Rift Riff é um tower defense que aposta na flexibilidade para oferecer uma experiência singular. O objetivo continua sendo erguer torres com armas para atacar hordas de monstros, no entanto desta vez é possível influenciar as rotas das criaturas, abrindo várias opções estratégicas. O jogo cativa com sua atmosfera carismática e boa variedade de conteúdo, ainda que, em certos momentos, falte um pouco mais de informações para fazer ações mais conscientes.Saltando por fendas interdimensionais em busca de tesourosUma exploradora desbrava diferentes localidades nas entranhas do espaço-tempo a fim de obter relíquias valiosas. A aventura está longe de ser fácil. Pelo contrário, legiões de monstros habitam os diferentes mundos e farão de tudo para impedir o avanço da garota.Em sua essência, Rift Riff é um tower defense bem tradicional. Em cada estágio, diferentes ondas de inimigos avançam com o objetivo de destruir nossa base. Para detê-los, posicionamos, em locais predefinidos, estruturas defensivas que atacam qualquer ameaça que entre em seu alcance. Um detalhe importante é que controlamos a exploradora, sendo necessário movimentar-se para construir ou aprimorar as torretas. Além disso, ela participa ativamente dos combates com aliados que disparam ou enfraquecem os oponentes próximos.O grande diferencial aqui é a maneira de agir dos monstros. Na maioria das vezes, eles seguem direto para a base, mas certos recursos nos permitem manipular esse comportamento. Com isso, é possível atrair os inimigos para rotas repletas de armadilhas, impedindo seu avanço. Ainda assim, as coisas não são tão fáceis e há oponentes que agem de maneiras diferentes, então adaptar a estratégia é essencial para sobreviver. Conforme avançamos na campanha, novos recursos são desbloqueados, como torres com efeitos diferentes, opções de melhoria de estrutura e pequenos companheiros para a protagonista. Com isso, aos poucos as possibilidades táticas aumentam, e dominá-las é essencial para vencer — os estágios se tornam cada vez mais complexos e há diversas formas de superar os desafios.Em situações complicadas e repletas de possibilidadesO que mais me chamou a atenção em Rift Riff logo de início foi o visual em pixel art: simples, mas incrivelmente expressivo. Bastaram poucas partidas para que eu me visse completamente envolvido com sua proposta única de ação estratégica. A cada novo estágio, fui sendo surpreendido com mecânicas e variações que mantinham o ritmo sempre interessante — foi fácil me deixar fisgar.Em um primeiro momento, é tudo muito simples, com os inimigos avançando por um único caminho fácil de gerenciar. As coisas ficam de fato interessantes a partir do momento em que surgem os estágios mais abertos, frequentemente marcados por múltiplos portais de monstros. Neles, para vencer, é imprescindível manipular as rotas das criaturas, como criar torres em pontos que atraem os monstros.No entanto, lidar com tudo isso raramente é fácil: muitas vezes não sabemos de antemão por onde os inimigos vão seguir e a composição das ondas de inimigos varia consideravelmente. Como resultado, o jogo nos obriga a experimentar e repensar estratégias a todo momento — muitas vezes é preciso correr pela arena para erguer uma estrutura em um ponto vulnerável ou reforçar defesas onde o ataque se intensifica.O grande trunfo está na diversidade estratégica possibilitada pelas inúmeras ferramentas. Em um estágio, forcei inimigos a golpearem uma fortaleza especializada em defesa enquanto torres próximas atacavam constantemente; em outra situação, usei uma torre para assustar os monstros em direção às minhas defesas; por fim, em um terceiro mundo, usei orbes para atrasar criaturas resistentes, dando tempo para que armas poderosas, mas lentas, causassem dano com eficiência.A estrutura mais aberta faz com que a maior parte dos estágios tenha mais de uma solução, e parte da diversão é conseguir encontrar uma tática vencedora. No entanto, esse também é o maior problema do jogo: a ausência de rotas claras dos inimigos cria situações difíceis de entender inicialmente, nos forçando a tentativa e erro. Foram várias as vezes em que precisei recomeçar um estágio ou uma onda por ter feito uma seleção ruim de torres. Felizmente, é possível reiniciar trechos específicos com rapidez, o que ameniza a frustração.Desbravando um universo variado e repleto de charmeAlém das opções estratégicas, Rift Riff oferece muito conteúdo para explorar. Cada um dos estágios conta com uma versão alternativa com ondas de inimigos mais complexas, o que altera a dificuldade sensivelmente. Para além disso, há inúmeras tarefas que nos desafiam a completar estágios sob certas restrições, como não utilizar torres específicas ou impedir que os inimigos cheguem perto da base. A quantidade de elementos é significativa e os desenvolvedores prometem incluir mais novidades no futuro. Por último, é difícil não comentar a atmosfera charmosa, cujo visual em pixel art consegue ser simultaneamente retrô e conte

Rift Riff é um tower defense que aposta na flexibilidade para oferecer uma experiência singular. O objetivo continua sendo erguer torres com armas para atacar hordas de monstros, no entanto desta vez é possível influenciar as rotas das criaturas, abrindo várias opções estratégicas. O jogo cativa com sua atmosfera carismática e boa variedade de conteúdo, ainda que, em certos momentos, falte um pouco mais de informações para fazer ações mais conscientes.
Saltando por fendas interdimensionais em busca de tesouros
Uma exploradora desbrava diferentes localidades nas entranhas do espaço-tempo a fim de obter relíquias valiosas. A aventura está longe de ser fácil. Pelo contrário, legiões de monstros habitam os diferentes mundos e farão de tudo para impedir o avanço da garota.Em sua essência, Rift Riff é um tower defense bem tradicional. Em cada estágio, diferentes ondas de inimigos avançam com o objetivo de destruir nossa base. Para detê-los, posicionamos, em locais predefinidos, estruturas defensivas que atacam qualquer ameaça que entre em seu alcance. Um detalhe importante é que controlamos a exploradora, sendo necessário movimentar-se para construir ou aprimorar as torretas. Além disso, ela participa ativamente dos combates com aliados que disparam ou enfraquecem os oponentes próximos.
O grande diferencial aqui é a maneira de agir dos monstros. Na maioria das vezes, eles seguem direto para a base, mas certos recursos nos permitem manipular esse comportamento. Com isso, é possível atrair os inimigos para rotas repletas de armadilhas, impedindo seu avanço. Ainda assim, as coisas não são tão fáceis e há oponentes que agem de maneiras diferentes, então adaptar a estratégia é essencial para sobreviver.
Conforme avançamos na campanha, novos recursos são desbloqueados, como torres com efeitos diferentes, opções de melhoria de estrutura e pequenos companheiros para a protagonista. Com isso, aos poucos as possibilidades táticas aumentam, e dominá-las é essencial para vencer — os estágios se tornam cada vez mais complexos e há diversas formas de superar os desafios.
Em situações complicadas e repletas de possibilidades
O que mais me chamou a atenção em Rift Riff logo de início foi o visual em pixel art: simples, mas incrivelmente expressivo. Bastaram poucas partidas para que eu me visse completamente envolvido com sua proposta única de ação estratégica. A cada novo estágio, fui sendo surpreendido com mecânicas e variações que mantinham o ritmo sempre interessante — foi fácil me deixar fisgar.Em um primeiro momento, é tudo muito simples, com os inimigos avançando por um único caminho fácil de gerenciar. As coisas ficam de fato interessantes a partir do momento em que surgem os estágios mais abertos, frequentemente marcados por múltiplos portais de monstros. Neles, para vencer, é imprescindível manipular as rotas das criaturas, como criar torres em pontos que atraem os monstros.
No entanto, lidar com tudo isso raramente é fácil: muitas vezes não sabemos de antemão por onde os inimigos vão seguir e a composição das ondas de inimigos varia consideravelmente. Como resultado, o jogo nos obriga a experimentar e repensar estratégias a todo momento — muitas vezes é preciso correr pela arena para erguer uma estrutura em um ponto vulnerável ou reforçar defesas onde o ataque se intensifica.
O grande trunfo está na diversidade estratégica possibilitada pelas inúmeras ferramentas. Em um estágio, forcei inimigos a golpearem uma fortaleza especializada em defesa enquanto torres próximas atacavam constantemente; em outra situação, usei uma torre para assustar os monstros em direção às minhas defesas; por fim, em um terceiro mundo, usei orbes para atrasar criaturas resistentes, dando tempo para que armas poderosas, mas lentas, causassem dano com eficiência.
A estrutura mais aberta faz com que a maior parte dos estágios tenha mais de uma solução, e parte da diversão é conseguir encontrar uma tática vencedora. No entanto, esse também é o maior problema do jogo: a ausência de rotas claras dos inimigos cria situações difíceis de entender inicialmente, nos forçando a tentativa e erro. Foram várias as vezes em que precisei recomeçar um estágio ou uma onda por ter feito uma seleção ruim de torres. Felizmente, é possível reiniciar trechos específicos com rapidez, o que ameniza a frustração.
Desbravando um universo variado e repleto de charme
Além das opções estratégicas, Rift Riff oferece muito conteúdo para explorar. Cada um dos estágios conta com uma versão alternativa com ondas de inimigos mais complexas, o que altera a dificuldade sensivelmente. Para além disso, há inúmeras tarefas que nos desafiam a completar estágios sob certas restrições, como não utilizar torres específicas ou impedir que os inimigos cheguem perto da base. A quantidade de elementos é significativa e os desenvolvedores prometem incluir mais novidades no futuro.Por último, é difícil não comentar a atmosfera charmosa, cujo visual em pixel art consegue ser simultaneamente retrô e contemporâneo. Os cenários são variados, passando por cânions em desertos, ruínas no meio da floresta e vales nevados, sempre com diversas estruturas detalhadas. Essa atmosfera ganha um ar místico com a presença da exploradora encapuzada, criaturas geométricas e uma área central que remete a um laboratório mágico.
A trilha sonora, discreta e pontual, reforça esse clima com efeitos minimalistas e músicas sutis, criando uma ambientação envolvente. Destaco a protagonista: ela cantarola enquanto prepara torres e fala palavras curiosas que lembram feitiços em certas situações. É uma pena que a narrativa seja praticamente inexistente, mas a atmosfera em si é suficiente para tornar este mundo encantador.
Um tower defense notável
Rift Riff renova o gênero tower defense com sua interpretação inventiva. A possibilidade de influenciar as rotas dos inimigos cria múltiplas opções estratégicas, e a grande variedade de torres, monstros e recursos instiga a criatividade e a experimentação. Essa liberdade às vezes cria situações de tentativa e erro, mas felizmente a agilidade da ação reduz o impacto desse problema. Essas qualidades, em conjunto com a ambientação cativante e com conteúdo interessante para explorar, torna Rift Riff uma experiência imersiva e marcante.Prós
- Interpretação interessante de tower defense com mecânica única de influenciar as rotas dos inimigos;
- Muitas opções estratégicas criadas pela combinação de mapas, torres, melhorias e monstros;
- Boa variedade de conteúdo espalhada em estágios e desafios opcionais;
- Ambientação carismática com pixel art bem trabalhado e boa engenharia de som.
Contras
- A estrutura de rotas mais aberta cria momentos de pouca clareza com tentativa e erro.
Rift Riff — PC — Nota: 8.5
Análise produzida com cópia digital cedida pela Adriaan de Jongh